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terça-feira, 30 de julho de 2013

QUAL A SOLUÇÃO PARA A INTOLERANCIA RELIGIOSA?

         
   UNIFICA-AÇÃO é um Congresso Anual de Diálogo Inter-Religioso, promovido pela Casa de Assistencia Mãos de Luz, realizado nos dias 27 e 28/07/13, em Nova Friburgo/RJ.
Em 2011, assisti ao primeiro evento e logo me identifiquei com a proposta, que vinha ao encontro de um antigo projeto, com o mesmo objetivo: Buscar a complementariedade entre os diferentes credos, em lugar de questionar as aparentes diferenças, através do estudo comparado das religiões. Acredito em diálogo inter-religioso como espaço de crescimento e evolução de todos os participantes, pois aprendizagem é a diferença entre o que sabemos e o que poderemos chegar a saber.
            No UNIFICA-AÇÃO II, participei como palestrante, integrando-me à proposta. O ponto alto do evento foi o abraço do Pastor Evangélico com o Sacerdote Umbandista. Momento pioneiro e abençoado, em que séculos de preconceitos caíram por terra. Todos nós, que lá estávamos, choramos. Lamentamos que a mídia não tenha noticiado, em primeira mão. Como disse o Sacerdote Umbandista presente neste ano, eles teriam sido notícia, se tivessem se agredido, mutuamente.
            Neste UNIFICA-AÇÃO III, eu iria palestrar, pela manhã. Ao acordar, peguei minha Bíblia e a abri, aleatoriamente, buscando a Orientação Divina para o dia, como sempre costumo fazer. Meu dedo indicador apontou para o Evangelho de João, Capítulo 17:4: ”Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer”. Senti-me fortalecida e entregue a Vontade Divina, pedindo-Lhe que orientasse a minha fala que, naquele momento se afigurava como foco de atenção do meu trabalho. Mas Deus tem seus desígnios...
Na tarde do segundo dia do evento, teve lugar um fórum, com todos os palestrantes do encontro. No palco, em fila, lado a lado, nove cadeiras. Os palestrantes foram chamados e sentaram-se em lugares aleatórios. Não havia uma ordem pré-estabelecida. Quando subi, havia um espaço vago entre o Sacerdote Umbandista e o Pastor Evangélico. Sentei-me entre eles. Sincronicidade[1]? Será este o ponto mais delicado do diálogo inter-religioso?...
A Organizadora do evento e Mediadora do Fórum, perguntou-nos: _ Qual a solução para a intolerância religiosa? (na leitura do Líder Islâmico,o termo deve ser respeito, porque tolerar significa aturar o que não se gosta e precisamos ir mais além).
Naquele momento, me vi integrando um semi-círculo formado por oito homens e, ainda racionalmente, me perguntei: _O que estou fazendo aqui? Porque eu, mulher, psicóloga, pesquisadora de fenômenos psicoespirituais, que não lidero nenhuma religião, estou aqui? Qual o propósito? Saindo do nível da racionalidade e procurando elevar meu pensamento ao Divino, busquei compreender o que Deus queria nos dizer, naquele momento, através de nós mesmos, com base nos princípios da Geometria Sagrada e da Sincronicidade de eventos. O Psicólogo é o intérprete dos símbolos[2] humanos e, ali, havia uma linguagem simbólica muito evidente. Lembrei-me do arquétipo[3] da Escada de Jacó, a escada bíblica, através da qual o homem busca subir em direção a Deus, e desce para ajudar ao próximo. A escada do céu. A Merkabah Judaica. A escada que representa os estados de consciência do ser humano, no processo de elevação espiritual, em intersecção com os sete Atributos Divinos. Comecei, então, a inter-relacionar cada palestrante, da esquerda para a direita, com um Atributo Divino a ser desenvolvido por cada um de nós, para seguirmos o caminho do diálogo inter-religioso. Neste exato momento, a filhinha do nono palestrante, que estava na extrema direita, subiu ao palco para fazer companhia a seu pai, sentando-se aos seus pés.
Dei início à leitura dos símbolos que se apresentavam, naquele momento: O primeiro palestrante era o representante da igreja da Unificação, que ocupava o lugar do primeiro Atributo da Vontade Divina, trazendo-nos a lembrança de que a perfeita Vontade Divina precisa prevalecer sobre as nossas pequenas vontades humanas. O segundo palestrante era o representante do Islamismo, que ocupava o lugar do segundo Atributo da Sabedoria Divina, lembrando-nos que também precisamos construir essa ponte para as Tradições Orientais, que tantos ensinamentos poderão nos trazer.O terceiro palestrante era o representante do Espiritismo, que ocupava o lugar do terceiro Atributo do Amor Incondicional de Deus. Ah! Se juntarmos pensamento e sentimento, alcançaremos a flexibilidade necessária para a integração entre os opostos. O quarto palestrante era o representante da Medicina  Ayurvédica (Ciência da Vida), que ocupava o lugar do quarto Atributo Divino da Paz. Ah! Aqui estava um recado para os médicos que vem se confrontando com tantos obstáculos, em seus caminhos profissionais: A paz, na área da saúde, será alcançada quando a medicina ocidental puder integrar esses antigos conhecimentos da medicina oriental, à sua prática de trabalho. O quinto palestrante era o Sacerdote Umbandista, que ocupava o lugar do quinto Atributo da Verdade, Harmonia e Equilíbrio que, antecipando-se à minha reflexão interior, falou da necessidade de abrirmos espaço para o feminino, dentro das religiões. Abrir espaço para a dimensão do cuidado e preservação da vida. Esta sincronicidade também me surpreendeu!... A sexta palestrante era eu, especialista em psicologia clínica e pesquisadora de fenômenos psico-espirituais, ocupando o lugar do Atributo da Fé. Ah! Como a Psicologia também precisa se aproximar das religiões; aprender a ler seus Livros Sagrados como Tratados do Inconsciente, construindo uma ponte entre a ciência e as Tradições Sapientais da Humanidade... A minha direita estava o representante da Tradição Evangélica, ocupando o lugar do sétimo Atributo da Misericórdia Divina. Ah! Como todos nós precisamos desenvolver Misericórdia e Compaixão, para que possamos realmente amar aqueles em relação aos quais divergimos, diametralmente!...  