Tradução

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

PSICOLOGIA COM ALMA


            Sigmund Freud revolucionou os estudos do inconsciente ao escrever seu primeiro livro, “A interpretação dos Sonhos”, em 1900.  Segundo ele todo sonho tem um significado que se liga a realização de um desejo reprimido pela sua consciência. Na visão freudiana, os sonhos são produtos da elaboração de conflitos intra-psíquicos entre desejos e mecanismos defensivos do Ego.
             Para Carl Jung, o inconsciente se expressa primariamente através de símbolos. Cada palavra ou imagem tem um aspecto "inconsciente" mais amplo, que pode ser aprofundado em seu sentido simbólico. Para ele, os sonhos são pontes importantes entre processos conscientes e inconscientes, relacionados à ampliação da consciência até o inconsciente coletivo da humanidade.
            Para Fréderick Perls, criador da Gestalt-Terapia, os elementos dos sonhos representam partes psíquicas do próprio sonhador que, quando trabalhados através da representação de cada personagem do sonhos, revelam profundos e importantes significados para o sonhador.
             Qualquer que seja a abordagem teórica, o material onírico é um rico repositório de informações sobre a dinâmica psíquica do ser humano. Quando ele assume a forma de pesadelo, intensifica sua carga emocional, evidenciando o conflito entre as diferentes partes ou personagens que o representam. É dentro deste enfoque, que procuramos compreender os elementos presentes no sonho abaixo descrito:

            Sonho que estou numa sala de julgamentos, onde a Promotora, Defensora da Legislação Psicológica ocupa a tribuna. Sua postura é rígida e sua expressão bastante severa.
            A Ré está sentada no seu banco, parecendo bastante reflexiva, enquanto assiste o debate entre os advogados das partes em oposição.
             A Promotora a acusa de ter infringido a ética da psicologia, por ter falado em alma, durante uma palestra, ao que a Defensora Pública, atendendo à demanda da comunidade por uma definição, replica:
            _ Meritíssima, Psique é um termo grego que significa alma. O objeto de estudo da Psicologia é a alma humana.
            _Protesto! Reage de imediato, a Promotora. O objeto de estudo da Psicologia é a mente humana e o comportamento observável. Psicologia é ciência; não é metafísica. A alma é tema das religiões.
            _Protesto! Reage, por sua vez, a Defensora Pública. A Antropologia nos mostra que, antes mesmo que as religiões, como as conhecemos, fossem instituídas, as civilizações primitivas tinham suas práticas de transcendência.
            _ Não podemos nos basear nos conhecimentos de civilizações primitivas. Para isto temos os experimentos científicos de comportamentos observáveis! Contesta novamente a Promotora.
            Pacientemente, a Defensora Pública indaga: Qual foi o experimento científico que comprovou a existência do Id, Ego e Superego, que fundamentam a Psicanálise?
            Sem opor resposta, a Promotora volta-se para a Ré e indaga:_ Você trabalha com Regressão de Memória?
            Humildemente, a Ré afirma:
            _ Sim!
            _Regressão à Infância?
            _Sim!
            Regressão ao Nascimento?
            _Sim!
            _Regressão à Vida Intra-Uterina?
            Sim!
            _Regressão a Vidas Passadas?
        _Não chamamos de Vidas Passadas. Para a Psicologia Transpessoal, são Registros Transpessoais encontrados no inconsciente profundo de todas as pessoas, independentemente de suas crenças religiosas e que guardam as memórias de toda a história da humanidade.

            Neste momento, a Ré que estava sonhando com seu próprio julgamento, desperta para a confortadora realidade de que a cada dia, mais e mais, a Psicologia Transpessoal cumpre a sua função de atender as demandas da sociedade por práticas mais abrangentes de intervenção terapêutica. Isto tem ajudado as pessoas a resgatarem sua inteireza psíquica, além do histórico de vida pessoal, neste momento atribulado de intensas transformações, em que cada vez mais aparecem fenômenos de expansão de consciência.
            Bem desperta, a Ré acalenta um sonho: Que a Psicologia Transpessoal seja integrada à grade curricular das Universidades Brasileiras, e também da Europa e Estados Unidos!... 

