Ao longo da história da humanidade,
milhares de pessoas têm sido segregadas em instituições psiquiátricas, por diagnósticos
de insanidade mental, quando classificadas fora dos chamados padrões de
normalidade social. Em termos de saúde, podemos distinguir dois tipos gerais
de alterações psíquicas: As neuroses[1],
compreendidas como distorções emocionais da percepção da realidade e as
psicoses[2],
definidas como distanciamento emocional e negação da realidade tridimensional. Por
outro lado, a sociedade moderna, por suas múltiplas e atribuladas influências,
contribui para a “normose” [3],
para a “patologia da normalidade”, na qual comportamentos dissonantes e pouco
saudáveis são aceitos como padrões sociais normais.
O que buscamos focalizar neste
pequeno ensaio é a importância do diagnóstico diferencial sobre as infinitas
possibilidades funcionais do inconsciente profundo, que comanda o
comportamento expresso dos indivíduos, através da linguagem simbólica,
importante chave de acesso, transformação e cura psíquica.
Ao pesquisarmos o termo loucura[4]
no dicionário online, encontramos uma definição por si mesma bastante
discutível: “Qualidade de louco,
desprovido de razão. [Medicina] Distúrbio mental grave que impede
alguém de viver em sociedade, definido pela incapacidade mental de agir, de
sentir ou de pensar como o suposto; insanidade mental.”
Em princípio, questionamos:_Desprovido
de que tipo de razão[5]? Se os conceitos de certo e errado são relativos a cada pessoa, por que iremos
negar ao “louco” as suas próprias razões? A razão que irá prevalecer, seguirá o
ponto de vista de quem? Por outro lado, se o sentir é um estado interno, como
podemos afirmar, cientificamente, que alguém está impedido de sentir? Ou será que a dor insuportável para a sua
sensibilidade distanciou a pessoa do fato gerador de sofrimento? Este suposto padrão
de normalidade é suposto por quem? Qual o critério pré-estabelecido para o
conceito de normalidade? O conceito de normal[6], é sinônimo de: “conforme
a norma ou regra; que serve de modelo; exemplar; regular habitual; ordinário”, e por sua
vez, não tem significado
de bom, mas de algo que ocorre segundo padrões de freqüência, como por exemplo,
a corrupção sistêmica ou a violência urbana, nos dias atuais.
Ao pesquisar o sentido de suposto[7]
encontrei significados ainda mais estarrecedores: Falso; desprovido de
verdade: Que se admitiu através de hipóteses, proposição usada para se deduzir
alguma coisa; Supositivo; que se atribuiu falsamente a uma pessoa. Suposição;
aquilo que se supõe. Etimologia (origem da palavra suposto): do latim suppositus.
Suposto é sinônimo de fictício, figurado, hipotético, imaginário. Isto significa que, como profissionais
de saúde mental, basta que “suponhamos” que alguém enlouqueceu, simplesmente
porque discorda de nossa visão convencional de mundo? Como, a partir desses
critérios de suposição, poderemos avaliar que alguém é normal ou não?
Ao pesquisar o termo estigma[8],
encontramos interessantes definições, que mantemos aqui na íntegra, para nossa
reflexão: “Cicatriz
(es) ocasionada(s) por uma ferida ou por um machucado; sinal. [Religião] Marca
que representa as chagas de Cristo, feita ou aplicada por alguns santos em seus
corpos. [Figurado] O que pode ser considerado ou definido como indigno;
desonroso. [Medicina]
Indício próprio de uma patologia (doença) [Antigo] Marca que era feita com
ferro quente nos ombros ou braços dos bandidos, criminosos, escravos etc.”
