No segundo domingo de Maio, comemorou-se o dia das mães. Reuniões familiares, almoços, presentes... Sinais externos de amor. Mas, o que significa realmente ser mãe? Depende do estado de consciência em que ela se encontra. Damos, abaixo, oito definições do que é ser mãe, de acordo com cada estado de consciência:
A mãe materialista acredita que ser boa mãe é dar ao filho todos os bens materiais que estejam ao seu alcance, ou até mesmo acima disso. Como mãe, não mede esforços para ajudá-lo a alcançar o cume da pirâmide social, e sente-se realizada, quando fala sobre os sucessos alcançados pelo filho, seja na carreira ou nos negócios, ou, melhor ainda: Nos dois. Cumprindo este papel, ela não deixa que nada lhe falte. Ele é bem alimentado, bem vestido e desfruta de todo o conforto que ela tem condições de lhe oferecer. Seu amor pode ser quantificado por tudo aquilo que ela lhe dá, materialmente falando.
A mãe hedonista é aquela que acredita que o prazer é o bem maior da vida, e que ser boa mãe é satisfazer todas as vontades do se filho, sem contrariá-lo no menor dos seus desejos. Para ela, ele merece todos os privilégios do mundo, e ela não hesita em ajuda-lo a usufruir de tudo de bom que o mundo tem a lhe oferecer. Ele é mimado, mesmo quando isto o ajuda a desenvolver uma tirania e uma arrogância que o tornam presença indesejável, na maioria dos lugares.
A mãe dominadora é aquela que acredita que tem o direito de direcionar o filho para o caminho que, segundo os seus próprios conceitos, é o melhor para ele. Aliás, ela também acredita que sabe o que é melhor para ele, e que ele somente será feliz, quando seguir à risca os seus conselhos. Ele é o filho obediente, que vai tendo a sua personalidade anulada e que talvez jamais venha a se expressar como ser humano. E que, certamente, ficará totalmente confuso, quando sua mãe não mais estiver ao seu lado, para ajuda-lo, diante das difíceis escolhas da vida.
A mãe apegada é aquela que acredita que amar é ter seu filho sempre ao seu lado, impedindo-o de viver suas próprias experiências de vida, porque, para ela, o melhor lugar para o seu filho é junto dela mesma, onde ele estará protegido de todos os perigos reais ou imaginários que, para ela, o aguardam no mundo externo. Ele é o filho que recebe tudo nas mãos, que é cuidado vinte e quatro horas por dia, e que dentro dos limites do cerco amoroso da mãe, tem tanto carinho que talvez não queira crescer, porque ali está bom demais.
A mãe criativa é aquela que acredita que o filho deve seguir a sua vocação; que ele deve se expressar em todos os seus potenciais e que o incentiva a buscar o próprio caminho. Ela é como o jardineiro que cuida da pequena semente, para que ela desabroche naquilo que veio ser. Seu filho tem curiosidade de conhecer o mundo e de lançar-se em novas situações, sabendo que os erros e acertos são igualmente diferentes formas de aprender o que fazer e o que não fazer na vida.
A mãe intuitiva é aquela que acredita que seu filho é um ser humano único, que precisa ser respeitado em suas características de personalidade, e incentivado a realizar o que veio realizar na vida. Seu filho, desde bem cedo, aprende a usar este foco interno de orientação existencial, buscando suas próprias metas, independentemente das opiniões externas, pois sabe que não veio ao mundo para atender as expectativas alheias, nem para se deixar levar pelos modelos e pressões que a sociedade lhe impõe.
A mãe espiritualizada é aquela que acredita que seu filho veio ao mundo, trazendo qualidades positivas e negativas, para um processo de aperfeiçoamento evolutivo, e que sua meta existencial é se tornar um ser humano melhor. Acredita, também, que sua tarefa, como mãe, é auxilia-lo neste processo de auto-descobrimento, ajudando-o a transformar defeitos em qualidades; a transpor obstáculos e a alcançar metas, segundo uma programação inconsciente para a vida, que ele já traz dentro de si mesmo. Seu filho, desde cedo, aprende que sua vida tem um propósito evolutivo, e que ele é totalmente responsável pelas escolhas que faz. Ele também sabe que, acima de tudo, é filho de Deus, e que nem tudo o que acontece com os outros, tem que, obrigatoriamente, acontecer com ele também. Sente-se mais seguro e confiante diante da vida.
O oitavo estado de consciência da maternidade, nenhuma mulher humana até hoje alcançou. Ele é representado por Maria, Mãe de Jesus, que veio ao mundo para sustentar o Plano Divino de Seu Filho, em sua missão de resgatar os pecados do mundo. Ela é o exemplo de Mãe Maior, capaz de amar e de se doar sem apegos, confiante na eternidade da vida e nos propósitos estabelecidos por Deus, para todos os seus filhos e filhas. Neste mês de maio, a Ela, as nossas homenagens, pedindo-lhe que abençõe todas as mães deste sofrido Planeta Terra.
SUELI MEIRELLES
(*) Psicóloga Clínica, Escritora e Palestrante.
Site: http://www.suelimeirelles.com
E-mail: suelimeirelles@gmail.com
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