quarta-feira, 13 de março de 2013
DO DIVÃ À ESPIRITUALIDADE
Este livro, escrito na forma de romance, onde se inserem considerações metodológicas, vem atender, tanto ao leigo em Psicologia, que busca a compreensão de si mesmo e pode identificar-se com as personagens da história, como aos profissionais da área de saúde mental, desejosos de aprofundar seus conhecimentos técnicos sobre o paradigma holístico emergente na ciência, e sobre a ATH-Abordagem Transdisciplinar Holística em Psicoterapia. Por sua fundamentação teórica, esta é uma obra de interesse para as pesquisas de ponta sobre a consciência humana e, em especial, para os Cursos de Pós-Graduação em Psicologia Transpessoal, cada vez mais freqüentes nas universidades brasileiras, européias e americanas, nas quais vêm sendo aprofundadas as pesquisas científicas sobre os fenômenos espirituais.
O tema central desta obra é o trabalho terapêutico através de técnicas de Regressão de Memória e Captação Psíquica (Apometria), acessando os registros transpessoais (registros inconsciente além da história de vida pessoal) de Luíza e seus familiares onde são encontradas vivências de outros momentos da história da humanidade. Este tema, que vem despertando cada vez mais interesse nas pessoas que buscam compreender o sentido espiritual da vida, é situado pela autora, Sueli Meirelles, no ponto de equilíbrio da transreligiosidade, respeitando todas as Tradições, e mantendo o enfoque da pesquisa científica dos fenômenos de estados superiores de consciência, vindo, deste modo, preencher uma lacuna na bibliografia especializada no assunto.
O que diferencia este livro dos demais é o fato de que seja o primeiro, na literatura científica, no qual são relatados casos clínicos reais de Regressão de Memória e Captação Psíquica, com várias pessoas de mesma família, identificando a teia da vida que as interliga, através da história da humanidade, ao mesmo tempo em que situa os registros transpessoais como fatos psíquicos comprovados, desvinculando-os de crenças religiosas.
terça-feira, 12 de março de 2013
EDUCAR PARA NÃO PRENDER
Diante da explosão de violência que caracteriza este momento evolutivo, vemos as autoridades na vã tentativa de combater a violência, fazendo com que se crie uma resistência, de acordo com a lei da natureza, segundo a qual “à toda ação corresponde uma reação igual e contrária”, ou seja a violência acaba gerando mais violência, num ciclo que se repete infinitamente, sem que as pessoas percebam porque não alcançam sucesso no seu empreendimento.
Para que se possa reverter este quadro, é preciso, primeiramente, que se compreenda a natureza humana, em sua essência.
A parte conhecida da mente é apenas a ponta de um “iceberg”, o consciente, que corresponde a 14% do potencial humano. Os 86% restantes integram o inconsciente, o qual representa um imenso potencial, uma força instintiva que pode ser utilizada de forma positiva ou negativa, dependendo da orientação que lhe tenha sido dada ou não, através do processo educacional. O inconsciente pode ser comparado a um terreno fértil, onde irá brotar toda e qualquer semente que nele seja plantada. Se a plantação for bem cuidada, o resultado será uma horta, um jardim, um pomar... se o terreno ficar abandonado, surgirão ervas daninhas, evidenciando a falta de cultivo da terra.
Assim como o terreno abandonado, muitas crianças crescem à margem da sociedade, sem que os mínimos direitos que lhes são atribuídos pelo Estatuto da Infância e da Adolescência, sejam reconhecidos e atendidos. Feridas pelo descaso dos adultos que deveriam apoiar e orientar o desenvolvimento dos potenciais que elas trazem para a vida, essas crianças tornam-se como o terreno baldio, onde as ervas daninhas do ódio, do ressentimento, da tristeza, do medo e da desinformação crescem desordenadamente.