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                                                           Sueli Meirelles, Nova Friburgo, 31 de Agosto de 2017.
Email: suelimeirelles@gmail.com

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domingo, 27 de agosto de 2017

DIA DO PSICÓLOGO 27 de Agosto - Um Pedido em Oração

Hoje é dia do Psicólogo. Ao acordar, pensei em todos aqueles a quem agradecer pela minha carreira: Marido, filhos, familiares, professores, colegas de turma e clientes,  mas são tantos, que seus nomes não caberiam nesta página. Pensei, então, em escrever algo sobre o tema, mas ele não pode ser expresso em palavras... Só num olhar e numa oração, capazes de traduzir tudo o que senti naquele momento e permanece até hoje:


Foto do Juramento - 1986

No dia da minha formatura em Psicologia, em 1986, antes de sair de casa para a cerimônia do culto ecumênico, um poderoso sentimento de religiosidade invadiu-me. Inconscientemente, deixei fluir algumas palavras numa pequena oração, que ficou guardada durante muitos anos, junto a papéis e cartões que me recordavam passagens importantes da minha vida. Encontrando-a, recentemente, transcrevo aqui aquelas palavras, porque, depois de tudo o que ocorreu, elas me parecem mais do que oportunas:

Senhor:

Neste momento em que assumo o compromisso de acolher e respeitar o sofrimento alheio, promovendo a reestruturação psíquica do meu semelhante, peço-Vos iluminação.
Permiti, Senhor, que ao longo de minha trajetória profissional, se mantenha acesa a chama do ideal ora abraçado. E que, ao término da caminhada, eu possa olhar para trás e reconhecer, com humildade e gratidão, que consegui realizar, com dedicação e amor, a tarefa escolhida.

                                          Sueli Meirelles, 16/08/86.

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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

GRADUAÇÃO - Depoimento


            Hoje completo 31 anos da minha graduação em Psicologia. 31 anos de desafios à prática da Psicologia Transpessoal no Brasil, integrando Ciência e Espiritualidade. Longa escalada, em que cada degrau sustentou o que veio a seguir, para a construção da minha carreira profissional, contribuindo para os novos rumos da Psicologia. Por tudo isto, sinto imensa gratidão:

GRATIDÃO ao meu marido Rangel, que custeou os meus estudos na Faculdade;
GRATIDÃO aos meus filhos, Vitor e Aline, que ainda pequeninos, cederam-me  seus preciosos momentos de convívio, em favor dos meus estudos;


GRATIDÃO ao meu pai, Alcibíades Meirelles e a minha sobra Hilda Rangel, pelos apoio  à mãe estudante e pelos cuidados com os netinhos;
GRATIDÃO a toda a família, pelo reconhecimento do meu trabalho;


GRATIDÃO às colegas de turma, com quem  compartilhei um excelente grupo de estudos;


GRATIDÃO aos competentes e dedicados professores, que me transmitiram seus conhecimentos, à Hilevi Soares, que me despertou  o gosto pela pesquisa do inconsciente humano, à Elysette Lima da Silva, pelos primeiros passos na integração de diferentes abordagens e a Pierre Weil, pela complementação da síntese da ATH;


GRATIDÃO aos clientes que me confiaram seus mais íntimos segredos, permitindo-me vivenciar muitas vidas em uma única vida, com preciosas aprendizagens;
GRATIDÃO pelo presente enviado do Plano Espiritual, por minha irmã Susette, ontem, através das mãos hábeis de minha Irmã/cunhada Maria das Graças de Lanna, comprovando a continuidade da vida consciente, fora da matéria;
GRATIDÃO por estar no Planeta, neste momento de Transição para um Novo Tempo;
GRATIDÃO pela sustentação dos Mestres, nos momentos de tropeço;
GRATIDÃO a DEUS por me permitir o fiel cumprimento da missão requerida, antes de descender ao Plano Terreno;


GRATIDÃO PELA OPORTUNIDADE DE ESTAR CURSANDO A ESCOLA DA VIDA!
GRATIDÃO, GRATIDÃO, GRATIDÃO!