Em oitavo lugar estava o representante do Candomblé, que será palestrante no próximo Unifica-ação, e havia sido apresentado por seu amigo, como homossexual assumido, ocupando o lugar do oitavo atributo da Autenticidade, lembrando-nos que, diante de Deus, não somos nem maiores nem menores do que somos... Bela aprendizagem!... Em nono lugar, estava o representante da Umbanda e do Candomblé, que havia palestrado no evento e ocupava o lugar do nono Atributo Divino do Equilíbrio Cósmico e da transformação. E aos seus pés, sua filhinha Maria Clara. Sim! Esta era a mensagem do Divino! Percebi, num lampejo de compreensão: O resgate do Divino Feminino, depois de milênios de patriarcado e opressão. Maria, Mãe de Jesus, a Bem Amada Arcanjelina Maria[4], descida à Terra para gestar nosso Mestre Jesus, já que nenhuma mulher terrena poderia suportar a alta vibração de seu pequeno Yeshua. Lembrei-me também de Maria Madalena, discípula preferida do Mestre, que despertava ciúmes no apóstolo Pedro, que a ela assim se referia, em conversas com André:_’Será possível que o Mestre tenha conversado assim, com uma mulher?”[5] Julgada pecadora, porque, naqueles tempos, era proibido às mulheres aprenderem a ler e estudar a Torá, o livro Sagrado Judaico... E Clara, o doce complemento divino de Mestre Francisco de Assis. A Clara Luz da consciência a nos iluminar a mente externa. A renovação. A singela Clara de Assis e seu Amado Francisco, arquétipos de humildade, simplicidade, amor ao próximo e respeito à natureza, neste momento tão franciscano da visita do Papa ao Brasil, em momento político conturbado, lembrando-nos que ainda precisamos agregar a Tradição Católica em nossos encontros.
E ali estava, na sua inocência, aos pés de seu patriarca, a pequena Maria Clara, loura e linda, filha da tradição mais discriminada e objeto de maiores preconceitos em nosso país, lembrando-nos que não damos ouvidos à Umbanda, criada no Brasil, em 1934 e ao Candomblé, religião trazida pelos antigos escravos vindos da África. Sim, religiões de povos dominados nunca são consideradas importantes. Foi assim, também com o Cristianismo, em seus primórdios, que era visto pelos romanos como uma seita seguida pelo povo judeu, por eles subjugados. Por isso, ninguém se importava que judeus aprisionados fossem oferecidos aos leões, para deleite da turba ensandecida dos circos romanos. Que fique para nós mais esta reflexão!...
Mas a pequena Maria Clara continuava ali, resgatando nossas esperanças e nos convidando a olharmos o futuro de modo promissor. Ela ocupava o décimo lugar, do Atributo Divino do Consolo Cósmico. O consolo que todos nós necessitamos. O zero que representa o Imanifesto, o Eterno Divino, que gera a si mesmo; que não tem princípio nem fim... Alfa e Omega...E o Um. O recomeço. Recomeço de um novo tempo. Promessa de um futuro em que a pequena Maria Clara não mais será discriminada por sua crença religiosa. Promessa de um tempo em que o melhor de cada religião irá constituir o terceiro incluso descoberto pela Física Quântica, como a resultante que nasce em cada grupo, integrando todas as suas constituintes... É para ela e por ela que estamos trabalhando hoje. Foi por ela e por todas as nossas crianças, das próximas gerações, que participamos do Unifica-ação, dissolvendo nossos dogmas e preconceitos enraizados em nossos corações, endurecidos por nossas crenças auto-limitantes. Promessa de Amor! E então, percebemos que, sem nenhuma fala, Deus se havia tornado pessoa e fazia presente a explícita Verdade Divina, manifestada em cada um de nós. Assim, compreendemos que os grandes inimigos que nos habitam são nossas sombras inconscientes; o Diábolo que nos separa e que precisa ser desconstruído; a fantasia da separatividade que será dissolvida para dar lugar ao símbolo que nos une, o Amor Ágape, o Amor Doação.
“Vinde a mim as criancinhas”, disse o Doce Rabi da Galileia. Por elas e por esse mundo melhor que todos nós desejamos, vamos elevar nossos pensamentos, em uníssono, ao Divino e dizer, humildemente: Pai perdoa-nos pelos preconceitos; perdoa-nos pelo orgulho, prepotência e vaidade; perdoa-nos pela rigidez e pela crítica; perdoa-nos pela maledicência; perdoa-nos pelo sectarismo religioso, porque, somente dissolvendo as sombras dentro de nós mesmos, teremos olhos de ver e ouvidos de ouvir... Nós Te amamos e a Ti agradecemos, porque nos deste a oportunidade de percebermos que a Verdade Divina não é privilégio de nenhuma religião, mas pode ser revelada no encontro entre todas, cada qual dando a sua parcela de contribuição, para a compreensão do Grande Uno dentro do qual todos nós existimos. Assim, encontraremos a solução para a intolerância religiosa... Que possamos compreender as importantes mensagens contidas nesta resposta tão completa, que nos foi trazida por uma abençoada Criança, Mensageira da Paz, que esteve presente no fórum de palestrantes do III UNIFICA-AÇÃO.
                                                           Paz, Luz e Graça a todos os participantes.
                                                                                   SUELI MEIRELLES
Site: www.suelimeirelles.com
Email: suelimeirelles@gmail.com