Aprofundando
mais ainda o significado, encontramos:
“Estigma
social é uma forte desaprovação de características ou crenças pessoais, que vão
contra normas culturais. Estigmas sociais freqüentemente levam à
marginalização. Exemplos de estigmas sociais históricos ou existentes podem ser
deficiências físicas ou mentais, ilegitimidade, homossexualidade, filiação a
uma nacionalidade, religião (ou falta de religião [1] [2]) ou etnicidade
específicas, tais como ser judeu, negro ou cigano. Outrossim, a criminalidade
carrega um forte estigma social. O estigma pode se apresentar em três formas,
segundo Erving Goffman: [3] as deformações físicas (deficiências motoras,
auditivas, visuais, desfigurações do rosto etc.); características e alguns
desvios de comportamento (distúrbios mentais, vícios, toxico dependências,
sexualidade, reclusão prisional etc.); e estigmas tribais (relacionados com a
pertença a uma raça, nação ou religião).”
Em trabalho de lingüística para
mediação de conflitos[9],
recentemente por nós publicado como E-Book, ressaltamos dois pressupostos fundamentais, que evidenciam como os diagnósticos de saúde podem
afetar o estado emocional e mental do paciente. São eles: “A linguagem
determina a visão de mundo” e, “palavras são gatilhos de disparam emoções e
sensações”. Tal reflexão nos remete ao
questionamento do quanto o estigma da loucura pode ser infundado, significando
muito mais o desconhecimento daqueles que detém o poder do diagnóstico, do que,
efetivamente uma “doença” manifestada por alguém que talvez tenha uma visão
mais ampla do que aqueles que a julgam e condenam à perda da credibilidade e
exclusão social. Nós profissionais de saúde, precisamos ter muito cuidado com nossas
palavras...
Quando afirmamos que realidade é
aquilo que pode ser percebido através dos nossos cinco sentidos ou da ampliação
destes, esquecemos de incluir, cientificamente, as funções das glândulas
hipófise (função intuitiva) e pineal (função de transcendência; de conexão com
o Divino), estudadas em importantes pesquisas de ponta realizadas no Brasil,
por Sérgio Felipe de Oliveira[10]
e Júlio Peres[11]·,
e por Andrew Newberg[12],
na Universidade da Pensilvânia, bem como através das pesquisas por nós
realizadas no decorrer dos últimos 28 anos, no Carrossel de Luz – Grupo de
Pesquisas Noéticas[13],
associado ao IONS – Institute of Noetic Sciences[14]
que reúne pesquisadores de fenômenos psico-espirituais, ao redor do mundo.
Em trabalho apresentado no VIII Congresso
Internacional ALUBRAT[15]-Associação
Luso Brasileira de Psicologia Transpessoal, em 06/10/2012, em Lisboa, Portugal,
abordamos o tema: Psicologia e Emergência Espiritual: a integração possível
entre atributos divinos e estados de consciência do ser humano, com a inclusão
de alguns casos clínicos ilustrativos deste processo e que, em breve, será
publicado também como E-Book.
Ao longo de nossas pesquisas sobre
estes fenômenos de estados superiores de consciência, percebemos que, cada vez
mais aumenta o número de pessoas que vivenciam experiências de ampliação de
consciência, sendo muitas delas, diagnosticadas como “loucas”, simplesmente porque
suas percepções vão muito além dos restritos enquadres nosológicos[16]
dos profissionais de saúde mental, quer sejam psicólogos ou psiquiatras. Em
trabalho apresentado no Congresso Ciência, Saúde e Espiritualidade, na
Universidade de Caxias do Sul, em 2007,no qual também apresentamos nossas pesquisas, tivemos a oportunidade de conversar, pessoalmente com Sérgio Felipe de Oliveira, Médico e Professor da USP, que sinaliza a
gravidade do desconhecimento, por parte dos profissionais de saúde, em relação
ao estabelecido em F.44.3[17]
que classifica os estados de transe e de possessão, com ocorrências normais,
em diversos contextos religiosos.
Todos os aspectos acima mencionados
nos convidam ao aprofundamento do estudo em torno desses fenômenos pesquisados
por Pierre Weil[18],
na Universidade Federal de Belo Horizonte, em 1975, que assim classificou as
possíveis Formas de Expansão da Consciência:
FORMAS
DE EXPANSÃO DA CONSCIÊNCIA
1 .1.
