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O artigo abaixo objetiva facilitar a compreensão do processo acima referido, o que muito irá facilitar o seu acompanhamento.
AUTOCONHECIMENTO E EVOLUÇÃO
Para que possamos compreender todo o sentido
do processo de auto-aperfeiçoamento e da própria evolução, precisamos,
primeiramente, compreender o sentido de DEUS, como representado no diagrama abaixo
DEUS é
DOMINI, o PODER DIVINO, o ”EU SOU”, a DIVINA PRESENÇA que já habita o
interior de todo Ser Humano, a sua Individualidade. É o poder dado ao homem
(OMINI), para comandar o eu inferior (sua Personalidade atual) e suas
Personalidades anteriores, que sobrevivem em seu Inconsciente
mais profundo, na condição de partes psíquicas autônomas. Estas Personalidades
(Personas – máscaras), dentro do processo evolutivo, deverão ser compreendidas
transmutadas (polarizadas positivamente) e integradas à Individualidade, para
que o Ser alcance o estado de total autenticidade e inteireza, recolhendo,
através dos tempos, partes de si mesmo, que ficaram aprisionadas na forma de
memórias, conscientes ou inconscientes, através de padrões mentais e emocionais
negativos. Quanto mais um Ser em evolução direciona sua atenção consciente para
situações de infortúnio, sejam elas quais forem, mais as alimenta, trazendo-as
para a sua vida presente; quanto mais um Ser direciona sua atenção consciente
para os aspectos positivos, para os Dons que já conseguiu desenvolver em si mesmo,
mais os alimenta, tornando-os presentes e atuantes em sua vida. O objetivo
deste processo é alcançar a própria essência, o EU SOU. O pronome EU tem o
significado de eutonia, perfeição. Quando dizemos: Eu sou doente, neste sentido
mais profundo, nossa frase torna-se incongruente, desconexa: “Perfeito sou
doente”. Assim o primeiro passo da evolução consciente, consiste em utilizar a
partícula “EU SOU”, apenas para afirmações transformadoras e construtivas.
Neste processo, o Ser irá identificar, acolher e perdoar-se por todos os seus
aspectos negativos de Personalidade (raiva, orgulho, vaidade, inveja,
impaciência, intolerância, rigidez, negligência, tristeza, prepotência, medo
etc), humildemente reconhecendo-os como seus e dissolvendo-os na LUZ DA MISERICÓRDIA
DE DEUS. Em seguida poderá conscientemente comandar a polaridade positiva do
padrão mental ou emocional dissolvido, dizendo: “EU SOU” a DIVINA PRESENÇA DE
DEUS, preenchendo-me com os Atributos Divinos que desejo desenvolver (coragem,
alegria, tolerância, humildade etc.
Para que a
evolução possa ocorrer, torna-se imprescindível que o Ser inicie o seu processo
de auto-conhecimento. “Ninguém chegará ao PAI, senão através do EU”, disse o
Mestre Jesus. Por um erro lingüístico de tradução, em lugar do EU, colocou-se o
mim, pronome reflexivo, de condição passiva, aquele que sofre a ação e
não, aquele que age. Por isso, em outra de suas falas, Ele nos diz: “Não por
mim, mas pelo PAI”, evidenciando-nos que o pequeno mim, por si só não
tem nenhum poder, seja lingüístico ou espiritual.
O
psiquismo humano é constituído por uma pequena parcela consciente de 14% e por
um grande potencial inconsciente, composto por 86% de energia psíquica. Evoluir
significa ampliar a consciência dos 14% iniciais, gradativamente descobrindo
potenciais inconscientes negativos, a serem esvaziados e potenciais positivos a
serem integrados à Personalidade atual. Mesmo os potenciais negativos
representam forças úteis que, quando esvaziadas de sua negatividade, podem ser
polarizadas positivamente. Ex: raiva x garra: medo x prudência; rigidez x
organização, bastando apenas que o Ser alcance o ponto de equilíbrio entre os
dois extremos. De nada adianta ao Ser que quer efetivamente evoluir, reprimir
seus aspectos negativos de Personalidade, pois eles irão se transformar em
sabotadores psíquicos, emergindo à superfície, quando a mente consciente
estiver invigilante, através de atos falhos e perdas de controle emocional e
mental. Além disso, este estado permanente de vigilância consome energia psíquica
em dobro, pois é preciso gastar 20% de energia de controle para que se contenha
20% de energia mental ou emocional negativa, o que significa dizer-se que o Ser
estará gastando 40% de sua energia para manter o controle consciente sobre esse
sentimento negativo. Embora a repressão consciente dos sentimentos negativos
seja um dos chamados mecanismos defensivos do Ego (artifícios da personalidade
para evitar entrar em contato consciente com o sofrimento), surgindo como
solução possível num determinado momento evolutivo, ela não é a solução ideal,
pois estará também impedindo a auto-consciência imprescindível à evolução. É o
“Conhece-te a ti mesmo, para conheceres o Universo” que o filósofo grego
Sócrates apregoava.
