quinta-feira, 9 de maio de 2024

DO EMPREGO AO TRABALHO - Comportamento

 


 Foto: Tatiana Santos

Em tempos de intensas transformações civilizatórias, vivenciamos profundos processos de revisão de nossos modelos de mundo e percebemos o quanto precisamos nos adaptar a essas mudanças.

Através da história da humanidade, civilizações nascem, crescem e morrem de modo orgânico e natural, promovendo a evolução consciencial e o surgimento de novos modos de vida, como tão bem explicado no livro Evolução em dois Mundos[1], que nos oferece uma visão transcendente dos processos sociais, em final de ciclo planetário. Assim como aconteceu no início da era industrial, com o surgimento dos carros, as tílburis caíram em desuso e os cocheiros perderam seus empregos. Em tempos atuais, “orelhões” foram substituídos por celulares e máquinas de escrever viraram sucata, diante dos modernos notebooks, com suas múltiplas funções digitais, cujos aplicativos permitem até mesmo que o escritor dite seus textos, enquanto o programa digita. Diante de mudanças tão radicais, muitos empregos irão desaparecer, em função da Inteligência Artificial, segundo a qual os robôs já tomaram o lugar dos operários em montadoras automobilísticas  e até mesmo serviços domésticos de limpeza já podem ser executados por pequenos aparelhos que rastreiam lixo no chão. Nesse contexto, como serão as relações de trabalho num futuro bem próximo?

Primeiramente, vamos compreender a diferença entre emprego e trabalho: Emprego pode ser definido como uma colocação que alguém procura, em busca de uma possível estabilidade, retorno financeiro e benefícios tais como vínculo empregatício, férias, décimo terceiro salário, fundo de garantia e aposentadoria. Vale complementarmos que o sentido linguístico de aposentadoria é “recolher-se aos aposentos”, o que talvez signifique sentar-se numa cadeira, como expectador da vida, aguardando o surgimento dos sinais de envelhecimento, doenças e restrições impostas pela idade. Também vale aqui acrescentar que, em muitos casos, o candidato a um emprego se proponha a trabalhar num serviço com o qual não se identifica e está distante de sua vocação[2], fazendo com que o dia de segunda feira traga o peso da  extrema monotonia ou do extremo stress, apenas por conta do medo dos desafios evolutivos da vida. Cabe aqui ressaltar que, o empregador também precisa rever seus conceitos relacionados ao patamar em que se encontram seus colaboradores, considerando a importância dos Três Ps”: A pessoa, a Plenitude e a Produção, índices indicadores da identificação das habilidades e competências dos funcionários com a tarefa a ser executada, a interferência de seus problemas familiares, comprometendo o foco no serviço e prejudicando a qualidade final do produto que será oferecido ao consumidor. Será que estes aspectos são considerados pelos empregadores? Também vale ressaltar que, em todos os tempos existiram empresas conscientes de seus deveres sociais, criando fundações que beneficiavam seus funcionários e lhes ofereciam financiamentos diferenciados para compra de casa própria e ainda ofereciam escolas, serviços médicos e odontológicos e opções de laser, muito antes que viessem a ser cobrados em seus deveres trabalhistas. Um exemplo bem interessante desse modelo foi o Empresário Julius Arp, sobre o qual já escrevemos um artigo.[3] Outra empresa friburguense bem consciente é a Stam, empresa metalúrgica que valoriza a pessoa de seus colaboradores e desenvolve projetos sociais  ligados ao esporte e preservação do meio ambiente,   através da Fundação Francisco Farias.[4].  Sabemos que, em todo o Brasil, existem empresas que desenvolvem projetos neste sentido.

