“Todo
poder emana do povo,
e em seu nome será exercido.”
(Artigo
1º da Constituição Brasileira)
Durante
muito tempo, este primeiro artigo da nossa Constituição permaneceu esquecido
por candidatos e eleitores, acarretando uma inversão de valores, e permitindo
que pequenos grupos governassem em prol dos seus interesses pessoais, diante de
uma população alheia à própria sorte e incapaz de exercer os seus direitos
políticos. Mas para que a população possa exercer estes direitos, precisamos
primeiramente desenvolver nossa consciência política.
O termo consciência pode ser
compreendido em dois sentidos: A consciência inferior, que corresponde ao
material disponível à lembrança, (o que é necessário, para que os eleitores
possam se lembrar das trajetórias políticas de seus candidatos) e a consciência
superior, uma consciência ética e moral, capaz de colocar o respeito e a
preservação da vida comunitária, acima de interesses particulares. O termo
política, por sua vez, pode ser definido como estratégia de ação. Desta forma,
o cidadão que alcançou este estágio de consciência política torna-se capaz de
promover estratégias voltadas para o respeito e para a preservação da qualidade
de vida do grupo social ao qual pertence, seja como eleitor ou candidato.
Neste momento em que o nosso país
busca a maturidade política, tornando-se alvo de atenção de todo o planeta,
vivendo momentos decisivos da sua história, mais do que nunca precisamos ser
cidadãos conscientes do poder do nosso voto, definindo exatamente o que
queremos de nossos políticos:
Queremos políticos que honrem o
próprio nome, e os utilizem em suas candidaturas (nome é função existencial),
ao invés dos codinomes e apelidos, muitas vezes ridículos, que os transformam
em personagens de folhetins baratos, ameaçando-lhes a credibilidade;
Queremos políticos dignos, que não
estejam respondendo a processos criminais de nenhuma espécie, mesmo que ainda
não tenham sido julgados ou condenados;
Queremos políticos que tenham escolaridade,
habilidades e competências compatíveis com os cargos que irão ocupar, como
qualquer cidadão que se candidata a um emprego, e que saibam que lhes compete
apresentar leis e projetos que beneficiem a população, assim como fiscalizar as
realizações do executivo;
Queremos políticos com seriedade e
competência administrativa capazes de bem gerir, em parceria afetiva e efetiva
com o povo, os recursos financeiros das nossas cidades. Queremos que eles sejam
líderes competentes o suficiente para motivarem o povo a tal ponto, que ao
término de cada tarefa, todos possamos dizer, satisfeitos: Nós fizemos!
Queremos políticos que tenham uma trajetória
familiar e profissional reconhecidamente digna, cujos currículos incluam ações
de cidadania em prol da comunidade, evidenciando o seu perfil de interesse pelo
bem comum;
Queremos políticos que não utilizem
as falhas do adversário como bandeira de campanha, mas que apresentem as
idéias, os projetos e as metas a serem desenvolvidos, quando eleitos;
Queremos políticos que exijam dos
seus correligionários o cumprimento das regras eleitorais, como exemplo da
lisura com que irão desempenhar os seus cargos públicos;
Queremos políticos que, depois de
eleitos, continuem mantendo contato com os seus eleitores, para que juntos,
possam participar da concretização dos objetivos estabelecidos;
Queremos políticos que também tenham
desenvolvido uma nova consciência, colocando-se como verdadeiros servidores
públicos, empenhados em trabalhar pelo seu povo, pela sua cidade e pelo seu
país;
Queremos servidores públicos
conscientes de que seu dever é comparecer ao trabalho e cumprir com seus
horários, contribuindo com a sua qualidade profissional, para a correta
aplicação do erário público;
Queremos que Nova Friburgo, que foi
capaz de retomar o seu crescimento físico depois de uma grande tempestade; que
se preocupa em resgatar a sua história e o seu patrimônio cultural, possa
manter vivo este entusiasmo recém-descoberto, e dar continuidade à esta onda
civilizatória, que traz em seu movimento uma mentalidade ética e solidária, que
vai contagiando a todos aqueles que verdadeiramente a amam.
Mas, como todo povo tem o governo
que merece, precisamos, também cumprir com os nossos deveres:
Devemos estar conscientes de que
nenhum candidato, por melhor que seja, conseguirá fazer algo sozinho, mas
precisará da união do esforço de todos, para que as metas sejam alcançadas;
Devemos compreender que exercício de
cidadania não significa apenas votar no pleito eleitoral, mas acompanhar, passo
a passo, o desempenho daqueles em quem votamos;
Devemos ser co-responsáveis pela
manutenção da limpeza da cidade, pela preservação das lixeiras, das grades, das
árvores e do patrimônio público em geral (que também é nosso), dando o nosso
exemplo e advertindo aqueles que ainda não têm esta consciência;
Devemos evitar a nossa própria
participação em todas as formas de corrupção (passiva ou ativa), que possam
permitir retrocessos aos já tradicionais vícios políticos do nosso país.
Se conseguirmos realizar tudo isto,
nossa cidade, que emergiu no cenário nacional num momento de grandes
dificuldades, poderá se tornar um modelo para todo o Brasil, fazendo do
FRIBURGUENSE um exemplo de como o resgate da identidade e do amor de um povo
pela sua terra, pode transformá-la, em curto espaço de tempo, numa cidade onde
todos nos orgulharemos de viver. Rumo aos duzentos anos, em 2018! Compartilhe e ajude a formar uma nova Consciência.
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