[1] Eventos simultâneos e significativos, segundo a Psicologia Junguiana.
[2] Linguisticamente, símbolo é o que une. Diábolo é o que separa.
[3] Modelos significativos para o inconsciente coletivo da humanidade, segundo Carl Gustav Jung.
[4] Para saber mais, leia: Memórias da Bem-Amada Maria, Mãe de Jesus. Editado pelo Centro Lusitano de Unificação Cultural. Portugal.
[5] Para saber mais leia: Leloup, Jean-yves. O Evangelho de Maria Madalena. São Paulo: Vozes. 2004. 6 Ed. Citação da pg. 9.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

SOLIDARIEDADE - PALAVRA CHAVE DE UM NOVO TEMPO




                Treze letras que podem ter muitos significados. Solidariedade de:

                         S  ÁUDE
                                   O  RDEM
                   L  IBERDADE
                   I   DONEIDADE
                   D  IREITO
                   A  MOR
                   R  ESPEITO
                   I    NDEPENDÊNCIA
                   E  QUILÍBRIO
                   D  OAÇÃO
                   A  FINIDADE
                   D  EUS
                   E  SPERANÇA


         A velha civilização apodrecida fertiliza a terra, onde pequenas sementes de novos comportamentos começam a brotar: Entre eles, nasce a Solidariedade. Segundo Mestre Aurélio, o dicionarista, a palavra pode ser definida como: 1. “Laço ou vínculo recíproco de pessoas ou coisas independentes. 2. Apoio a uma causa, princípio, etc. de outrem. 3. Sentido moral que vincula o indivíduo à vida, aos interesses dum grupo social, duma nação, ou da humanidade.” (*)
         Para nós homens e mulheres, cidadãos deste país empobrecido pelo descaso dos poderosos, ela representa a oportunidade de transformação do ideal em ação comunitária, para promovermos:

         Saúde, aplacando a fome dos desfavorecidos, através do uso consciente dos recursos disponíveis; do pouco ou muito que tantas vezes é desperdiçado;
                Ordem sem tirania; ordem democrática que permite a utilização justa e organizada dos bens geradores de prosperidade;
         Liberdade consciente que aceita os limites onde começa a liberdade do outro; liberdade responsável, que nos leva a assumirmos as conseqüências de nossos atos, junto à família e à sociedade, expressando aquilo que temos de melhor, apesar de nossas imperfeições humanas;
         Idoneidade, transparência e confiabilidade para obtermos o respeito daqueles que anseiam colaborar, mas temem os desvios da corrupção;
         Direito de defendermos os nossos próprios direitos e de reconhecermos o direito dos outros, contribuindo para um mundo mais justo;
        Amor. Ah! O amor! Força morna que penetra na alma e aquece; liga mágica capaz de consolidar ideais tornando-os realidade palpável;
           Respeito pelo ser humano, pelos animais, pela natureza e pela vida, hoje tão desvalorizada;
          Independência de pensamento para termos a coragem de agir, promovendo as transformações necessárias à realização dos ideais estabelecidos;
       Equilíbrio, ponderação e sabedoria para fecharmos os ouvidos aos desestabilizadores, promotores do caos e da discórdia, seguindo firme em direção a metas construtivas;
         Doação, serviço; utilização das capacidades que todo ser humano traz dentro de si, para a melhoria da qualidade de vida;
          Afinidade com ideais positivos, que sejam o ponto de partida para a ação em torno de objetivos em comum;
         Deus, o princípio e fim de todas as coisas; a fé capaz de remover montanhas e transformar situações; a crença que preenche, entusiasma e une as criaturas, sem o fantasma da separatividade ou preconceito entre os diferentes credos;
         Esperança de que a solidariedade, com todos os significados que ela possa conter, seja a amorosa sinergia deste limiar de um novo tempo, alastrando-se pelos sofridos corações brasileiros; soando como um alerta e levando-nos finalmente a pulsar em harmonia, para a recuperação da saúde física, emocional, mental e espiritual de nosso povo.
         Sejamos solidários à nossa cidade, ao nosso país, ao nosso planeta. Este é um convite à ação, onde o lema é: Faça o que puder... mas, faça!”

Compartilhe e ajude a formar a Massa Crística para a Mudança de Mentalidade.

SUELI MEIRELLES
Site: 
www.institutoviraser.com




            

quarta-feira, 24 de julho de 2013

CONTRIBUIÇÕES AO ATO MÉDICO



                Fundamentada num consenso profissional, a Medicina, a mais antiga e estruturada entre as profissões de saúde, tendo seu Conselho como aliado na defesa do campo de atuação dos Médicos, através da regulamentação do exercício profissional, agiu no sentido de delimitar o seu campo de atuação o que, a princípio se fazia necessário, para evitar práticas ilegais do exercício da Medicina. Na realidade, tal procedimento gerou uma série de conflitos nos campos de atuação interdisciplinar  (Clínicas, Hospitais e Postos de Saúde), e na relação com outros profissionais da área de saúde, que passaram a ser vistos como profissionais paramédicos, com atuação subordinada à indicação terapêutica dos médicos, cuja formação academica não inclui os conhecimentos técnicos e específicos das outras profissões da área de saúde.
                Diante da polemica levantada e da multiplicidade de atos de protesto por parte dos outros profissionais da área de saúde (Psicólogos, Fisioterapeutas, Nutricionistas, Fonoaudiólogos etc.), o Ato Médico, Projeto de Lei 7703/2006, que regulamenta a profissão, foi sancionado pela Presidência da República, com veto e retificação dessa visão distorcida,  especificamente em relação ao Art. 4º, que tornava privativa do médico, a formulação de diagnóstico nosológico (classificatório) e a respectiva prescrição médica