                         Sueli Meirelles, Nova Friburgo, 16 de Agosto de 2017.





quinta-feira, 10 de agosto de 2017

COACH ESPIRITUAL - AUTO CONHECIMENTO E EVOLUÇÃO

              Neste momento do tempo, estamos entrando na Quinta Dimensão do nível informacional. Ao mesmo tempo que este processo nos eleva a sentimentos de Amor Incondicional, Gratidão e Compaixão, ele abre nosso inconsciente profundo, onde memórias de infância, nascimento, vida intra-uterina e de outras existências, emergem para serem curadas, num movimento de purificação e integração ao Ser Total que viemos ser. Este fenômeno de Emergência Espiritual exige acompanhamento para elaboração e integração dessas memórias, no tempo presente. Se você está vivenciando esta experiência de Absurdo e Graça, entre em contato e agende o seu acompanhamento:
            
            O artigo abaixo objetiva facilitar a compreensão do processo acima referido, o que muito irá facilitar o seu acompanhamento. 


AUTOCONHECIMENTO E EVOLUÇÃO

Para que possamos compreender todo o sentido do processo de auto-aperfeiçoamento e da própria evolução, precisamos, primeiramente, compreender o sentido de DEUS, como representado no diagrama abaixo
            DEUS é DOMINI, o PODER DIVINO, o ”EU SOU”, a DIVINA PRESENÇA que habita o interior de todo Ser Humano, a sua Individualidade. É o poder dado ao homem (OMINI), para comandar o eu inferior (sua Personalidade atual) e suas Personalidades anteriores, que sobrevivem em seu Inconsciente mais profundo, na condição de partes psíquicas autônomas. Estas Personalidades (Personas – máscaras), dentro do processo evolutivo, deverão ser compreendidas transmutadas (polarizadas positivamente) e integradas à Individualidade, para que o Ser alcance o estado de total autenticidade e inteireza, recolhendo, através dos tempos, partes de si mesmo, que ficaram aprisionadas na forma de memórias, conscientes ou inconscientes, através de padrões mentais e emocionais negativos. Quanto mais um Ser em evolução direciona sua atenção consciente para situações de infortúnio, sejam elas quais forem, mais as alimenta, trazendo-as para a sua vida presente; quanto mais um Ser direciona sua atenção consciente para os aspectos positivos, para os Dons que já conseguiu desenvolver em si mesmo, mais os alimenta, tornando-os presentes e atuantes em sua vida. O objetivo deste processo é alcançar a própria essência, o EU SOU. O pronome EU tem o significado de eutonia, perfeição. Quando dizemos: Eu sou doente, neste sentido mais profundo, nossa frase torna-se incongruente, desconexa: “Perfeito sou doente”. Assim o primeiro passo da evolução consciente, consiste em utilizar a partícula “EU SOU”, apenas para afirmações transformadoras e construtivas. Neste processo, o Ser irá identificar, acolher e perdoar-se por todos os seus aspectos negativos de Personalidade (raiva, orgulho, vaidade, inveja, impaciência, intolerância, rigidez, negligência, tristeza, prepotência, medo etc), humildemente reconhecendo-os como seus e dissolvendo-os na LUZ DA MISERICÓRDIA DE DEUS. Em seguida poderá conscientemente comandar a polaridade positiva do padrão mental ou emocional dissolvido, dizendo: “EU SOU” a DIVINA PRESENÇA DE DEUS, preenchendo-me com os Atributos Divinos que desejo desenvolver (coragem, alegria, tolerância, humildade etc.
            Para que a evolução possa ocorrer, torna-se imprescindível que o Ser inicie o seu processo de auto-conhecimento. “Ninguém chegará ao PAI, senão através do EU”, disse o Mestre Jesus. Por um erro lingüístico de tradução, em lugar do EU, colocou-se o mim, pronome reflexivo, de condição passiva, aquele que sofre a ação e não, aquele que age. Por isso, em outra de suas falas, Ele nos diz: “Não por mim, mas pelo PAI”, evidenciando-nos que o pequeno mim, por si só não tem nenhum poder, seja lingüístico ou espiritual.
            O psiquismo humano é constituído por uma pequena parcela consciente de 14% e por um grande potencial inconsciente, composto por 86% de energia psíquica. Evoluir significa ampliar a consciência dos 14% iniciais, gradativamente descobrindo potenciais inconscientes negativos, a serem esvaziados e potenciais positivos a serem integrados à Personalidade atual. Mesmo os potenciais negativos representam forças úteis que, quando esvaziadas de sua negatividade, podem ser polarizadas positivamente. Ex: raiva x garra: medo x prudência; rigidez x organização, bastando apenas que o Ser alcance o ponto de equilíbrio entre os dois extremos. De nada adianta ao Ser que quer efetivamente evoluir, reprimir seus aspectos negativos de Personalidade, pois eles irão se transformar em sabotadores psíquicos, emergindo à superfície, quando a mente consciente estiver invigilante, através de atos falhos e perdas de controle emocional e mental. Além disso, este estado permanente de vigilância consome energia psíquica em dobro, pois é preciso gastar 20% de energia de controle para que se contenha 20% de energia mental ou emocional negativa, o que significa dizer-se que o Ser estará gastando 40% de sua energia para manter o controle consciente sobre esse sentimento negativo. Embora a repressão consciente dos sentimentos negativos seja um dos chamados mecanismos defensivos do Ego (artifícios da personalidade para evitar entrar em contato consciente com o sofrimento), surgindo como solução possível num determinado momento evolutivo, ela não é a solução ideal, pois estará também impedindo a auto-consciência imprescindível à evolução. É o “Conhece-te a ti mesmo, para conheceres o Universo” que o filósofo grego Sócrates apregoava.
