Cícero, Pensador Grego
Se iniciarmos esta reflexão apenas em termos de
Brasil, historicamente descobriremos que, na época em que ainda éramos colônia
de Portugal, não era permitido que nem mesmo os senhores de terras brasileiras pudessem
encomendar livros vindos da Europa. Muitos nem sabiam ler.
Com a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil vieram
os livros e também o acesso à aquisição dos mesmos, além da possibilidade de
que as famílias mais abastadas enviassem seus filhos para estudar na Europa,
iniciando-se um intercâmbio cultural entre os dois continentes. Mas, levando-se
em consideração que as cartas, única forma de comunicação existente na época, demorassem
trinta dias para serem levadas do Brasil para Portugal e mais trinta dias para as
respostas chegarem ao Brasil, podemos imaginar a extrema lentidão dessa forma
de comunicação, quando comparada aos recursos instantâneos de nossos tempos
informacionais.
Com o passar do tempo, novos recursos foram sendo criados
de modo exponencial, passando pelo Telégrafo, rádio, telefone fixo; a TV no
final dos anos 40, atualmente com 44 canais de TV aberta, no Brasil, perdendo a
atenção dos telespectadores para os 12 mil canais disponíveis no youtube,
inclusive o meu; a internet, primeiramente como meio de troca de informações
entre as Universidades, nos anos 80, para depois ser comercializada e o
celular comercializado a partir dos anos
90.
Em
2005, passamos a ter acesso ao Google, que nos oferece todo tipo de informação,
como um verdadeiro arquivo virtual da história da humanidade, até chegarmos às comunicações em tempo real,
através do Whatsapp, com qualquer pessoa, em qualquer ponto do planeta. Mas,
ficam aqui algumas [1] perguntas:_Por
que, em tempos de tantas informações virtuais disponíveis, vemos tantas
pessoas desinformadas? Por que o número
de acessos às notícias sobre a vida alheia e o quotidiano superam, em milhares,
as informações que poderiam ser úteis ao desenvolvimento humano?
Com os
níveis de ansiedade chegando a limites extremos, quase ninguém se dispõe a
assistir algo além de 10 minutos ou ler algo além de uma página, num
desenfreado acumulo de estímulos informacionais muitas vezes sem conteúdo
construtivo e sem sequer dar tempo para que o próprio cérebro processe a
informação recebida e a arquive como célula de memória.
Alcançando altos níveis de stress informacional e
emocionalmente dependentes de seus celulares, a humanidade aguarda, sem saber,
uma mudança efetiva nos meios informacionais, que necessitam de uma urgente
análise qualitativa dos conteúdos disponíveis, principalmente daqueles que são
oferecidos às nossas crianças.
Diante de tudo isto, indagamos:_ Qual será o futuro da
nossa civilização, se algo não for transformado neste cenário?
Sueli Meirelles, em Nova
Friburgo, 24 de Setembro de 2024.
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Site: www.institutoviraser.com
Whatsapp: 55 22 99955-7166
Excelente reflexão! Urge a mudança tanto nos meios informacionais como nos sociais, educacionais, familiares, etc., etc., etc.
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