                Em contrapartida, nos hospitais públicos de grande porte, enquanto os médicos passam visitas regulares aos seus pacientes, conscientes de suas atribuições específicas, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e outros costumam  esperar que suas presenças sejam indicadas pelos médicos, ou até mesmo solicitadas pelos próprios pacientes, numa flagrante expressão da fragilidade de postura profissional que costuma caracterizar a formação da identidade tímida desses profissionais, que também deveriam passar visitas regulares aos seus pacientes, fazendo suas anamneses e indicações terapêuticas, dessa forma cumprindo as atribuições delimitadas pelo saber científico da sua área de atuação. Por esse comprometimento da postura e da má construção da identidade profissional, acabam contribuindo para a ratificação da pseudo-supremacia da Medicina sobre as demais profissões da Área de Saúde.
                Como se pode constatar, este estado de coisas está longe de ser provocado intencionalmente pelos profissionais de Medicina, mas reflete o que, em 1986 a UNESCO denominou de “fragmentação do conhecimento”: A excessiva especialização levou a comunidade científica ao desconhecimento das ações específicas de profissões correlatas, dentro de uma mesma área de conhecimento (neste caso, a saúde), gerando distorções e conflitos, que prejudicam principalmente a população, que poderia estar sendo bem atendida, através de serviços preventivos de saúde, reduzindo, consequentemente, a sobrecarga dos médicos, que acabam absorvendo, no atendimento hospitalar, as questões psicossomáticas (em sua maioria) e as questões nutricionais e sociais, que transformam os corredores hospitalares, em verdadeiros campos de batalha, com pacientes espalhados por todos os lado.  
A OMS define Saúde como o “Bem-estar físico, emocional, mental e espiritual do ser humano”, evidenciando que este conceito amplo exige a integração de diferentes saberes, para a compreensão dos vários fatores que contribuem para a saúde do ser humano integral.
                Para que essa visão distorcida, que tantos dissabores vêm causando aos envolvidos no problema, possa ser modificada, a UNESCO, na “Declaração de Veneza” propõe como solução a Visão Holística e Abordagem Transdisciplinar, através do colóquio entre os vários saberes, como forma de recuperar-se a visão global do ser humano, paralelamente a uma ação local, já que é o desconhecimento das atribuições do outro que leva cada profissional a extrapolar as suas atribuições específicas, em ações invasivas às outras profissões. Dentro dessa nova visão, surgem alguns passos norteadores do caminho, em direção às soluções:
a)         Criação de Grupos Transdisciplinares, para reunião, intercâmbio de informações e estudos de casos clínicos, entre os vários profissionais de saúde, em Clínicas, Hospitais e Postos de Saúde, que permitirão a cada profissional emitir parecer especializado sobre cada doença;
b)         Criação de Grupos Transdisciplinares, para reunião, intercâmbio de informações e estudos de casos clínicos, entre coordenadores de cursos, professores e graduandos das várias profissões da área de saúde, nas Universidades e Faculdades Biomédicas, treinando-os para atuação em equipe interdisciplinar, num trabalho preventivo de dissolução das distorções geradas pelo desconhecimento das atribuições específicas de cada profissão;
c)         Envio de Relatórios dos resultados obtidos nestes grupos, aos seus respectivos conselhos;
d)         Criação de Grupos Transdisciplinares, para reunião e intercâmbio de informações entre os Conselhos de todas as Profissões de Saúde, com o objetivo de normatizar os procedimentos adequados para a atuação em equipes interdisciplinares de trabalho.
Estas medidas simples poderão promover a integração de todos os profissionais da área de saúde, minimizando, desde já, os problemas de fluxo de atendimento e aumentando, significativamente, a qualidade dos serviços de saúde, em nosso país. Com o passar do tempo, novas idéias, de novos procedimentos poderão resultar desses encontros, trazendo alívio a todos os envolvidos nesse grave problema nacional.                 
                                                                                             