A estrutura psíquica do Ser Humano é formada por sete níveis de funcionamento: O primeiro nível, o físico, está voltado para as necessidades materiais de alimentação, moradia, segurança etc.; o segundo nível, de sensações, refere-se às percepções de dor, frio, calor, pressão etc.; o terceiro nível, o emocional, está associado aos sentimentos de alegria, angústia, medo, raiva, amor etc.; o quarto nível, o mental inferior, está voltado para a percepção do mundo tridimensional, em seus aspectos objetivos, tais como horários de tarefas a serem cumpridas e atenção a todos os estímulos presentes no mundo externo, que possam ser percebidos pelos cinco sentidos; o quinto nível, o mental superior, é o nível de ideais, através do qual o Ser busca sua auto-realização; o sexto nível, o intuitivo, é o canal através do qual a Essência Espiritual se comunica com o mental superior, orientando-o quanto ao caminho a seguir; o sétimo nível, o espiritual, é a própria DIVINA PRESENÇA que já existe dentro de cada Ser em evolução, é a própria vida, pulsando na forma tríplice de FORÇA, AMOR E SABEDORIA. Permanece como potencial latente, até que o Ser desperte e volte sua consciência para ELA, ativando, nas glândulas pineal e pituitária, as funções de percepção extra-sensorial, até então adormecidas, permitindo-se assumir o comando da Personalidade, para o cumprimento da missão de vida ou Plano Divino para esta existência terrena.
            A partir do momento em que o Ser compreende seu próprio funcionamento psíquico, ele está pronto para iniciar, conscientemente, sua jornada evolutiva, galgando os sete degraus que o conduzirão à Mestria, condição de liberdade existencial, em que os quatro aspectos inferiores da Personalidade serão colocados, voluntariamente, à serviço da Individualidade, manifestando-se a verdade paradoxal, segundo a qual o Ser é mais livre, quanto mais se submete às Leis do PAI. Nesse novo estado de consciência, ele obedecerá, não mais por temor ao castigo, mas pelo despertar da consciência para a sua condição de co-criador com Deus, de acordo com um Plano Divino a ser concretizado na Terra. A própria idéia de castigo cede lugar à compreensão de que a Energia Divina, inspirada pura na forma do ar que alimenta os pulmões, é qualificada pelo próprio Ser evolucionante, através de pensamentos, sentimentos, palavras e atos positivos ou negativos, os quais reverberam no éter e a ele retornam. Toda energia por ele qualificada negativamente constitui o seu carma a ser transformado; toda energia por ele qualificada positivamente constitui o seu darma, o seu quantum positivo de energia que vai se acumulando, através do processo de iluminação interior, até que ele alcance a Transfiguração e a Ascensão. A transfiguração é o processo através do qual a Personalidade trabalhada e tornada transparente pela condição de autenticidade, permite que a Luz da Individualidade a atravesse. A Ascensão é o processo através do qual a Individualidade, tendo alcançado o nível de perfeição da última etapa evolutiva na Terra, sai do processo reencarnatório, colocando os quatro aspectos inferiores da sua Personalidade sob o domínio permanente da sua Individualidade. Neste momento, sua Individualidade altamente evoluída potencializa os átomos do  corpo físico, revertendo-os em energia, desaparecendo no plano físico e ressurgindo no plano extra-físico, com a totalidade do seu SER.
            Todo Ser evolutivo é um ser multidimensional, ou seja: Ele já possui os  sete estados de consciência evolutiva, e o grau de evolução em que se situa é determinado pelo ponto em que se encontra a sua atenção consciente. Como ser multidimensional, também é comum que esteja evolucionando em vários aspectos, simultaneamente.
            O primeiro estado de consciência do Ser evolutivo é aquele voltado para as necessidades materiais. Ter ou não ter constitui o grande conflito vivido nesta etapa. Absorvido pela ilusão de que os bens materiais lhe trarão segurança e felicidade, o ser se dispõe a mentir, matar, enganar, corromper-se e toda a sorte de manifestações negativas da pura Energia Divina, provocadas pela ignorância em relação às Leis Maiores da Vida. Quando em determinado momento do tempo, em sua trajetória evolutiva, estes bens lhe são tirados, ele se considera mal-fadado pela sorte, desprotegido por Deus ou injustiçado, por desconhecer que retorna a si mesmo o que lhe pertence, não para que ele seja castigado, mas para que ele requalifique positivamente as energias que lhe pertencem e com as quais não soube lidar.
