quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A PERCEPÇÃO DE FUTURO


        
     Vivendo no plano concreto da manifestação, o homem moderno percebe o tempo como um valor absoluto e o futuro como um grande mistério, gerador de profundas angústias e medos. Esta forma de perceber a realidade, entretanto, não acompanha o ser humano desde os seus primórdios. Na antiguidade, o espiritual e o material caminhavam lado a lado, oferecendo ao ser humano um suporte para os embates da vida.
            Com o advento do iluminismo e o surgimento das ciências baseadas da Física clássica de Isaac Newton, o pensamento humano em relação ao mundo ao seu redor, mergulhou no racionalismo materialista, o qual considera o tempo como um valor absoluto, que pode ser representado através de uma linha reta, a qual tem o passado lá atrás, o presente no aqui-e-agora e o futuro bem à frente:

            A Teoria da Relatividade desenvolvida por Albert Einstein marca o surgimento da Física Moderna, mostrando-nos a possibilidade de reversão entre energia e matéria (energia é matéria dispersa e matéria é energia condensada),  abrindo caminho para nossa compreensão de que existe uma ligação possível entre o concreto e o abstrato. Com relação a tempo e espaço, Einstein conceituou que, na presença de massa, o espaço se curva e o tempo se acelera. Esta massa que exerce essa força de modificação sobre o tempo e o espaço, pode ser compreendida como o próprio planeta Terra, com sua força gravitacional, promovendo uma curvatura no espaço (hoje sabemos que a superfície do planeta é curva) e uma possibilidade de aceleração do tempo, a qual podemos facilmente compreender através da noção dos fusos horários, nas diversas regiões ao redor do planeta. Assim, facilmente podemos compreender a relatividade do tempo para cada pessoa, em função do ponto do planeta onde ela se encontra. Sabemos que, se aqui no Brasil é dia, de forma oposta e complementar, é noite no Japão, mas que, graças ao avanço da tecnologia da comunicação, um jogo de futebol pode estar sendo realizada lá e, simultaneamente, ser visto aqui (poderíamos então afirmar com certeza que o jogo acontece, ao mesmo tempo, de dia e de noite, o que criaria um paradoxo não esplicável em termos de Física Clássica, mas perfeitamente compreensível em tempo do que Einstein denominou de tempo circular ou tempo-espaço. Segundo o seu raciocínio, se pegarmos a linha acima e a curvarmos, a distância entre o passado, o presente e o futuro, para uma pessoa localizada no centro do círculo, torna-se equidistante.
            Seguindo esta linha de raciocínio, podemos imaginar uma folha de papel ofício, sobre a qual caminha uma formiga (F) caminha no sentido do comprimento da folha, partindo do ponto A para o ponto B. Com base na Física Clássica, podemos realizar cálculos matemáticos, considerando a velocidade da formiga e o espaço que ela tem a percorrer, e predizer  quanto tempo ela gastará para chegar à outra extremidade do papel.  

            Porém, se pegarmos a folha de papel e a curvarmos, aproximando o ponto A do ponto B, a formiga imediatamente poderá saltar do primeiro para o segundo, eliminando a necessidade de percorrer o espaço concreto entre A e B. Ela fará um salto quântico (não linear) através do ínfimo espaço abstrato entre A e B, facilitado pela curvatura do papel, eliminando completamente o tempo a ser percorrido:

            Este conceito de tempo circular é fundamental para compreendermos que, funcionando num plano abstrato, a mente humana é capaz de vivenciar o mesmo  processo, através dos fenômenos de regressão (viagem ao passado) e progressão (viagem ao futuro). Como o futuro, em relação ao nosso mundo manifesto, ainda se encontra no plano abstrato das posibilidades quanticas, temos como  Conseqüência, o fato de que tudo aquilo que a mente humana consegue perceber em relação aos acontecimentos vindouros, encontra-se no campo das probabilidades, dependendo das escolhas (livre arbítrio) dos sujeitos envolvidos na situação. Se por exemplo uma pessoa tem a premonição de um acidente que tem a probabilidade de ocorrer com outra pessoa e esta, por algum motivo deixa de sair naquele dia, aquela premonição não se concretizará. Além disso, diante dessas percepções antecipadas, cria-se a possibilidade de transmutação da ocorrência do evento, evitando ou atenuando a sua intensidade, enquanto ele ainda está como probabilidade, no plano abstrato.

                                           SUELI MEIRELLES   Site: www.institutoviraser.com

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