                                                                                                   SUELI MEIRELLES

sexta-feira, 12 de julho de 2013

CONSCIENCIA POLÍTICA


Todo poder emana do povo,
 e em seu nome será exercido.”
(Artigo 1º da Constituição Brasileira)



            Durante muito tempo, este primeiro artigo da nossa Constituição permaneceu esquecido por candidatos e eleitores, acarretando uma inversão de valores, e permitindo que pequenos grupos governassem em prol dos seus interesses pessoais, diante de uma população alheia à própria sorte, e incapaz de exercer os seus direitos políticos. Mas para que a população possa exercer estes direitos, precisamos, primeiramente desenvolver nossa consciência política.
            O termo consciência pode ser compreendido em dois sentidos: A consciência inferior, que corresponde ao material disponível à lembrança, (o que é necessário, para que os eleitores possam se lembrar das trajetórias políticas de seus candidatos) e a consciência superior, uma consciência ética e moral, capaz de colocar o respeito e a preservação da vida comunitária, acima de interesses particulares. O termo política, por sua vez, pode ser definido como estratégia de ação. Desta forma, o cidadão que alcançou este estágio de consciência política torna-se capaz de promover estratégias voltadas para o respeito e para a preservação da qualidade de vida do grupo social ao qual pertence, seja como eleitor ou candidato.
            Neste momento em que o nosso país alcança a maturidade política, tornando-se alvo de atenção de todo o planeta, vivendo momentos decisivos da sua história, mais do que nunca precisamos ser cidadãos conscientes do poder do nosso voto, definindo exatamente o que queremos de nossos políticos:
            Queremos políticos que honrem o próprio nome, e os utilizem em suas candidaturas, ao invés dos codinomes e apelidos que os transformam em personagens de folhetins baratos, ameaçando-lhes a credibilidade;
            Queremos políticos dignos, que não estejam respondendo a processos criminais de nenhuma espécie, mesmo que ainda não tenham sido julgados ou condenados;
            Queremos vereadores que tenham escolaridade, habilidades e competências compatíveis com os cargos que irão ocupar, como qualquer cidadão que se candidata a um emprego, e que saibam que lhes compete apresentar leis e projetos que beneficiem a população, assim como fiscalizar as realizações do executivo;
            Queremos prefeitos com seriedade e competência administrativa capazes de bem gerir, em parceria afetiva e efetiva com o povo, os recursos financeiros das nossas cidades. Queremos que eles sejam líderes competentes o suficiente para motivarem o povo a tal ponto, que ao término de cada tarefa, todos possamos dizer, satisfeitos: Nós fizemos!
Queremos políticos que tenham uma trajetória familiar e profissional reconhecidamente digna, em cujo currículo constem ações de cidadania em prol da comunidade, evidenciando o seu perfil de interesse pelo bem comum;
            Queremos políticos que não utilizem as falhas do adversário como bandeira de campanha, mas que apresentem as idéias, os projetos e as metas a serem desenvolvidos, quando eleitos;
            Queremos políticos que exijam dos seus correligionários o cumprimento das regras eleitorais, como exemplo da lisura com que irão desempenhar os seus cargos públicos;
            Queremos políticos que, depois de eleitos, continuem mantendo contato com os seus eleitores, para que juntos, possam participar da concretização dos objetivos estabelecidos;
            Queremos políticos que também tenham desenvolvido uma nova consciência, colocando-se como verdadeiros servidores públicos, empenhados em trabalhar pelo seu povo, pela sua cidade e pelo seu país;
            Queremos servidores públicos conscientes de que seu dever é comparecer ao trabalho e cumprir com seus horários, contribuindo com a sua qualidade profissional, para a correta aplicação do erário público;
            Queremos que esta cidade que foi capaz de retomar o seu crescimento físico depois de uma grande tempestade; que se preocupa em resgatar a sua história e o seu patrimônio cultural, possa manter vivo este entusiasmo recém-descoberto, e dar continuidade à esta onda civilizatória, que traz em seu movimento uma mentalidade ética e solidária, que vai contagiando a todos aqueles que verdadeiramente a amam.
            Mas, como todo povo tem o governo que merece, precisamos, também cumprir com os nossos deveres:
            Devemos estar conscientes de que nenhum candidato, por melhor que seja, conseguirá fazer algo sozinho, mas precisará da união do esforço de todos, para que as metas sejam alcançadas;
            Devemos compreender que exercício de cidadania não significa apenas votar no pleito eleitoral, mas acompanhar, passo a passo, o desempenho daqueles em quem votamos;
            Devemos ser co-responsáveis pela manutenção da limpeza da cidade, pela preservação das lixeiras, das grades, das árvores e do patrimônio público em geral (que também é nosso), dando o nosso exemplo e advertindo aqueles que ainda não têm esta consciência;
            Devemos evitar a nossa própria participação em todas as formas de corrupção passiva ou ativa, que possam permitir retrocessos aos já tradicionais vícios políticos do nosso país.
            Se conseguirmos realizar tudo isto, nossa cidade, que emergiu no cenário nacional num momento de grandes dificuldades, poderá se tornar um modelo para todo o Brasil, fazendo do FRIBURGUENSE um exemplo de como o resgate da identidade e do amor de um povo pela sua terra, pode transformá-la, em curto espaço de tempo, numa cidade onde todos nos orgulharemos de viver.

