Tradução

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

EM HARMONIA COM A NATUREZA



            Se perguntarmos a qualquer pessoa, onde está a natureza, talvez ela olhe pela janela, procurando alguma árvore entre os prédios da sua cidade. O que ela e muitos de nós esquecemos, é que fazemos parte desta mesma natureza da qual estamos tão desconectados. Muitos de nós acordamos pela manhã, já preocupados com as tarefas do dia, e sequer olhamos para o céu, assim como também não percebemos todos os outros elementos da natureza com os quais convivemos em nosso cotidiano.
            O primeiro reino da natureza é o Reino Elemental, constituído de pura energia, nas suas várias formas de expressão. Esta energia está presente no ar que respiramos, na água que utilizamos para beber, cozinhar, está no elemento terra, no chão em que pisamos, e no fogo, imprescindível para o trabalho de cozimento dos alimentos e de moldagem dos metais.
            O segundo reino da natureza é o Reino Vegetal, constituído de energia e sensibilidade, presente em uma escala evolutiva, que vai desde as ervas daninhas até as flores. A energia dos vegetais afeta diretamente o nosso sistema nervoso, reequilibrando-o. Por isso nos sentimos mais tranqüilos, quando estamos em contato com o verde.
            O terceiro reino da natureza é o Reino Animal, constituído de energia, sensibilidade, instinto e pensamento rudimentar, numa escala evolutiva que se inicia com as feras e termina com os animais domésticos. Quando convivemos com eles, reativamos os nossos instintos, com a oportunidade de avaliarmos em que estado de aperfeiçoamento nos encontramos. Muitos de nós, ainda agimos como as feras, deixando que o instinto se sobreponha ao raciocínio; outros descarregam sobre os animais os seus instintos embrutecidos; outros, ainda, atiçam a agressividade dos animais, treinando-os para que se transformem em feras assassinas, invertendo o processo de aprimoramento natural, para o qual todos os seres foram criados.
            No reino humano, a energia vital aparece individualizada, com poder de escolha e capacidade co-criativa em relação à transformação de todos os recursos naturais, com direitos e deveres em relação aos outros quatro reinos que lhe são subordinados.
            O desconhecimento do ser humano, quanto a sua responsabilidade para com a natureza vem ameaçando inclusive a própria espécie humana. Se não cuidarmos destes sistemas aos quais estamos interligados, corremos o risco de comprometer de tal forma a vida no planeta, que nem o chamado homo sapiens (Será ele realmente sábio?) terá condições de sobrevivência. Uma simples reflexão diária nos mostra que o excesso ou a escassez de qualquer um desses elementos ameaça imediatamente a vida humana: Se não tivermos água morreremos e se tivermos enchentes que alaguem tudo, também. Sem o fogo, a vida fica estagnada, mas quando fora de controle, ele se torna destrutivo.
            Em nosso próprio organismo temos a representação de todos estes reinos: A mesma energia vital da natureza está presente dentro de nós; os metais da terra, também constituem nossa matéria orgânica; a sensibilidade dos vegetais corresponde ao nosso sistema nervoso, também chamado de sistema vegetativo; nossos instintos correspondem ao instinto presente na vida animal. O dentro e o fora são um só e precisam estar sob o comando do princípio inteligente que nos habita, para que possamos preservar a vida de nosso planeta como um todo. Até mesmo a riqueza ou a pobreza em que a humanidade vive, está relacionada com este princípio de equilíbrio e desequilíbrio gerado pelo próprio homem.
            Torna-se fundamental, neste momento, resgatarmos a consciência da necessidade de restabelecer o equilibro entre os micro e macro sistemas que constituem a grande cadeia da vida, desde a célula até o homem, pois o desequilíbrio ecológico já ultrapassou o ponto em que poderia ser revertido sem a nossa ajuda. É preciso que seres humanos despertos estejam atentos, atuando como fiscais da natureza, em cada momento em que aqueles que ainda se encontram com a sensibilidade adormecida degradam a terra, poluem as águas, maltratam plantas e animais.

            No sentido metafísico, o mito do paraíso representa exatamente este modelo de equilíbrio, dentro do qual homens, animais e plantas poderão voltar a viver perfeitamente integrados as demais forças da Natureza. Como resultado do despertar desta nova consciência, a humanidade alcançará um grau de sensibilidade, que a tornará capaz de respeitar a vida em todas as suas formas de expressão, inclusive e, principalmente, a própria vida humana, hoje tão desvalorizada.

                                                         SUELI MEIRELLES   Site: www.suelimeirelles.psc.br


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