REGRESSÃO NO TEMPO:
1. 1.1.Às experiências anteriores de vida (juventude, infância
1.2. experiências Peri-natais (nascimento)
1.3. experiências fetais e embrionárias
1.4.Às vivências passadas (registros transpessoais
1.5. Às experiências conflituosas de morte e renascimento
1.6.Às experiências filogenéticas (evolucionárias – mineral, vegetal e animal).
1.7.À unidade cósmica (fase monádica)
1.8.Às experiências arquetípicas]
1.9. Às experiências coletivas e raciais, em outros momentos do tempo (registro akáshico)
2. 2. PROJEÇÃO:
1. 1.1.Às experiências anteriores de vida (juventude, infância
1.2. experiências Peri-natais (nascimento)
1.3. experiências fetais e embrionárias
1.4.Às vivências passadas (registros transpessoais
1.5. Às experiências conflituosas de morte e renascimento
1.6.Às experiências filogenéticas (evolucionárias – mineral, vegetal e animal).
1.7.À unidade cósmica (fase monádica)
1.8.Às experiências arquetípicas]
1.9. Às experiências coletivas e raciais, em outros momentos do tempo (registro akáshico)
2. 2. PROJEÇÃO:
.2.1. Clarividência
.2.1.
Clariaudiência
2.2.
Psicografia
3.
PROGRESSÃO NO TEMPO
3.1.
Viagens
à frente, no tempo; precognição
4.
CONSTRIÇÃO ESPACIAL:
4.1. Consciência
de célula, tecido ou órgão
4.2.
Consciência de centros energéticos ou chakras
5.
EXPANSÃO ESPACIAL:
5.1.
Consciência de matéria inorgânica (mineral, vegetal
e animal.
5.2.
Identificação com outras pessoas
5.3.
Identificação grupal
5.4.
União com toda a vida e com toda a criação
5.5.
Consciência planetária
5.6.
Consciência extra-planetária
5.7.
Consciência cósmica
5.8.
Experiências de outros universos e de encontro com
seus habitantes
5.9.
Experiências com seres bem-aventurados ou furiosos
5.10.
Experiências “fora do corpo” físico
5.11.
Viagens clarividentes, viagens espaciais
5.12.
Telepatia, clariaudiência,
psicografia.
5.13.
Canalização
Consciente da necessidade de
integrar estes novos conhecimentos ao meio acadêmico, Pierre Weil fundou, com
Jean_Yves Leloup[19] e
Monique Thoenig, a primeira Universidade Holística, que teve um importante
papel na introdução da Psicologia Transpessoal na França, na Europa e
posteriormente no Brasil, ao mesmo tempo em que as pesquisas neste campo foram ampliadas por outros pioneiros da Psicologia Transpessoal, tais como Rupert
Sheldrake, Stanislav Grof, Stanley Krippner, integrando os fenômenos de
expansão de consciência ao conceito de normalidade psíquica. Com sede na Granja
do Ipê, em Brasília, em Setembro deste ano a UNIPAZ[20]
completa 30 anos de existência, com várias unidades no Brasil e no exterior.
Atuando clinicamente dentro da ATH-
Abordagem Transdisciplinar Holística em Psicoterapia[21],
também há 30 anos, encontramos, entre os vários casos clínicos que já acompanhamos,
quer no consultório, quer nas pesquisas do Carrossel de Luz, um complexo de
informações sobre os fenômenos psico-espirituais que, quando desconhecidos,
podem conduzir os profissionais de saúde mental a grosseiros erros de diagnóstico
diferencial entre fenômenos psicoespirituais e patologia. De modo geral,
identificamos cinco possibilidades de fenômenos de expansão de consciência, que
podem ser confundidos com estados patológicos da mente:
1. FENÔMENOS
PSICOESPIRITUAIS:
1.1.
