Em recente entrevista, uma estrela
televisiva revelou que usa maconha, como recurso para relaxar, evidenciando,
como formadora de opinião, todo o seu despreparo para o status que alcançou.
A questão das drogas, não só no que
se refere à maconha, crack, cocaína ou qualquer outra droga ilícita, mas também
em relação às drogas habitualmente receitadas para o combate à depressão,
síndrome de pânico e outros distúrbios do sistema vegetativo, é uma questão
muito mais complexa.
Todo ser humano funciona em sete
diferentes níveis, associados aos seus sistemas glandulares, em íntima relação
com o estado espiritual, mental e emocional, no qual se encontra. Embora nem
todas as pessoas utilizem todos estes potenciais, eles influenciam diretamente
a sua qualidade de vida. Algumas pessoas utilizam apenas alguns desses estados
de consciência, sobrecarregando determinados sistemas de sua fisiologia, pela
má distribuição da energia vital por todo o organismo.
A glândula pineal, comandante de todo o sistema
psicossomático, durante muito tempo foi considerada pela ciência clássica como
órgão vestigial, ou seja, um órgão cuja função se perdeu no tempo. Os modernos
estudos da consciência, entretanto, têm revelado sua primordial função de
transcendência, capaz de colocar o ser humano em contato direito, através de
Estados Superiores de Consciência, com um princípio auto-organizador e
harmonizador inerente ao psiquismo, com efeitos positivos sobre os estados
emocionais e fisiológicos de cada indivíduo. Hoje, sabe-se que a condição de
harmonização espiritual de uma pessoa; o seu sentido de vida influencia o seu
padrão de pensamentos, o qual, por sua vez, irá exercer uma influência direta
sobre os estados emocionais. Estes estados emocionais, positivos ou negativos,
enquanto cargas de energia alteram o meio bioquímico do organismo, enviando
mensagens estabilizadoras ou desestabilizadoras para todo o sistema glandular, através
da hipófise, contribuindo para a saúde ou para a doença manifestada no corpo
físico.
Quando trabalhamos com dependentes
químicos, observamos que a maioria deles não percebe a droga como um risco à
saúde. O mesmo ocorre com as pessoas que fazem uso continuado de calmantes e
antidepressivos, às vezes durante longos anos de suas vidas, sem que percebam o
risco de dependência química em que se encontram.
Em estudos realizados com o
inconsciente profundo, verificamos sérios bloqueios das funções de intuição e
de transcendência, orientadoras do sentido da vida, correspondentes às
glândulas hipófise e pineal, em pessoas que se tornaram dependentes de drogas,
álcool, nicotina, cafeína ou qualquer outra substância inibidora ou ativadora
do Sistema Nervoso Central. Todas estas substâncias tiram do organismo sua
condição natural de reorganização, a partir da identificação, esvaziamento e
reequilibração homeostática, decorrente de uma efetiva mudança dos padrões
mentais e emocionais utilizados na relação com a vida.
A tendência para o uso de drogas,
lícitas ou ilícitas está associada aos sentimentos de insatisfação, insegurança
e baixa tolerância à frustração, por parte das pessoas que desconhecem o
potencial natural de auto-regulação de seus organismos, que podem ser ativados
através de técnicas de meditação e visualização criativa. Buscam fora de si
mesmas, aquilo que somente poderá ser encontrado no seu próprio interior.
Este hábito pernicioso teve origem
com as descobertas da química, que permitiram que se reduzisse ou eliminasse um
sintoma, sem a necessidade de modificar padrões inadequados de comportamento.
Com o tempo, este modelo de combate às doenças mostrou-se altamente lucrativo,
gerando fabulosos rendimentos para indústria química de medicamentos, sendo seu
uso, atualmente, massificado através das propagandas sempre presentes nos
principais meios de comunicação de massa.
A necessidade do uso de drogas para
lidar com a vida indica o aprisionamento a estados de consciência imaturos,
onde o medo e a insegurança, gerados em experiências anteriores, contaminam as
reações comportamentais no presente, fazendo com que determinadas situações de
vida pareçam um obstáculo difícil de transpor. Para reverter este quadro,
torna-se necessário que cada pessoa esteja disposta a buscar o autoconhecimento
e se defrontar com seus medos internos, resgatando sua sabedoria interior,
compreendendo os diferentes obstáculos da vida, não como impedimentos, mas como
desafios para o seu crescimento e evolução como ser humano.
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