Em suas histórias de vida, os pais que as colocaram no mundo, na maioria das vezes, são os primeiros a descarregar sobre elas seus problemas emocionais, geralmente herdados das gerações que lhes antecederam. Se os pais não as assumem, quando elas buscam a rua como saída para o sofrimento, encontram um sofrimento ainda maior, tornando-se objeto de sevícias e maus tratos de toda espécie. Os meios de comunicação, através das revistas expostas nos jornaleiros e dos aparelhos de TV ligados nas lojas de eletroeletrônicos, bombardeiam suas mentes com cenas diárias de sexo e violência, sem que lhes seja dada a orientação necessária para o desenvolvimento da capacidade avaliativa, que caracteriza o indivíduo adulto, no pleno exercício de sua cidadania. Diante desse quadro de atrocidades educacionais, cabe questionarmos até que ponto esses menores são perniciosos à sociedade, ou até que ponto esta mesma sociedade foi perniciosa a eles, quando ainda seriam capazes de desenvolverem um critério de valores. Que valores morais são, hoje, passados pela geração adulta às crianças e aos jovens, em todos os níveis de poder, quer seja no seio da família, na comunidade ou nos escalões governamentais do país? Como esperar que esses menores respeitem a lei se a lei que eles conhecem é a “Lei de Pixote”, a lei do mais forte? Como esperar que eles respeitem a autoridade daqueles que primeiramente os desrespeitam como seres humanos? Como esperar que eles confiem em autoridades que usam de seus cargos para os desvios da corrupção, tantas vezes lesando, com uma simples assinatura, o direito de cidadania de centenas ou milhares dessas crianças, sem que sejam punidos? Quais os programas sociais que efetivamente são desenvolvidos para a reintegração de menores infratores à sociedade? Será a prisão apenas um meio de afastarmos suas presenças feias e incomodativas, dos nossos olhos acostumados à beleza e ao conforto das classes sociais mais abastadas? Ou será que tentamos afastá-los porque, diante deles, entramos numa crise de consciência e vergonha, pelos resultados educacionais que conseguimos alcançar, nos últimos vinte anos?...
SUELI MEIRELLES - Consultora em Desenvolvimento Humano, Saúde Integral, Ecologia Integral, Educação para a Paz e Implementação de Projetos Sociais. Peacemaker de Nova Friburgo.
Site: www.suelimeirelles.psc.com.br
Site: www.suelimeirelles.psc.com.br
domingo, 10 de março de 2013
SER MULHER
O Ser, enquanto Essência é a totalidade que inclui o masculino e o feminino. No homem, o feminino fica latente e o masculino se expressa. Na mulher, o masculino se oculta, para que o feminino se manifeste, trazendo ao mundo concreto todos os seus potenciais de expressão. Ser mulher significa ser:
O cálice, receptáculo da inspiração, no seu sentido mais profundo.
Aquela que tem o poder de mergulhar dentro de si mesma, conectando-se à Fonte Superior de toda a vida.
Aquela que através da própria sensibilidade é capaz de identificar-se com as forças mais sutis da natureza, com a beleza das formas, das cores e com o perfume das flores.
Aquela que, com o seu leve toque, é capaz de transformar e harmonizar tudo ao seu redor, resgatando a ordem em meio ao caos do mundo masculino. Vocês já viram como é uma casa sem mulher?
Aquela cuja presença, em qualquer ambiente, resgata o lado humano de todos os seres, capaz de acolher, ouvir e compreender o outro, em seu sofrimento.
Aquela que acompanha o seu parceiro evolutivo, ajudando-o a manifestar aquilo que tem de melhor dentro de si.
Aquela que detém os mistérios da vida, capaz de gerar em seu ventre um novo ser.
Aquela que acalenta este novo ser em seus braços, e que, em noites insones, vela pelo seu desenvolvimento.
Aquela que apesar das prováveis imperfeições, vê e sustenta o modelo perfeito, em cada um de seus filhos e filhas.
Aquela capaz de esquecer que a força física não é a sua principal virtude, para agigantar-se em defesa daqueles a quem ama.
Aquela que é capaz de criar do nada, para suprir-lhes as necessidades mais prementes.
Aquela que luta, sofre, cai, chora, levanta, sorri e segue adiante em sua missão.
Aquela que faz das tripas coração, nos momentos mais difíceis da vida.
Aquela que muitas vezes é pãe, na ausência de um pai.
Aquela que é sempre mãe, com todos os significados que o termo possa conter.
Aquela que está disposta a cuidar dos outros, às vezes esquecendo-se de si mesma.
Aquela que mesmo depois de velhinha, ainda acha que sabe todas as coisas melhor do que os mais novos.
Aquela que prefere morrer antes dos seus, mesmo quando não sabe o que virá depois.
Aquela que, apesar de todos os seus erros e acertos, tem a difícil missão de tornar este mundo mais ameno e acolhedor.
A Ela, as nossas homenagens.
Sueli Meirelles
Psicóloga Clínica do CIT - Colégio Internacional de terapeutas
sexta-feira, 8 de março de 2013
MULHER
Faceira, brejeira, inteira,
Agente da própria história,
Construtora de memória.