A
estrutura psíquica do Ser Humano é formada por sete níveis de funcionamento: O
primeiro nível, o físico, está voltado para as necessidades materiais de
alimentação, moradia, segurança etc.; o segundo nível, de sensações, refere-se
às percepções de dor, frio, calor, pressão etc.; o terceiro nível, o emocional,
está associado aos sentimentos de alegria, angústia, medo, raiva, amor etc.; o
quarto nível, o mental inferior, está voltado para a percepção do mundo
tridimensional, em seus aspectos objetivos, tais como horários de tarefas a
serem cumpridas e atenção a todos os estímulos presentes no mundo externo, que
possam ser percebidos pelos cinco sentidos; o quinto nível, o mental superior,
é o nível de ideais, através do qual o Ser busca sua auto-realização; o sexto
nível, o intuitivo, é o canal através do qual a Essência Espiritual se comunica
com o mental superior, orientando-o quanto ao caminho a seguir; o sétimo nível,
o espiritual, é a própria DIVINA PRESENÇA que já existe dentro de cada Ser em
evolução, é a própria vida, pulsando na forma tríplice de FORÇA, AMOR E
SABEDORIA. Permanece como potencial latente, até que o Ser desperte e volte sua
consciência para ELA, ativando, nas glândulas pineal e pituitária, as funções
de percepção extra-sensorial, até então adormecidas, permitindo-se assumir o
comando da Personalidade, para o cumprimento da missão de vida ou Plano Divino
para esta existência terrena.
A
partir do momento em que o Ser compreende seu próprio funcionamento psíquico,
ele está pronto para iniciar, conscientemente, sua jornada evolutiva, galgando
os sete degraus que o conduzirão à Mestria, condição de liberdade existencial,
em que os quatro aspectos inferiores da Personalidade serão colocados,
voluntariamente, à serviço da Individualidade, manifestando-se a verdade
paradoxal, segundo a qual o Ser é mais livre, quanto mais se submete às Leis do
PAI. Nesse novo estado de consciência, ele obedecerá, não mais por temor ao
castigo, mas pelo despertar da consciência para a sua condição de co-criador
com Deus, de acordo com um Plano Divino a ser concretizado na Terra. A própria
idéia de castigo cede lugar à compreensão de que a Energia Divina, inspirada
pura na forma do ar que alimenta os pulmões, é qualificada pelo próprio Ser
evolucionante, através de pensamentos, sentimentos, palavras e atos positivos
ou negativos, os quais reverberam no éter e a ele retornam. Toda energia por
ele qualificada negativamente constitui o seu carma a ser transformado; toda
energia por ele qualificada positivamente constitui o seu darma, o seu quantum
positivo de energia que vai se acumulando, através do processo de iluminação
interior, até que ele alcance a Transfiguração e a Ascensão. A transfiguração é
o processo através do qual a Personalidade trabalhada e tornada transparente
pela condição de autenticidade, permite que a Luz da Individualidade a
atravesse. A Ascensão é o processo através do qual a Individualidade, tendo
alcançado o nível de perfeição da última etapa evolutiva na Terra, sai do
processo reencarnatório, colocando os quatro aspectos inferiores da sua
Personalidade sob o domínio permanente da sua Individualidade. Neste momento,
sua Individualidade altamente evoluída potencializa os átomos do corpo físico, revertendo-os em energia,
desaparecendo no plano físico e ressurgindo no plano extra-físico, com a
totalidade do seu SER.
Todo
Ser evolutivo é um ser multidimensional, ou seja: Ele já possui os sete estados de consciência evolutiva, e o
grau de evolução em que se situa é determinado pelo ponto em que se encontra a
sua atenção consciente. Como ser multidimensional, também é comum que esteja
evolucionando em vários aspectos, simultaneamente.
O primeiro estado de
consciência do Ser evolutivo é aquele voltado para as necessidades materiais.
Ter ou não ter constitui o grande conflito vivido nesta etapa. Absorvido pela
ilusão de que os bens materiais lhe trarão segurança e felicidade, o ser se
dispõe a mentir, matar, enganar, corromper-se e toda a sorte de manifestações
negativas da pura Energia Divina, provocadas pela ignorância em relação às Leis
Maiores da Vida. Quando em determinado momento do tempo, em sua trajetória
evolutiva, estes bens lhe são tirados, ele se considera mal-fadado pela sorte,
desprotegido por Deus ou injustiçado, por desconhecer que retorna a si mesmo o
que lhe pertence, não para que ele seja castigado, mas para que ele
requalifique positivamente as energias que lhe pertencem e com as quais não
soube lidar.