Expansão da Consciência a Estados
Superiores: Abertura
de portais de consciência para outras dimensões de realidade, acompanhada por
sentimentos de amor incondicional e compaixão por tudo e por todos. É um estado
de consciência de unidade, compreendido pela Psicologia Transpessoal como uma
meta evolutiva da existência terrena. É acessado através do arquétipo da
criança sagrada; o lado mais ingênuo, autêntico e sensível de cada ser humano.
As pessoas que funcionam neste estado de consciência, tendem a se proteger de
ambientes conflituosos, percebidos como desconfortáveis e incompatíveis com a amorosidade
característica desse novo olhar sobre a humanidade, muito útil para a conexão e
canalização, em espaços religiosos, dos ensinamentos de seres espirituais
altamente evoluídos;
1.2.
Fenômenos Regressivos à Vida
Intra-uterina, Nascimento, Infância e juventude: Emergência de memórias traumáticas de
infância, tais como perda súbita de genitores por assassinato ou acidentes, ou
ainda, experiências de abuso sexual por parte de genitores, parentes próximos,
amigos, vizinhos etc. Tal experiência fragiliza a personalidade, exigindo
intervenções com técnicas regressivas à infância[22],
para que a parte psíquica adulta possa, com verbos no tempo presente, atender
às necessidades emocionais da parte psíquica criança, basicamente reconstruindo
o histórico de vida, já que o cérebro não percebe a diferença entre fantasia e
realidade: A memória é apenas a representação do real, através do filtro
perceptivo contaminado pela emoção eliciada no momento da experiência traumática.
É comum que a parte psíquica infantil apresente confusão mental, relacionada ao
pequeno grau de abstração, comum às crianças de tenra idade, o que fragiliza a
personalidade do paciente, como um todo;
1.3.
Fenômenos Regressivos aos Registros Transpessoais:
Emergência de
personalidades transpessoais traumatizadas, que necessitam de fechamento das
gestalts que ainda permanecem abertas, pela falta de esvaziamento do conteúdo
emocional eliciado na experiência. Quando dominadoras e rígidas, estas
personalidades se sobrepõem à personalidade atual, como sintomas psicóticos, em
sua maioria gerados por sentimentos de culpa e autopunição. Exigem experiência
por parte do profissional de saúde, para que se proceda ao necessário acordo
entre as partes dissociadas e a integração dessas personalidades, como traços
normais e produtivos, à personalidade atual, depois de compreendidos como
aprendizagens evolutivas da história da humanidade. Nesta experiência, a
humildade e o auto-perdão são fundamentais para o resgate da inteireza
psíquica;
1.4.
Processos obsessivos inter-vivos: Para nossa surpresa, como
pesquisadores, encontramos, com freqüência, relações simbióticas entre os
inconscientes de algumas pessoas vivas, em processos de dominação mental,
unilateral ou recíproca, em função de memórias transpessoais emocionalmente mal
elaboradas, exigindo recursos de intervenção terapêutica transpessoal, com
todas as pessoas envolvidas;
1.5.
Processos Obsessivos Espirituais: muitas vezes os sintomas do paciente
são provocados por trabalhos espirituais com formas-pensamento negativas,
resultantes de sentimentos de posse, desejos de vingança ou de vínculos
transpessoais negativos entre o paciente e o obsessor, passíveis de serem
identificados através dos modernos recursos da Bioeletrografia[23]
(imagem do campo áurico do paciente) Neste casos, os conhecimentos específicos para
a identificação e abordagem das chamadas Presenças Intrusas (PIs), através da
técnica de Captação Psíquica[24],
são fundamentais para a resolução do processo e harmonização das personalidades
atuais aprisionadas por vínculos emocionais e mentais negativos;
É possível a ocorrência simultânea de
um ou mais dos padrões acima citados, exigindo do profissional de saúde mental,
larga e longa experiência com diagnóstico diferencial de fenômenos complexos de
emergência espiritual. Caso contrário, o diagnóstico e a medicação inibidora de
sintomas irão funcionar como agravantes do quadro, que poderá se tornar
irreversível, pela total lesão emocional do paciente que, sentindo-se
desacreditado em suas verdades internas, irá se entregar ao rótulo da loucura e
ao triste destino da internação em clínica psiquiátrica, com a conseqüente
exclusão social, tendo sua vida produtiva totalmente destruída pelo rótulo da
loucura.
