Tudo aquilo que se
expressa num determinado momento resulta de influencias multifatoriais, já que,
energeticamente, tudo se interliga. O Brasil perdeu de goleada, mas, o que está
por trás de disso, indagam todos os brasileiros? Qual o sentido mais profundo
da derrota sofrida por nossa seleção, frente à Alemanha? Vamos por partes: Primeiramente,
jogar em casa aumenta a pressão e as cobranças em relação aos resultados a serem alcançados pela Seleção Brasileira.
Depois, tivemos uma série de circunstancias que foram minando a estabilidade
emocional dos jogadores: O stress do jogo contra o Chile, com prorrogação e
pênaltis; a saída de Neimar; a ausência de Thiago Silva, em campo; os repetidos
erros de arbitragem contra o Brasil... Mas isto, todos nós, torcedores,
sabemos. A pergunta que persiste é: Era para o Brasil ganhar esta Copa? Quais
seriam as conseqüências políticas, éticas e civilizatórias do hexa-campeonato?
Quais são, agora, as conseqüências políticas, éticas e civilizatórias da
derrota? Esta é a reflexão mais importante! Então, vejamos: Se o Brasil fosse
campeão, seria reforçada a idéia de que tudo se resolve com o “ópio do povo”,
inebriado pela fantasia de que o sucesso futebolístico supre as carências da
população brasileira e compra votos. Desde a carta de Pero Vaz Caminha, para El
Rei de Portugal, informando-o que “em se plantando nesta terra tudo dá”, o
brasileiro estabeleceu o padrão mental da “apatia cidadã”(Fiori), preferindo
deitar-se em “berço esplendido”, à espera de que as benesses governamentais
paternalistas caiam do céu e substituam o esforço do trabalho (lei evolutiva,
através da qual cada indivíduo desenvolve seus potenciais inatos e se torna
útil à sua comunidade). Seriam deixadas de lado as reais exigências para que
nosso país se tornasse campeão, não só nos campos de futebol, mas também no
atendimento às carências essenciais. Precisamos de alimentação correta e
saudável, moradias e cidades ecológicas, migração sustentável, segurança
pública, estruturação familiar, educação e saúde de qualidade; precisamos
desenvolver auto-estima, para, depois, nos dedicarmos ao esporte e laser, com
bases sociais firmes e estruturadas, a exemplo das seleções dos países
visitantes, que nos deixaram belos exemplos de cidadania, respeito à natureza,
ordem e civilidade. Como construir uma nação forte e vencedora, sem estes
pilares básicos?
Enquanto
o Brasil ganhava os primeiros jogos, percebíamos o povo comemorando sim, mas de
modo contido; dentro de suas próprias casas; sem carreatas pelas ruas; sem a
natural expansividade que nos caracteriza. O brasileiro queria comemorar, mas
faltava clima para isso; o brasileiro estava com a garganta entalada pelo
sofrimento, pela decepção com os desgovernos; com a corrupção, com os
superfaturamentos de obras apressadas e supérfluas, que mascaravam a real
situação brasileira, com objetivos de propaganda eleitoreira. Agora que o
Brasil perdeu, voltamos a perceber as reais necessidades do povo e o caminho
que se descortina, para que, realmente, possamos chegar ao hexa-campeonato, não
só em Copas do Mundo, realizadas de 4 em 4 anos, mas, no mesmo prazo, em
campeonatos eleitorais, votando com seriedade e consciência.
A
Teosofia nos ensina que os números são sagrados e representam quantitativos de
energia e vibração, que qualificam os eventos quotidianos. Assim, vejamos: Por
que 7 x 1? O sete simboliza a espiritualidade, missão essencial da nação
brasileira, com seu perfil amoroso e acolhedor, em relação a todos os povos. O
1 simboliza o início; o recomeço. Sim! Precisamos reavaliar nossos erros
civilizatórios e recomeçar, construindo uma nação ordeira e progressista, como
nos lembram as letras da Bandeira Nacional. Por que 4 gols em 6 minutos? O quatro simboliza a concretização e o 6, a
fé. Esta fé que remove a montanha de obstáculos, acumulados dentro de nós
mesmos, nesse país ainda jovem, que precisa escrever novas páginas da sua
história.
Parabéns
ao nosso técnico, firme e resignado a ser o “bode expiatório” para a descarga
de todas as insatisfações. Ele fez a parte a sua parte com competência e
profissionalismo, com consciência e dignidade. Parabéns aos nossos jogadores,
que sofreram o inexplicável apagão. Seria a Força Divina, que cuida da evolução
planetária, apesar dos desmandos humanos?...
Finalmente, vale lembrarmos que, em nossa
pátria, acreditamos que “Deus é Brasileiro” para que possamos compreender que
tudo isso tem um significado maior. Vamos refletir, repensar e recomeçar.
Chorar as lágrimas da derrota, esvaziar a tristeza há tando tempo acumulada, retirar
preciosas lições de tudo o que aconteceu e recomeçar a construir o país que
todos nós desejamos. Neste ano, ainda teremos outro tipo de Copa. A Copa
Eleitoral... Que sejamos campeões em cidadania!
Sueli Meirelles em
Nova Friburgo, 08/07/14.
Site: www.suelimeirelles.psi.br
suelimeirelles@gmail.com
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