O segundo estado
de consciência do Ser é voltado para o prazer e bem-estar que as coisas do
mundo material podem lhe proporcionar. Neste nível está a busca das sensações
relacionadas ao luxo excessivo, abuso de comida, álcool, drogas, sexo
desordenado, e todas as formas de abuso de energias, que contribuam para a
destruição da saúde e da vida. Pelo seu prazer, o Ser evolutivo trai,
desrespeita, estupra, usa e abusa, como se tudo e todos à sua volta existissem
apenas para satisfaze-lo em seus desejos.
O terceiro estado de
consciência do Ser está voltado para o poder e a dominação dos seus
semelhantes. Para satisfazer ao seu desejo de dominação, o ser mente, rouba,
corrompe a si mesmo e aos outros, acreditando que alcançará a felicidade quando
conseguir dominar o mundo seja este mundo um grupo, um município, um estado, um
país, um continente ou o próprio planeta, dependendo do tamanho da ilusão e da
megalomania do Ser.
O quarto estado de
consciência se refere ao conflito entre o verdadeiro amor (amor doação), e as
manifestações distorcidas de amor, expressas na forma de sentimentos de posse
ou da polaridade oposta de desamor. Este desequilíbrio do corpo emocional leva
o Ser a tolher, aprisionar, matar, exercendo o controle sobre o outro, pelo
medo de perdê-lo, desconhecendo que ninguém pode perder o que não possui, já
que toda criatura pertence ao Criador.
O quinto estado de
consciência está ligado ao plano mental, onde o Ser em evolução vive os
conflitos entre o certo e o errado, perdendo-se na elaboração de julgamentos
sobre as pessoas e situações que o cercam. Neste estágio, ele oscila entre a
aprovação e a desaprovação de tudo o que os seus sentidos são capazes de
captar, considerando que a sua verdade é uma verdade absoluta, segundo a qual
todas as opiniões discordantes são consideradas erradas. É comum que estas
pessoas acreditem saber o que é melhor para os seus semelhantes e tentem
ditar-lhe normas, no intuito de torna-los mais felizes ou ajuda-los a evoluir.
Costumam ressentir-se quando seus conselhos não são seguidos pelos outros,
retirando-lhes o afeto do qual não os consideram mais merecedores.
Habitualmente têm uma visão de mundo perfeccionista, o que os torna
intolerantes em relação aos próprios erros, que passam a ser negados, assim
como em relação aos erros alheios. Este excesso de idealismo impede a aceitação
da realidade como ela se apresenta no atual estágio evolutivo, prejudicando a
própria evolução do Ser.
Estes
cinco primeiros estados de consciência correspondem aos quatro níveis de
Personalidade, e ao primeiro nível da Individualidade, que o SER evolucionante
deverá aperfeiçoar e transcender, para que se liberte do ciclo reencarnatório.
Significa qualificar amorosamente os desejos materiais, os desejos sexuais e os
desejos de poder dominação, trazendo a energia da kundalini, do chacra básico,
até o chacra cardíaco. Significa também conseguir transcender o nível de
dualidade da mente, para alcançar o estado de consciência da unidade entre
todas as formas de manifestação da energia primordial, o que se constitui no
pilar da verdadeira fé. Ainda neste nível, ele precisará ficar atento para a
possibilidade de conflito entre o fanatismo e a verdadeira religiosidade, a
qual permite uma abertura conceitual inclusiva em relação a todas as formas de
expressão religiosa, evitando-se assim o preconceito ainda tão comum entre as
diversas religiões. Quando este conflito é resolvido e este estágio positivo é
alcançado, o SER desenvolve um sentimento de misericórdia e compaixão por tudo
e por todos, independente de seus critérios de aprovação ou desaprovação. No
sétimo nível, ele ainda poderá vivenciar o conflito entre o perfeccionismo, que
conduz à construção de um ego espiritual e a capacidade de transformação interior,
que facilitará a sua evolução. Este novo estado de consciência lhe permite o
domínio sobre os seus aspectos inferiores de Personalidade, pelo esvaziamento
de suas cargas emocionais negativas e sua transmutação em polaridades
positivas. Ao desligar-se dos apegos em relação às coisas do mundo externo o
Ser volta-se para o seu próprio interior, ocupando-se primordialmente com seu
processo evolutivo.
Atualmente a média
da humanidade encontra-se na etapa de transição entre a terceira e a quarta
dimensão, prestes a atravessar um portal de consciência para a quinta dimensão, que lhe trará uma nova
percepção de vida como um todo. Entrar na quarta dimensão significa conseguir
colocar-se efetivamente dentro das Leis Cósmicas, em termos de vida diária:
Alimentação, vestuário, relacionamentos afetivos, familiares e profissionais,
alcançando um estado de equilíbrio ecológico consigo mesmo, com os seus
semelhantes e com os outros reinos da natureza. Para que este objetivo se
concretize, é necessário que aqueles que já tenham despertado suas consciências,
se dediquem à aplicação destes princípios em cada atividade de vida diária, até
que suas Personalidades adquiram hábitos realmente positivos e construtivos,
tornando-se efetivamente Co-Criadores com DEUS.