            O segundo estado de consciência do Ser é voltado para o prazer e bem-estar que as coisas do mundo material podem lhe proporcionar. Neste nível está a busca das sensações relacionadas ao luxo excessivo, abuso de comida, álcool, drogas, sexo desordenado, e todas as formas de abuso de energias, que contribuam para a destruição da saúde e da vida. Pelo seu prazer, o Ser evolutivo trai, desrespeita, estupra, usa e abusa, como se tudo e todos à sua volta existissem apenas para satisfaze-lo em seus desejos.        
O terceiro estado de consciência do Ser está voltado para o poder e a dominação dos seus semelhantes. Para satisfazer ao seu desejo de dominação, o ser mente, rouba, corrompe a si mesmo e aos outros, acreditando que alcançará a felicidade quando conseguir dominar o mundo seja este mundo um grupo, um município, um estado, um país, um continente ou o próprio planeta, dependendo do tamanho da ilusão e da megalomania do Ser.
            O quarto estado de consciência se refere ao conflito entre o verdadeiro amor (amor doação), e as manifestações distorcidas de amor, expressas na forma de sentimentos de posse ou da polaridade oposta de desamor. Este desequilíbrio do corpo emocional leva o Ser a tolher, aprisionar, matar, exercendo o controle sobre o outro, pelo medo de perdê-lo, desconhecendo que ninguém pode perder o que não possui, já que toda criatura pertence ao Criador.
            O quinto estado de consciência está ligado ao plano mental, onde o Ser em evolução vive os conflitos entre o certo e o errado, perdendo-se na elaboração de julgamentos sobre as pessoas e situações que o cercam. Neste estágio, ele oscila entre a aprovação e a desaprovação de tudo o que os seus sentidos são capazes de captar, considerando que a sua verdade é uma verdade absoluta, segundo a qual todas as opiniões discordantes são consideradas erradas. É comum que estas pessoas acreditem saber o que é melhor para os seus semelhantes e tentem ditar-lhe normas, no intuito de torna-los mais felizes ou ajuda-los a evoluir. Costumam ressentir-se quando seus conselhos não são seguidos pelos outros, retirando-lhes o afeto do qual não os consideram mais merecedores. Habitualmente têm uma visão de mundo perfeccionista, o que os torna intolerantes em relação aos próprios erros, que passam a ser negados, assim como em relação aos erros alheios. Este excesso de idealismo impede a aceitação da realidade como ela se apresenta no atual estágio evolutivo, prejudicando a própria evolução do Ser.
            Estes cinco primeiros estados de consciência correspondem aos quatro níveis de Personalidade, e ao primeiro nível da Individualidade, que o SER evolucionante deverá aperfeiçoar e transcender, para que se liberte do ciclo reencarnatório. Significa qualificar amorosamente os desejos materiais, os desejos sexuais e os desejos de poder dominação, trazendo a energia da kundalini, do chacra básico, até o chacra cardíaco. Significa também conseguir transcender o nível de dualidade da mente, para alcançar o estado de consciência da unidade entre todas as formas de manifestação da energia primordial, o que se constitui no pilar da verdadeira fé. Ainda neste nível, ele precisará ficar atento para a possibilidade de conflito entre o fanatismo e a verdadeira religiosidade, a qual permite uma abertura conceitual inclusiva em relação a todas as formas de expressão religiosa, evitando-se assim o preconceito ainda tão comum entre as diversas religiões. Quando este conflito é resolvido e este estágio positivo é alcançado, o SER desenvolve um sentimento de misericórdia e compaixão por tudo e por todos, independente de seus critérios de aprovação ou desaprovação. No sétimo nível, ele ainda poderá vivenciar o conflito entre o perfeccionismo, que conduz à construção de um ego espiritual e a capacidade de transformação interior, que facilitará a sua evolução. Este novo estado de consciência lhe permite o domínio sobre os seus aspectos inferiores de Personalidade, pelo esvaziamento de suas cargas emocionais negativas e sua transmutação em polaridades positivas. Ao desligar-se dos apegos em relação às coisas do mundo externo o Ser volta-se para o seu próprio interior, ocupando-se primordialmente com seu processo evolutivo.
            Atualmente a média da humanidade encontra-se na etapa de transição entre a terceira e a quarta dimensão, prestes a atravessar um portal de consciência para a quinta dimensão, que lhe trará uma nova percepção de vida como um todo. Entrar na quarta dimensão significa conseguir colocar-se efetivamente dentro das Leis Cósmicas, em termos de vida diária: Alimentação, vestuário, relacionamentos afetivos, familiares e profissionais, alcançando um estado de equilíbrio ecológico consigo mesmo, com os seus semelhantes e com os outros reinos da natureza. Para que este objetivo se concretize, é necessário que aqueles que já tenham despertado suas consciências, se dediquem à aplicação destes princípios em cada atividade de vida diária, até que suas Personalidades adquiram hábitos realmente positivos e construtivos, tornando-se efetivamente Co-Criadores com DEUS.