2. PATOLOGIA:
2.1.
Loucura: Aqui, fazemos uma retificação dos
significados de loucura, inicialmente citado neste ensaio: Loucura não é: “Qualidade de louco, desprovido de razão. [Medicina] Distúrbio
mental grave que impede alguém de viver em sociedade, definido pela
incapacidade mental de agir, de sentir ou de pensar como o suposto; insanidade
mental.” Loucura
é o processo através do qual, em função do seu livre-arbítrio evolutivo, a
Individualidade Eterna sede ao predomínio do Ego inflado, fragmentando-se pelos
sentimentos de orgulho, vaidade e arrogância, abrindo espaço psíquico para a
emergência de suas personalidades transpessoais dominadoras, que se sobrepõem à
personalidade atual, assumindo o comando do comportamento expresso. Em alguns
casos, a Individualidade inominada se recusa, por falta de humildade e desconhecimento
da Lei de Causa e Efeito, a aceitar o retorno de suas energias mal
qualificadas, para que sejam transmutadas em suas polaridades positivas.
Permanece em estado de sofrimento psíquico e dissociação mental, até que o
intenso desgaste emocional dobre a rigidez comportamental, e a reconduza ao
processo de autoconhecimento e transformação interior. Nesses casos, também é
comum que o quadro do paciente seja agravado por outros fenômenos
psicoespirituais e/ou interferências de presenças intrusas, através da
acentuação de seus traços negativos de medo, raiva, culpa, tristeza ou dor
emocional. Cabe ressaltar que aqui nos referimos aos aspectos funcionais, não incluindo as patologias de origem neurológica, tais como tumores cerebrais, isquemias ou AVCs, que venham a provocar alterações de comportamento.
Sobre
o caráter das alucinações, Pierre Weil assim dispõe: “Além
do mais, ela (A Psicologia Transpessoal) vem questionar a natureza mesma de
muitos sintomas psicopatológicos; tudo indica que a maioria das alucinações,
por exemplo, são manifestações regressivas a uma dimensão correspondente a
períodos pessoais ou filogenéticos anteriores ao nascimento, e mesmo à vida
intra-uterina. As evidências se acumulam e necessitam de novas sínteses das observações
e pesquisas realizadas em campos tão diferentes em aparência, como a
farmacopsicologia, a regressão hipnótica, a onirologia, a psicanálise ou a
meditação.”
O
enquadre clínico refere-se aos pressupostos teóricos que delimitam a maneira
como o psiquiatra ou o psicólogo percebem o seu paciente. Quanto mais o nosso
enquadre for especializado e restrito, maior será a possibilidade de que o
comportamento do paciente seja considerado fora dos padrões de normalidade.
Quanto mais amplo o nosso referencial teórico, maior a nossa capacidade para
compreendemos os referenciais de mundo do ser humano integral, que se encontre
sob nossos cuidados terapêuticos. Daí se infere a importância da Visão Holística e da
Abordagem Transdisciplinar e, em especial, da Psicologia Transpessoal, no
contexto da psicoterapia.