Mulher
Geradora de vida,
Parida no próprio ser.
Mulher
Em busca do equilíbrio
D’aquilo que veio ser,
Polaridades complementares
Das diferenças de ver.
Mulher
Cheia de amor, furor, ardor,
Qual lua crescente,
Em noite de esplendor.
Mulher
Amante, esposa, profissional,
Etc. e tal,
Com tantos papéis sociais,
Que nem lhe cabem mais.
Mulher
Feminina, divina
Mulher sacerdotisa,
Que visualiza o porvir,
Antecipando revelações,
Que orientam novas ações.
Mulher, afinal,
Simplesmente mulher...
Sem igual.
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SUELI MEIRELLES, em 08/03/13
Dia Internacional da Mulher
quinta-feira, 7 de março de 2013
SINAIS DE ALERTA
Os problemas que vivenciamos em nossas vidas pessoais, familiares ou sociais, não acontecem repentinamente. Eles vão sendo construídos ao longo do tempo, muitas vezes sem que sejam percebidos, até se transformarem em obstáculos quase intransponíveis, ou de difícil solução. Como nova moradora de Friburgo vinda do Rio de Janeiro, percebo nesta bela cidade alguns sinais de alerta, em relação a problemas que, se não forem identificados e solucionados, agora, colocarão nossa cidade nas mesmas condições de dificuldades cronicas enfrentadas pelos grandes centros urbanos.
Um menino solitário, circulando à noite, tentando vender bananadas; um mendigo jovem e forte, diariamente sentado na calçada próxima de uma agencia bancária; estátuas da praça, quebradas, paredes pichadas; engarrafamentos cada vez mais constantes... Sinais evidentes de que os grandes problemas urbanos estão chegando mais perto, o que significa dizermos que estamos seguindo os mesmos modelos civilizatórios que não deram certo em outras cidades. O que podemos fazer, em relação a isto, para que estas questões não se agravem? Como sempre, prevenir é melhor do que remediar. A ação preventiva é sempre mais simples e barata do que a ação curativa ou punitiva. Acima de tudo, é preciso educar para não prender. Uma sociedade que precisa coibir a ação de seus cidadãos é uma sociedade que não educou seus filhos. Como sempre, a solução começa pela criação de uma estrutura de apoio e ação social, vigilante em relação aos casos que, a princípio esporádicos e de fácil solução, poderão, no curto espaço de uma geração, transformar-se em graves problemas sociais. Podemos criar um Abrigo ou Casa de Passagem, para acolher o ser humano e identificar o perfil de reintegração profissional do mendigo excluído? Será que alguém realmente veio ao mundo para ser mendigo? Certamente que não. Será que lhe falta oportunidade de trabalho? Ou será que o problema é a má relação emocional com o trabalho? Cabe pesquisar. Podemos reorientar as famílias que permitem que seus pequeninos trabalhem de modo informal, para o sustento familiar? Onde estão os adultos responsáveis por eles? Será que precisamos persistir no modelo de moradia vertical, contrariando a Lei da Física, que nos ensina que “dois objetos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo”, agrupando dezenas ou centenas de pessoas numa mesma rua, congestionando cada vez mais o transito local? E o que dizer do isolamento social, principalmente dos idosos, que mal vêem seus vizinhos verticais? Podemos estabelecer limites de habitantes para cada cidade, evitando a migração desordenada e o inchaço populacional, gerador de desequilíbrio ecológico? Podemos criar programas de esportes e artes, para a inserção educacional dos jovens que crescem a mercê dos maus exemplos televisivos de violência e desrespeito ao próximo? Será que eles sabem, ao menos, que a estátua quebrada é patrimônio público e, como tal, pertence também a eles? Afinal, quem gosta de ver suas próprias coisas destruídas? Um programa que alie educação para a cidadania e música, substituindo a arma pelo instrumento musical, desenvolve a sensibilidade e o respeito por todas as formas de vida.
Vamos pensar, com carinho, nessas possibilidades, reunindo as forças e investimentos de Associações de Bairro, Empresas, Escolas e Igrejas, principais células geradoras de benefícios sociais para a nossa comunidade? Vamos colocar em prática programas simples e de baixo custo, capazes de gerar valiosos benefícios para todos os envolvidos? Vamos agir enquanto há tempo?...
SUELI MEIRELLES - Psicóloga Clínica do CIT - Colégio Internacional de Terapeutas.