quinta-feira, 10 de novembro de 2016

CALAMIDADE PÚBLICA - Política

         Sempre que me disponho a escrever, gosto de pesquisar o significado das palavras, porque, segundo a Psiconeurolingüística, a linguagem determina a visão de mundo e quando uma palavra tem o seu significado distorcido, isto tem como conseqüência a distorção das ações humanas. Assim sendo, para escrever sobre Calamidade Pública, mais uma vez recorri ao dicionário. Vejam o que encontrei: Significado de Calamidade: Desgraça pública, catástrofe, desastre: A fome, a guerra são calamidades. Infortúnio que atinge uma pessoa ou um grupo de pessoas. Sinônimos de Calamidade: adversidade, catástrofe, desgraça, fatalidade, flagelo, infortúnio, revés, tragédia. 

            Seguindo em minhas pesquisas, no noticiário do dia 17/06/16, encontrei a seguinte informação: A crise que atinge o Rio de Janeiro levou o governador em exercício, Francisco Dornelles, a decretar estado de calamidade pública nesta sexta-feira (17), a 49 dias do início das Olimpíadas. Essa é a primeira vez na história (nosso griffo) que o estado toma medida semelhante na área financeira. Em entrevista, Dornelles afirmou que o objetivo do decreto é "apresentar à sociedade do Rio de Janeiro as dificuldades financeiras do estado. Segundo o decreto, publicado em edição extraordinária do Diário Oficial do estado, o motivo é a "grave crise financeira", que impede o cumprimento das obrigações assumidas em decorrência da realização da Olimpíada e da Para-olimpíada. De acordo com o texto, o governo teme um "total colapso na segurança pública, na saúde, na educação, na mobilidade e na gestão ambiental". ( nosso griffo) (Fonte: http://g1.globo.com
)                         Diante do exposto, venho tecer aqui, algumas considerações: Em meus 60 anos de vida, depois de alfabetizada, sempre encontrei o termo “calamidade pública” associado a catástrofes naturais, geralmente climáticas, e até que se prove o contrário, independentes da vontade humana. Considerando-se a gestão financeira como um ato decisório de responsabilidade, como poderemos afirmar, em sã consciência, que a má administração dos recursos financeiros do estado, sobejamente esbanjados em obras faraônicas e superfaturadas, poderá ser considerada “calamidade pública”? Não estará o termo mal empregado, quando aplicado à situação que hoje vivenciamos no Estado do Rio de Janeiro e no Brasil em geral? Não será essa uma tragédia anunciada pelos desmandos da corrupção que assola o nosso país? Não será a designação de “calamidade pública”, neste caso, um escapismo para a incompetência governamental, abrindo precedentes para novos desatinos políticos, neste período de desconstrução civilizatória, onde a ausência de cenários à frente coloca a todos nós, como povo, à deriva no mar da própria sorte? Ou pior ainda: Como fiadores da dívida pública que deverá ser descontada, de imediato, em percentuais salariais dos que, de alguma forma, estão vinculados ao estado?
                Neste ponto, retorno ao dicionário online, para pesquisar o significado do termo salário: Remuneração recebida por serviço(s) prestado(s); remuneração que corresponde ao que foi estabelecido como pagamento no contrato de trabalho; ordenado. (nosso griffo).
                Queridos leitores, pasmem diante disso: Como aceitar que o governo, enquanto empregador ou gestor de pensões e aposentadorias,  determine a apropriação indébita dos recursos alheios? Aturdida com o ocorrido, voltei ao dicionário online: Significado de Roubo: Ato ou efeito de roubar. Delito cometido por quem se apossa indevidamente de coisa móvel pertencente a outrem. (nosso griffo).
Como os leitores podem ver, tenho muito mais perguntas do que respostas, deixando aqui, apenas as reflexões que me ocorrem como cidadã brasileira, traduzidas nesta última indagação: Quais os caminhos para evitarmos este triste destino?...
                Como psicóloga e agente de transformações sociais, observo os cenários que se apresentam diante do meu olhar clínico, com extrema preocupação. Oprimir o povo corresponde à instalar de uma bomba relógio, cuja explosão depende do seu limite de suporte emocional. Vale lembrarmos os ensinamentos da história: QUEDA DA BASTILHA: A invasão da fortaleza pelo povo de Paris, em 14 de julho de 1789 é a data referencial para marcar as comemorações da Revolução Francesa. Apesar de ser uma prisão, na data em que foi invadida, esta contava apenas com sete presos. A tomada da fortaleza tinha o aspecto prático de resgatar as armas que havia em seu interior, e também o aspecto simbólico de ocupar um dos expoentes máximos do absolutismo. Outro aspecto marcante do acontecimento foi o de demonstrar que o movimento em curso, para buscar a extinção do regime absolutista, contava, a partir de agora, com a população em geral e não mais de um grupo de deputados que pretendiam modificar o regime através de leis. (nosso último griffo) (Fonte: http://www.infoescola.com
SUELI MEIRELLES: Psicóloga Clínica do CIT – Colégio Internacional de Terapeutas e Coordenadora do CIT/BRASIL
Hipnoterapeuta e Terapeuta de Regressão, há 30 anos cuidando do Ser Humano Integral. Professora e Pesquisadora.
Criadora do Método Meirelles de Reprogramação Mental
 Fundadora e Coordenadora do Instituto Vir a Ser e do CARROSSEL DE LUZ – Grupo de Pesquisas Noéticas.
Membro do CIT/ALUBRAT/UNIPAZ/
Consultora em Desenvolvimento Humano, Saúde Integral, Ecologia Integral e Educação para a Paz.


Publicado também no Jornal Século XXI, de Nova Friburgo.

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