Por outro lado, o termo trabalho[5], enquanto lei evolutiva[6] pode ser definido como um serviço oferecido por um empreendedor, com base em sua vocação, a qual ele realiza com amor e dedicação e que as pessoas se interessam por adquirir, pela qualidade do resultado oferecido. Por esse motivo, cada vez mais encontramos pessoas buscando a migração de carreira, descontentes com o estabelecimento de metas de produção e vendas, que geram stress ocupacional, com sérios comprometimentos da saúde física, emocional, mental e espiritual.  Embora esta nova possibilidade signifique abrir mão dos benefícios trabalhistas oferecidos pelos emprego convencional, abre espaço para a auto realização e sentido de estar no mundo, a serviço de algo que dá sentido espiritual e propósito ao estar no mundo. Como você, leitor deste artigo, sente-se em relação a isto? Você sabe o que você veio fazer neste Planeta?

Neste breve diálogo, deixo aqui essa reflexão. Reserve algum tempo para identificar o seu grau de satisfação com a sua vida profissional e perceba que, se você ainda tem pouco tempo de serviço num emprego convencional, agora pode ser o momento oportuno para pensar em outras opções mais motivadoras. Mas se você está perto de se aposentar, comece a pensar em alguns sonhos da sua juventude, que poderão ser transformados em projetos, através de passos bem definidos que, gradualmente poderão ser colocados em prática. Você tem um lugar no mundo para fazer o que ama e lhe faz feliz!                                      

                           Sueli Meirelles, em Nova Friburgo, 09 de maio de 2024.

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[1] Link para o PDF do livro: https://www.oconsolador.com.br/linkfixo/bibliotecavirtual/chicoxavier/evolucaoemdoismundos.pdf

[2] Vocare - terno de origem latina que significa chamado

[4] Link para o site da Stam: https://stam.com.br/quem-somos/

[5] 19.2. LEI DO TRABALHO: O trabalho também é uma Lei Divina. É dever de todo ser humano tornar-se útil, em seu próprio benefício e no benefício dos demais. Numa sociedade ideal, cada Ser realizaria a sua programação natural de vida, tendo para isto todas as condições e qualidades que ele já possui dentro de si mesmo e, ao mesmo tempo contribuindo para o benefício da humanidade. Colocado num mundo cheio de recursos naturais, tendo em si a capacidade de transformar e diante das necessidades que a própria vida cria, o trabalho para o homem surge como uma conseqüência natural, em que ele desenvolve e utiliza sua inteligência, atuando no meio em que vive e colaborando com a Obra Divina.

             Pode-se depreender que o trabalho é uma necessidade evolutiva, da qual nenhum ser está isento. Mesmo aqueles que dispõem de recursos materiais, de riqueza, têm a função de gerar bem-estar social, empregos etc., contribuindo para o progresso geral. Dentro desse programa de aperfeiçoamento, muitos não terão necessidade de ganhar o pão com o suor de seus rostos; cabe-lhes, entretanto, atuar de acordo com suas habilidades para o benefício comum. A uns é dada a força física; a outros, a inteligência; a outros a habilidade manual ou artística etc., cada um atuando como co-criador com Deus.

            Nos Reinos Elemental e Animal, o trabalho também se faz presente. O vento, a chuva e a germinação são trabalhos de seres divinos responsáveis pelos processos de criação da natureza. No Reino Animal, cada ser age, por instinto, de acordo com a Providência Divina, na regulação e controle do equilíbrio ecológico, nas suas diferentes formas de expressão da vida.

            Assim como o trabalho é uma lLinei, o repouso é o seu complemento, permitindo o descanso e ou reabastecimento das forças do organismo e a liberação da mente, permitindo ao homem elevar-se e contatar novas idéias, que por sua vez levam a novos benefícios e conquistas.

       Aquele que explora o trabalho do seu semelhante, que o escraviza, sobrecarregando-o além do seu limite, desobedece à Lei Divina e por isto será responsabilizado. Mais uma vez, podemos dizer que tudo aquilo que se distancia do ponto de equilíbrio e não visa o bem, não é de acordo com as Leis de Deus.

                                         

Link pata a página de Tatiana Santos: (24) ESCLARECENDO A DIFERENÇA ENTRE TRABALHO E EMPREGO | LinkedIn


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