 Eleitor: O Poder emana de você e em seu nome será exercido...


quinta-feira, 11 de julho de 2013

A MUDANÇA DE SENTIDO E O SENTIDO DA MUDANÇA



            A estrutura psíquica do Ser Humano é formada por duas partes: Uma Individualidade, por sua vez constituída por uma essência espiritual, um nível intuitivo e um nível mental superior, ou nível de ideais. Uma Personalidade constituída pelo nível físico, pelo nível de sinestesia ou de sensações, pelo emocional e pelo nível mental inferior, que representa o pensamento prático.
            A grande maioria das pessoas vive com sua atenção voltada para as necessidades da Personalidade. Elas buscam segurança material, prazer, poder, e o status estabelecido pelos padrões da sociedade em que vivem. Com bastante freqüência, o sentido de felicidade, para estas pessoas, está associado à comparação que elas estabelecem entre o seu padrão de vida e o das pessoas com quem convivem, avaliando o patamar da pirâmide social em que cada um se encontra, e o sucesso profissional alcançado, medido pelos bens materiais acumulados no decorrer da carreira. Este estado permanente de competição, medo de possíveis perdas e insatisfação interior, costuma ser o responsável pela maioria dos sintomas físicos, que funcionam como um pedido de socorro, para que algo seja feito em benefício do equilíbrio emocional perdido, nesta busca ilusória de felicidade. Quando o sofrimento se torna insuportável, ocorre um despertar, durante o qual a pessoa se pergunta sobre o sentido da própria vida, e sobre a validade do alto preço pago pela fugaz alegria de descobrir que possui algumas coisas a mais do que o seu vizinho ou amigo. A partir deste ponto, cessa a busca da felicidade no mundo exterior, e a pessoa se volta para dentro de si, tentando descobrir em que momento de sua existência deixou de ser ela mesma, para tentar atender às exigências de padrões estabelecidos pelo seu contexto social e pela opinião dos outros. Esta mudança de sentido da atenção consciente, do exterior para o interior começa então a promover a transformação de valores e de sentido da própria existência. As comparações de status e poder tornam-se cada vez menos importantes, cedendo lugar ao desejo premente de reencontrar o prazer de viver. A pessoa passa a privilegiar os momentos simples de encontros consigo mesma e com aqueles com quem tem realmente afinidade, procurando preencher o seu grande vazio existencial, alcançando, desse modo, um novo sentido, para o qual direciona a sua mudança interior. Em atendimento a este desejo consciente de transformação interna, a pessoa descobre dentro de si, aqueles aspectos mais essenciais da sua Individualidade, que até então se encontravam latentes. Se antes privilegiava o atendimento do orgulho e da vaidade, agora percebe que a centelha dos ideais a direciona para metas superiores de realização, em que o bem pessoal cede lugar ao bem comum; se antes estava fechada para a própria intuição, esta agora começa a lhe mostrar o caminho a seguir, a partir do despertar da própria sensibilidade; se antes caminhava pela vida de maneira cega e deslumbrada pelos apelos mundanos, agora passa a atender às orientações de sua Sabedoria Interior.
            O resultado desta transformação, que geralmente decorre de uma profunda crise existencial, acompanhada de depressão profunda, e sérios sintomas físicos, é o retorno ao próprio caminho evolutivo e a descoberta da serenidade e da paz profundas, somente possíveis quando a Individualidade e a Personalidade estão unidas em torno dos mesmos objetivos.
            Esta mudança de sentido existencial permite que a Individualidade do Ser assuma o comando da vida e dê sentido ao próprio processo de transformação interior, que assume uma posição privilegiada sobre os critérios que antes direcionavam a vida. Ocorre também uma transformação nos critérios defendidos pela pessoa, trazendo à consciência aqueles valores essenciais à humanidade, que geralmente perecem sob os escombros da honradez e da dignidade perdidas, em troca das ilusórias conquistas do mundo material. Neste processo, que para muitos é extremamente sofrido, pois significa soltar as “cascas” da personalidade, como uma verdadeira couraça que esconde o que o Ser Humano tem de melhor em seu próprio interior, ressurge o brilho natural da alma humana, transformando, assim, o diamante bruto do ser materialista, no brilhante lapidado do Ser evoluído.
            Quando cada pessoa descobrir que a felicidade que procura no mundo externo está guardada em seu próprio coração, terá realizado a mudança de sentido e encontrado o sentido da mudança, que traz significado ao próprio existir humano.

