Tradução

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

A VERDADEIRA PREVENÇÃO - Saúde Integral



            Na Idade Média, os alquimistas dedicaram suas vidas à descoberta do elixir da eterna juventude. Fazendo uma interpretação literal dos textos ocultos, acreditavam que iriam desvendar o segredo da vida, ao reduzir qualquer estrutura aos seus elementos constituintes. Dessa forma surgiu a química, base de toda terapia medicamentosa, cujo principal objetivo é o alívio de sintomas. Por esta influência histórica, o conceito de prevenção em saúde sofreu uma séria distorção. Em nossa cultura mecanicista, as “casas de saúde” e os “planos de saúde” dedicam-se exclusivamente à descoberta, combate e controle das doenças que “atacam” o organismo humano. Prevenir tornou-se sinônimo de realização periódica de exames, cada vez mais sofisticados, para verificar se o mal já se instalou. O que efetivamente se instala, com este modelo científico já tradicional, é uma verdadeira psicologia do medo, segunda a qual o paciente (passivo) está sempre à mercê de ser acometido por velhas e novas doenças, que o espreitam de todos os lados da estressante vida moderna. Esta visão de saúde e doença é uma crença aceita por consenso da mente coletiva da sociedade atual e compartilhada tanto pela maioria dos especialistas como entre os leigos no assunto. Dessa forma perdeu-se a via de conexão que interliga o ser pensante e ativo, aos processos bioquímicos do próprio organismo. O doente deixou de ser responsável pela construção de sua doença e passou a aguardar, passivamente, o auxílio externo da mega-indústria farmacológica que, em nome da ciência oficial, promete o milagre de aliviar as suas dores – as do corpo e até mesmo, as da alma. Pseudoprotegido por todos os novos recursos tecnológicos, o paciente pode então se entregar a todos os desatinos gerados pelo desconhecimento de sua responsabilidade pela preservação de sua saúde: Ele fuma e faz exames regulares para prevenir o câncer de pulmão; tem vida sedentária e toma medicamentos para facilitar a circulação sangüínea; tem vícios alimentares e faz uso de complementos vitamínicos... A lista pode ser infinita. Com este padrão comportamental, o incauto paciente exime-se de qualquer responsabilidade, contribuindo, inexoravelmente, para o aumento dos já fabulosos lucros laboratoriais e farmacológicos, sem perceber que, diariamente, está criando e alimentando suas doenças. Alguns chegam a tomar medicamentos, mesmo acreditando que não irão se curar e que a velhice os aguarda com o acréscimo de mais alguns inevitáveis padecimentos.
             Mesmo levando-se em consideração os fatores externos, tais como condições sócio-ambientais, a prevenção da saúde depende, diretamente, do estilo de vida de cada pessoa, e da dinâmica que ela estabelece, em sua relação com o mundo. Fatores como alimentação equilibrada, exercícios físicos, sentimentos de plenitude afetiva e sexual, realização profissional, projetos e ideais de vida, bem como o sentimento de pertinência a um grupo e valorização social, contribuem para a ativação cerebral da produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar correspondente à condição de ser saudável.
            Acima de tudo, as crenças que direcionam a vida de uma pessoa constituem uma programação mental positiva ou negativa, que influencia diretamente o estado de saúde ou de doença. Estes estados mentais, atuando sobre o hipotálamo – centro das emoções no cérebro – geram cargas emocionais, positivas ou negativas, que serão transformadas em comandos bioquímicos que, através da hipófise, serão enviados a todo o sistema glandular, afetando os órgãos que constituem os diferentes sistemas do organismo.
            A verdadeira prevenção de saúde, portanto, implica numa avaliação global de todo um estilo de vida, dentro do qual os sintomas aparecem como sinais de alerta de que determinados setores de interação entre o indivíduo e o seu meio ambiente precisam ser revistos e reorganizados, quer seja em relação a aspectos externos ou internos.
            Em condições ideais, um organismo saudável interage positivamente, em termos físicos, emocionais, mentais e espirituais com o mundo ao seu redor. Ser saudável significa estar a salvo de toda e qualquer influência que possa desequilibrar os diversos sistemas orgânicos. Ser saudável, também significa alcançar um estado de consciência em relação ao sentido de sua própria existência no mundo, encontrando o próprio eixo, em torno do qual a vida como um todo irá se desenvolver, num processo de auto-realização e plenitude, que irá se refletir por todo o ser, tornando este organismo muito mais resistente a qualquer tipo de doença.
(*) Professora, Pesquisadora de Fenômenos Psicoespirituais E Especialista em Psicologia Clínica. Criadora do Método Meirelles de Reprogramação Mental. Escritora e Palestrante.
Site: www.suelimeirelles.com
Email: suelimeirelles@gmail.com
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