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(*) Dra. Sueli Meirelles - Especialista em Psicologia Clínica (UGF/RJ - 1986) Pesquisadora de Fenômenos Psicoespirituais. Consultora em Desenvolvimento Humano, Saúde Integral, Ecologia Integral e Educação para a Paz. Escritora e Palestrante em Congressos Nacionais e Internacionais.

Site: www.suelimeirelles.com
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sábado, 5 de agosto de 2017

COMO SERVIR NO CAOS?

            Servir tem o sentido de trabalhar em favor de alguém. Para Roberto Crema[1], Reitor da Unipaz[2], “O serviço é o viço do ser”, propondo-nos o serviço voluntário como fator de jovialidade e entusiasmo. No dicionário online, encontramos as seguintes definições, que nos ajudam a desenvolver um novo olhar sobre este “Caos” que predomina em momentos de mutação civilizatória: Confusão geral dos elementos da matéria, antes (nosso grifo) da suposta criação do Universo, do aparecimento dos seres, da realidade ou da natureza; cosmos. [Figurado] Estado de completa desordem, confusão de idéias; amontoado de coisas que se misturam; desorganização mental ou espacial. [Filosofia] Condição desordenada que, pela tradição platônica, é anterior ao demiurgo[3]. [Geologia] Amontoado de blocos de certas rochas, que se formam como conseqüência da erosão. [Física] Sistema sem estabilidade, dinâmico, que se altera no tempo a cada pequena alteração das suas condições iniciais.[4]
            A reflexão sobre tais definições conduz-nos à compreensão da importância do momento que estamos vivendo. Se este momento antecede uma nova criação e somos co-criadores com Deus; se somos regidos por um Princípio Inteligente que nos habita e dá vida, nosso pensamento criativo dispõe de um imenso reservatório de matéria prima, para que possamos desenvolver novos modos de vida e de relacionamento. Estamos num momento de reforma planetária, em que o aparente caos nos oferece infinitas possibilidades de novas organizações e sistemas. Mas, assim sendo, quais os critérios fundamentais para essa nova organização? Que competências e habilidades precisamos desenvolver, para servirmos no caos? Através das próprias definições dos termos, constantes das referências, o autoconhecimento se afigura como o primeiro passo da caminhada. Através dele, descobrimos nossa própria Luz Interior e iluminamos os cantos escuros de nossas almas, dissolvendo o orgulho, a vaidade, a inveja, intolerância, ganância, egoísmo... Nossas crenças auto-limitantes que alimentam o medo da perda de tudo aquilo que mais desejamos e nos apegamos. Cumprida esta etapa de limpeza interior, conseguiremos desenvolver sentimentos de amor incondicional, solidariedade e compaixão, atravessando as limitações dos quatro primeiros estados de consciência, geridos pelo desejo material, sexual, desejo de poder e apego afetivo, despertando para o quinto estado de consciência, o psíquico, o poder do verbo, entrando nesta quinta dimensão da era informacional, mas também dos conflitos de idéias entre os opostos, que precisam ser integrados como complementares. Como nos ensinou Jean-Yves Leloup[5], co-fundador do CIT – Colégio Internacional de Terapeutas[6], juntamente com Pierre Weil[7], depois do mergulho interno do autoconhecimento é preciso retornar “ao mercado”; ao caos civilizatório, no qual, a partir das experiências atravessadas, poderemos compartilhar com nossos semelhantes, as aprendizagens recolhidas e a descrição do caminho percorrido, transitando do conhecimento à sabedoria e da sabedoria ao verdadeiro amor, esta força agregadora que sustenta os universos. Na prática diária, poderemos também funcionar como suportes de fé, estabilidade e equilíbrio diante das situações adversas que se apresentarem. Quanto mais pessoas conseguirem fazer isto, mais suave será a travessia para a nova consciência planetária e mais rápida será a reestruturação social.
            Como percebemos, o tema é vasto e profundo, desdobrando-se em muitas outras reflexões e partilhas. Que este momento de caos possa realmente ser o vazio fértil que irá nos conduzir a novos modelos civilizatórios.
            Quem atende ao chamado e se dispõe a servir, com a alegria vivenciada no décimo primeiro estado de consciência, que antecede a possibilidade de síntese?...

