Tradução

domingo, 10 de março de 2013

SER MULHER


O Ser, enquanto Essência é a totalidade que inclui o masculino e o feminino. No homem, o feminino fica latente e o masculino se expressa. Na mulher, o masculino se oculta, para que o feminino se manifeste, trazendo ao mundo concreto todos os seus potenciais de expressão. Ser mulher significa ser:

            O cálice, receptáculo da inspiração, no seu sentido mais profundo.
Aquela que tem o poder de mergulhar dentro de si mesma, conectando-se à Fonte Superior de toda a vida.
Aquela que através da própria sensibilidade é capaz de identificar-se com as forças mais sutis da natureza, com a beleza das formas, das cores e com o perfume das flores.
Aquela que, com o seu leve toque, é capaz de transformar e harmonizar tudo ao seu redor, resgatando a ordem em meio ao caos do mundo masculino.  Vocês já viram como é uma casa sem mulher?
Aquela cuja presença, em qualquer ambiente, resgata o lado humano de todos os seres, capaz de acolher, ouvir e compreender o outro, em seu sofrimento.
Aquela que acompanha o seu parceiro evolutivo, ajudando-o a manifestar aquilo que tem de melhor dentro de si.
Aquela que detém os mistérios da vida, capaz de gerar em seu ventre um novo ser.
Aquela que acalenta este novo ser em seus braços, e que, em noites insones, vela pelo seu desenvolvimento.
Aquela que apesar das prováveis imperfeições, vê e sustenta o modelo perfeito, em cada um de seus filhos e filhas.
Aquela capaz de esquecer que a força física não é a sua principal virtude, para agigantar-se em defesa daqueles a quem ama.
Aquela que é capaz de criar do nada, para suprir-lhes as necessidades mais prementes.
Aquela que luta, sofre, cai, chora, levanta, sorri e segue adiante em sua missão.
Aquela que faz das tripas coração, nos momentos mais difíceis da vida.
Aquela que muitas vezes é pãe, na ausência de um pai.
Aquela que é sempre mãe, com todos os significados que o termo possa conter.
Aquela que está disposta a cuidar dos outros, às vezes esquecendo-se de si mesma.
Aquela que mesmo depois de velhinha, ainda acha que sabe todas as coisas melhor do que os mais novos.
Aquela que prefere morrer antes dos seus, mesmo quando não sabe o que virá depois.
Aquela que, apesar de todos os seus erros e acertos, tem a difícil missão de tornar este mundo mais ameno e acolhedor.
A Ela, as nossas homenagens.

Sueli Meirelles
Psicóloga Clínica do CIT - Colégio Internacional de terapeutas

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