Deixando
para trás os pressupostos científicos convencionais, descobrimos que o nosso
fazer terapêutico torna-se algo intrinsecamente ligado a nossa essência humana,
encontrando o feeling que abre as portas da comunicação
simbólica do inconsciente profundo de nossos pacientes e resgatando a sabedoria
interior que rege a tendência para a boa forma de todo organismo vivo; resgatando
a autoconfiança que transforma o paciente em agente da própria história, num
clima recíproco de respeito, comunhão e sinergia. Os resultados que podem ser
obtidos através desses procedimentos vão muito além do que poderíamos falar
sobre um conjunto de técnicas de intervenções terapêuticas. O que decorre do encontro
entre esses dois novos seres humanos, no ponto limítrofe entre sanidade e
loucura, ficará para sempre escrito no grande livro da vida, agora retomada sob
um novo olhar e uma nova dimensão do que chamamos realidade... A ponte estreita do sofrimento atroz é
atravessada e, além dela um novo horizonte se descortina, abrindo campo para
novas pesquisas que possam integrar ciência e espiritualidade
Neste
exato ponto, indagamos a todos os colegas, profissionais de saúde mental:_Qual
o seu enquadre terapêutico? Convidamos todos a compartilharem suas experiências
profissionais, abrindo um amplo diálogo sobre os atuais estudos relacionados
à saúde mental e às modernas pesquisas no campo dos fenômenos de ampliação de
consciência, como o caminho possível para o resgate de tantas vidas
prejudicadas por nossas estreitas visões científicas.
Deixo
aqui, uma última pergunta aos prezados colegas:_O que chamamos de loucura é um
estado patológico, intrínseco à natureza de um único indivíduo ou é a expressão,
em uma pessoa sensível, dos desequilíbrios coletivos do seu entorno,
condenando-a a ser depositária das mazelas ocultas pelos mecanismos defensivos
de negação, de nossa sociedade egóica e normótica?...
Sueli Meirelles,
em Nova Friburgo, 08 de Junho de 2017.
Especialista em Psicologia Clínica CRP/05-11601. MBA em Gestão de Projetos. Master em Psiconeurolinguística. Autora do Método Meirelles de Reprogramação Mental, Artigos, Lives e Blogs sobre Psicologia e Espiritualidade. Diretora do Instituto Vir a Ser e Coordenadora do Carrossel de Luz - Grupo de Pesquisas de Fenômenos Psicoespirituais.
Site:www.institutoviraser.com Whatsapp: 55 22 99955-7166
Email: suelimeirelles@gmail.com
[1]
WEIL, Pierre. A Neurose do Paraíso Perdido. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo.
CEPA, 1987.
[2]
LOWEN, Alexander. Medo da Vida. São Paulo: Summus Editorial, 1986.
[3] WEIL,
Pierre; Leloup, Jean-Yves; Crema, Roberto. Normose: A Patologia da
Normalidade. Campinas. SP: Versus Editora, 2003.
[5] Faculdade
de raciocinar, apreender, compreender, ponderar, julgar; a inteligência.
"o homem tem o uso da razão"
2. https://www.dicio.com.br/razao/
Capacidade para resolver (alguma coisa) através do raciocínio; aptidão para
raciocinar, para compreender, para julgar; a inteligência de modo abrangente:
todo indivíduo é dotado ou faz uso da razão.
[16]
Conceito de Nosologia: Refere-se ao estudo das manifestações que caracterizam
as doenças que acometem o ser humano, permitindo classificá-las através do
conhecimento de sua etiopatogenia, isto é, da causalidade e do mecanismo
formado dos sintomas da enfermidade. Nosos = Enfermidade; Logos = Razão,
princípio que permite explicar algo. Fonte: http://www.crp04.org.br/CRP2/Image/DIAGNOSTICO_NOSOLOGICO_PROPOSTA_REDACAO_CONSENSO.pdf
[21]
Leia: Do Divâ à Espiritualidade: ATH – Abordagem transdisciplinar holística em
psicoterapia. São Paulo: Idéias & letras, 2009. Disponível na Amazônia, kobo e Saraiva.
[22]
Técnica de visualização criativa “O Álbum de Fotografias”, desenvolvida por
Sueli Meirelles, com objetivos de facilitar a regressão à infância e a
reintegração da personalidade, com o apoio da parte psíquica adulta.
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