                                                      Sueli Meirelles[8], em Nova Friburgo, 05 de Agosto de 2017.

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[3][3] Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/demiurgo/ Artífice ou criador, divindade responsável pela criação do universo físico, segundo os gnósticos. Em trabalhos de Platão, cerca de 360ac, é uma divindade ou força criativa que deu forma ao mundo material. Já no Gnosticismo, uma divindade subordinada à Divindade Suprema, algumas vezes considerada como o criador do mal outras vezes um ser imperfeito que criou o mundo material e que impede as almas humanas de voltarem a se integrar a Divindade única no Pleroma. No gnosticismo, a Divindade suprema e única se manifesta no Pleroma em pares, Erons, masculinos e femininos de divindades, chamados de Arcontes. Uma dessas Arcontes, Sophia (a Sabedoria), tenta prematuramente voltar á unidade sem o seu par e caí da Pleroma. Essa queda provoca o desejo de voltar e a paixão pelo seu par que a fecunda. Como resultado fica grávida e dá a luz a seres imperfeitos chamados Arcontes. O Demiurgo cria o mundo material, o cosmo, e torna-se o chefe dos arcontes, aprisionando a alma, que são emanações de Shofia da Divindade Suprema, dentro do corpo material humano e exigindo que os homens o adorem como Deus Supremo e único (Jeová).
Libertada com ajuda de um Arconte que se rebela contra o Demiurgo, Sophia retorna a Pleroma e envia para o mundo da matéria o seu par, Cristo, para ensinar as almas como retornar á Pleroma através do autoconhecimento (gnosticismo).
Pleroma: O Gnosticismo ensina que o mundo é controlado por Arcontes, dentre os quais está, segundo algumas versões do Gnosticismo, a divindade do Antigo Testamento, que mantém cativos alguns aspectos humanos, acidentalmente ou de propósito. O Pleroma celeste é a totalidade de tudo o que é considerado pela nossa compreensão como "divino". O Pleroma é muitas vezes referido como sendo a luz que existe "acima" do nosso mundo, ocupado por seres espirituais que se emanaram do Pleroma. Estes seres são descritos como Aeons (seres eternos) e, algumas vezes, como Arcontes. Jesus é interpretado como um Aeon intermediário que foi enviado, juntamente com a sua contraparte Sophia (gnosticismo), do Pleroma. Com a ajuda deles, a humanidade seria capaz de recuperar o conhecimento perdido de suas origens divinas e assim recuperar a unidade com o Pleroma. O termo é, portanto, um elemento central da cosmologia religiosa Gnóstica. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pleroma