Em
1993, ao ingressar para a Rede da UNIVERSIDADE INTERNACIONAL DA PAZ[1],
por conta dos seminários com Pierre Weil,[2]descobri
que nossa sociedade caminhava, a largos passos, para um intenso processo de
decadência civilizatória, que resultaria num cenário desolador para os grandes
centros urbanos. Cenário de descaso governamental, em que o cimento, o lixo e a
violência, muito além da poluição visual, iriam reduzir a qualidade de vida dos
moradores, como Pierre tão bem descreveu em seu livro “A Mudança de Sentido e o
Sentido da Mudança.”[3]
Compreendendo
que morar perto das florestas resgata qualidade de vida, senti-me atraída pelo
perfil desta linda cidade serrana, mudando-me para Nova Friburgo, em 27 de Abril de
2010. Já no ano seguinte, pude contribuir com o meu trabalho, criando o PRODET
– Programa de Dessensibilização de Experiências traumáticas, para o treinamento
de Psicólogos e estudantes de Psicologia, também voluntários, com o objetivo de
atender a população atingida pela tempestade que se abateu sobre a região.
Desse modo, sentindo-me útil, pude retribuir o maravilhoso acolhimento que eu e
meus familiares recebemos. Uma afável surpresa para os nossos olhos
forasteiros.
Durante
os anos seguintes, fui-me situando profissionalmente, através de palestras, workshops e do Carrossel de Luz - Grupo de Pesquisas Psicoespirituais, o que me angariou novos e
verdadeiros amigos.
No
final de 2018, ouvi falar sobre o lançamento imobiliário da ARP,
interessando-me de pronto, por tratar-se de uma tendência inovadora tanto para
a área empresarial como para os profissionais liberais, prestadores de
serviços. Um espaço, bem administrado, que irá crescer exponencialmente. E assim
chegou a data de hoje, primeiro dia de minhas atividades,
através do Instituto Vir a Ser[4],
no Espaço ARP. Como Psicóloga e Agente
de Transformações Sociais,[5]consciente
do princípio que rege todos os eventos, aproveito esta oportunidade para
aprofundar a reflexão sobre o significado da reabertura deste Espaço, cuja
trajetória se integra à própria história de Nova Friburgo.
Afinal, quem foi Julius Arp e qual o
seu atual papel, neste exato momento da transição Brasileira?[6] Em
que sentido ele é um Arquétipo? Que modelo ele nos inspira? Qual a nossa função
neste espaço mais uma vez pioneiro? Primeiramente, precisamos definir o termo: Na
Wikpedia, enciclopédia livre, encontrei a seguinte definição para Arquétipo:
“De acordo
com o suíço Carl
Gustav Jung, criador do termo, arquétipos
são conjuntos de imagens primordiais em nosso imaginário, que dão sentido às
histórias passadas durante as gerações, servindo para representar o
conhecimento no inconsciente.[2]. (...) Na Psicologia Analítica, o termo
indica a forma imaterial que os fenômenos psíquicos tendem a se moldar.[3] Onde
Jung referia-se a estruturas inatas, que servem de matriz (nosso grifo) para a expressão e
desenvolvimento da psique. Na filosofia, o termo é
usado por filósofos neoplatônicos,
como Plotino, para designar as idéias, como
modelos de todas as coisas existentes, segundo a concepção de Platão.[1]”[7]
Segundo a Historiadora Janaína
Botelho ,”Peter Julius Ferdinand Arp nasceu em Fahren, Alemanha, vindo com 23
anos de idade para o Brasil. Chegou ao Rio de Janeiro no início de 1882. Em
Santos, dedicou-se ao comércio do café e um anos depois, retornou ao Rio de
Janeiro, empregando-se em uma empresa importadora de máquinas de costura,
brinquedos, armas, etc. Trabalhara para a firma Nothemann, mas quando o proprietário
faleceu, adquiriu essa empresa, juntamente com outro sócio, alterando o seu
nome para Arp & Cia.”[8]
Desse modo, no dia 11 de Junho de
1911, (11= 2 (sabedoria), Junho = 6 = (Fé),
11 = 2 = (Sabedoria) [9],
provavelmente sem o conhecimento teosófico do forte significado vibracional desta data,
Julius Arp fundou a ARP, empresa friburguense impulsionadora da economia regional.
Segundo informações no próprio site da Instituição, com visão pioneira em
relação aos direitos dos trabalhadores, a Instituição oferecia aos seus funcionários, serviços
médico-odontológicos, moradia de baixo custo, creche, escola, programas de
treinamento e de laser.[10]
Ao falecer, em 20 de setembro de
1945, Julius Arp deixou aos seus descendentes um grande patrimônio que, por
força da crise econômica mundial e, principalmente pela concorrência dos
produtos chineses, veio a encerrar suas atividades, também em evidente fenômeno
de sincronicidade, em agosto de 2011 [11]
sendo modernamente reaberta como Espaço Arp, tendência civilizatória
do cenário mundial, no qual diferentes atividades e prestações de serviço atuam
de forma interativa, num espaço em comum.
Assim, voltamos a indagar: Em que
sentido ele é um Arquétipo? Qual a nossa função neste espaço que mais uma vez é
pioneiro? Que possamos dar continuidade à sua proposta; que neste momento de
revitalização do Espaço Arp, a
Presença Arquetípica de Peter Julius
Ferdinand Arp nos sirva de modelo e nos oriente no sentido de agregarmos os
mesmos valores essenciais que o inspiraram a ações geradoras de desenvolvimento
humano e crescimento sócio-econômico, para o Bem Comum, em nossa amada Nova Friburgo.
Dra. Sueli Meirelles, em Nova Friburgo, 29 de Abril de 2019.
Especialista em Psicologia
Clínica (Hipnose Ericksoniana, Regressão de Memória e Reprogramação Mental). MBA em Gestão de Projetos, na Abordagem Transdisciplinar. Escritora e Palestrante. Diretora do
Instituto Vir a Ser: Espaço Arp – Avenida Julius Arp, 80 – Bloco 5, Sala 210. Site: http://www.institutoviraser.com
Email: suelimeirelles@gmail.com
Whatsapp: (22) 99955-7166
[1]
Site: https://unipazdf.org.br/
[2]
Primeiro Reitor da UNIPAZ – UNIVERSIDADE INTERNACIONAL DA PAZ. Site: http://pierreweil.pro.br/1/
[5]
MBA em Gestão de Projetos pela UNIPAZ - Universidade Internacional da Paz.
Site: https://unipazdf.org.br/
Membro da ALUBRAT –
Associação Luso Brasileira de Psicologia Transpessoal.
Site: https://alubrat.org.br/ e do
Membro do CIT – Colégio
Internacional de Terapeutas, Página Facebook: https://www.facebook.com/colegiointernacionaldosterapeutasbrasil/
[9]
Segundo a Teosofia e os conhecimentos da Geometria Sagrada.
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