(*) Texto inspirado no livro do mesmo nome, de autoria do nosso querido Beija-Flor da PAZ, Pierre Weil.
Especialista em Psicologia Clínica. Pesquisadora de Fenômenos Psicossomáticos e Psico-Espirituais.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

OS QUATRO ARQUÉTIPOS DA TRANSIÇÃO BRASILEIRA - Política

Trabalhando com grupos de sensitivos[i], como pesquisadora de fenômenos psicoespirituais[ii], há quase 30 anos, aprendi que os símbolos são a chave de compreensão do comportamento humano e Fonte de Sabedoria Ancestral, armazenada no inconsciente profundo de todas as pessoas, exercendo forte influencia sobre os padrões espirituais, mentais e emocionais dos indivíduos, grupos ou nações. Estes símbolos do inconsciente coletivo[iii] foram chamados de arquétipos[iv] pelo Psicólogo Carl Gustav Jung, um dos pioneiros da Psicologia Transpessoal[v].
Em duas reuniões de pesquisa que realizamos, neste mês de junho de 2013[vi], emergiram quatro arquétipos (Abraão, Ismael, o polvo e o rato), todos muito significativos para este momento de transição da história do Brasil. Momento em que o gigante há longo tempo adormecido pela apatia cidadã, despertou, levantou-se do berço esplendido, e elevando-se em toda a sua estatura, num processo de mutação da consciência jamais visto, iniciou um movimento apartidário de moralização da nossa sociedade. Venho, aqui tecer algumas reflexões sobre estes intrigantes símbolos arquetípicos, que estarão em conflito no inconsciente coletivo de todos os brasileiros, no decorrer das próximas décadas:
Simbolismo de Abraão[vii]: ‘Simboliza a absoluta, que permite sacrificar seu bem mais precioso (seu filho) pelo seu povo. Representa a renúncia aos benefícios pessoais, em favor do bem comum. É aquele que recebe a Terra Prometida. É também o Patriarca da nação que, por decisão pessoal, injustamente, cede ao pedido de expulsar e deserdar seu filho primogênito, considerado bastardo pelas tradições e valores sociais da época, em benefício do filho favorito. Neste momento de transição brasileira, representa a postura patriarcal, o pai internalizado, o conjunto de regras e padrões da civilização que termina, dos quais serão preservados apenas os valores positivos, que possam atravessar o crivo da mutação que ora se inicia.
Simbolismo de Ismael[viii]: É o símbolo da justiça. Representa o filho deserdado, que busca resgatar seu direito de herança pela Terra Prometida, diante de tradições e costumes injustos e socialmente mantidos  pela geração anterior. Neste momento de transição brasileira, representa a nova geração que questiona a moral  de uma época, promovendo a revisão dos valores sociais. É o crivo de mutação; o filtro que deterá todas as impurezas e imperfeições do velho sistema civilizatório. É também o Anjo protetor do Brasil, na transição planetária.
Simbolismo do Polvo[ix]: É o símbolo do poder. Para melhor compreende-lo, mantenho aqui a definição original do Dicionário de Símbolos: Considerado o mais inteligente animal invertebrado dos mares, seu simbolismo está associado aos espíritos infernais ou mesmo ao próprio inferno, devido à sua aparência disforme e tentacular. O polvo muda de cor e forma com grande rapidez para se adaptar ao ambiente, denotando assim um simbolismo de complexidade, variedade, diversidade e mistério”. Neste momento de transição brasileira, representa o desejo insaciável de poder, defendido por posições político-partidárias radicais, que acreditam que a sua visão pessoal é a melhor para toda a nação, e tentam impô-la pela força, em flagrante desrespeito ao livre arbítrio e direito de escolha do povo.
Simbolismo do Rato[x]: É o símbolo da corrupção. Aqui também mantemos a definição original: “Seu caráter prolífero, esfomeado e noturno, implica num simbolismo de cupidez, avareza, atividade noturna e clandestina. Na psicanálise, é associado ao simbolismo fálico e anal, que o liga à noção de riquezas e dinheiro”. Neste momento de transição brasileira, representa o oportunismo dos políticos corruptos e dos marginalizados sociais, cujo único objetivo é o lucro fácil, alcançado através do desrespeito ao patrimônio público e privado, em diferentes níveis sociais. Representa todo aquele cujo único objetivo é o enriquecimento ilícito, através de articulações e conchavos tecidos nos bastidores da sociedade.
                Estes arquétipos históricos estão presentes nos recônditos da alma de cada um de nós, brasileiros e brasileiras. Em linguagem Junguiana, são as nossas sombras, constituídas por nossos potenciais e imperfeições. Representam o inconsciente coletivo do nosso povo e, como tal, poderão emergir a qualquer momento, para que possamos resgatar o que ainda temos de positivo e transformar o que encontrarmos de negativo. Se realmente desejamos a renovação moral do nosso país, precisamos estar vigilantes, fortalecendo a fé e promovendo a justiça, como exercício de cidadania, em nossas ações diárias. Precisamos, também, transformar esse polvo, que lança seus tentáculos sobre tudo e sobre todos, para alimentar sua insaciável vaidade e sede de poder[xi] dominação, em poder possibilidade de realização do bem comum. Precisamos, acima de tudo, manter vigilancia em relação às ações dos ratos avarentos, que visam apenas o lucro fácil e tentador, alcançado através do desrespeito ao direito do próximo.
                O processo de mutação da consciência que ocorreu no Brasil, por ser abstrato, pareceu-nos imediato, quase mágico, e nos trouxe de volta a esperança em dias melhores. Sua concretização, entretanto, exige renovação interior, em busca da ética e da autenticidade necessárias para que possamos colocar em prática esta nova visão de mundo. Este é um processo que irá se alongar pelos próximos 20 ou 30 anos, até que a sociedade brasileira esteja totalmente reconstruída.  Agora, está em nossas mãos cultivar a mudança e faze-la crescer. Quem viver verá...
Sueli Meirelles: Especialista em Psicologia Clínica. Consultora em Desenvolvimento Humano, Saúde Integral, Ecologia Integral, Educação para a Paz e Implementação de Projetos Sociais.

Site: www.suelimeirelles.com









[i] Segundo Sérgio Felipe de Oliveira, pesquisador da USP, aqueles que apresentam maior quantidade de cristais de apatita em suas glândulas pineais, tornando-se transcomunicadores interdimensionais.
[ii] Fenômenos de transe que ocorrem em estados superiores da consciência, pela ampliação da capacidade perceptual.
[iii] inconsciente coletivo é a parte do inconsciente individual que resulta da experiência ancestral da espécie, ou seja, ele contêm material psíquico que não provêm da experiência pessoal. “. Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=1448
[iv] O conteúdo psíquico do inconsciente coletivo são os arquétipos. Que são uma forma de pensamento universal com carga afetiva, que é herdada.” Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=1448
[v] Escola teórica de Psicologia considerada como a quarta força, depois da Psicanálise, Behaviorismo e Humanismo, que pesquisa os fenômenos psíquicos além da história pessoal de cada indivíduo. 
[vi] Nos dias 20 e 22/06/13.
[vii] Fonte: Bíblia Sagrada: Genesis: 12/18
[viii] Fonte: Bíblia Sagrada: Genesis: 16/21/25
[xi] Poder é uma palavra polissemica (tem mais de um sentido). É poder dominação, quando tem por objetivo simplesmente subjugar seus semelhantes à sua autoridade; é poder possibilidade, quando viabiliza a concretização de metas.