Agosto, o mês augusto, sagrado. Não por acaso, ele
contém o Dia dos Pais! Como é importante a presença da figura paterna, para a
formação da personalidade dos filhos. Temos o hábito de louvar e festejar as
mães, talvez porque elas carregam os filhos em seu ventre, durante nove meses,
tempo suficiente para que os pequenos sejam mais associados ás mães do que aos pais.
Nas sociedades primitivas, durante muito tempo
não se associou o nascimento dos filhos à relação sexual. Pelo fato de que a
gravidez somente se tornasse perceptível após alguns meses, ela era considerada
um fenômeno expontâneo que ocorria com as mulheres, quando elas paravam de
menstruar. Herdeiros destas memórias ancestrais, continuamos a estabelecer uma
associação muito mais forte entre as mães e os filhos, do que entre estes e os
pais. Neste contexto, ficou para o homem a imagem do macho reprodutor, cuja
virilidade era medida pelo número de rebentos que conseguisse semear pelo
mundo, em suas muitas andanças. A terra precisava ser povoada, o índice de
mortalidade infantil era muito alto e, além disso, as guerras e as doenças
ceifavam muitas vidas, ainda na juventude.
Com a evolução, a humanidade
tornou-se mais amadurecida. Surgiram os conhecimentos da medicina, preservando
a vida e promovendo a longevidade; a puericultura e a psicologia desenvolveram
estudos sobre a importância dos cuidados infantis e sobre as funções paterna e
materna e as relações familiares surgiram em toda a sua complexidade.
Numa sociedade como a de nossos dias, cabe à mãe,
mesmo que ela seja uma profissional, a tarefa básica de cuidar e atender às
necessidades dos filhos, pelo menos nos meses de idade mais tenra. A função
materna desenvolve a sensibilidade dos filhos e gera segurança emocional,
contribuindo para o bom desenvolvimento da personalidade. Ao pai, cabe a função
de transmitir apoio e segurança em relação aos perigos do mundo externo e
também, representar a lei e o limite. Não é por acaso que hoje, dada a ausência
da figura paterna na maioria dos lares sem estrutura, imperam a violência e a
falta de valores morais. Temos hoje, uma carência imensa da figura do pai.
Precisamos de um pai herói, sim! Precisamos de pais que passem aos seus filhos
as noções de limite tão necessárias ao bom convívio social. O pai representa a
lei. Um bom pai, um pai que seja um modelo forte e seguro para os seus filhos,
é o símbolo de uma boa lei, que vale a pena ser admirada e respeitada. A partir
dos bons exemplos paternos, esta admiração e respeito deixarão de vir do modelo
patriarcal de repressão, para representar a ordem necessária ao convívio
familiar e social.
Precisamos educar os nossos meninos para o exercício
da paternidade consciente, segundo a qual, a família, enquanto uma das células
básicas da sociedade, tem a função de promover os valores essenciais do ser
humano, desse modo contribuindo para o aprimoramento das relações e do convívio
harmonioso entre todos.
Que possamos sair da severa crise de paternidade em
que nos encontramos. Na data de hoje, um pedido de profunda reflexão a todos os
pais que ainda não sabem ser pais; um voto de incentivo a todos aqueles que,
com extrema boa vontade, estão aprendendo a serem pais; um grande abraço e
muitas bençãos para todos os pais, que são realmente pais! Que tenhamos pais
amigos, responsáveis, cidadãos dignos e conscientes de suas funções na família
e na sociedade.
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