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sábado, 28 de março de 2020

VIVENDO O CAOS SOCIAL - Comportamento




Significado de Caos segundo a Mitologia Grega[1]

            Diante de uma economia globalizada, cresce a estratificação das classe sociais. Enquanto um grupo cada vez menor de brasileiros, torna-se mais rico, aumenta, neste país,  a grande massa empobrecida pela má distribuição de renda. Em conseqüência disso, aumenta também a violência urbana - os pequenos delitos, os  assaltos e seqüestros - apesar de todo o aparato de segurança,  cada vez mais especializado. Paralelamente a esta estratificação, a perda de valores éticos e os maus exemplos, em todos os setores e níveis da estrutura social brasileira, diariamente transmitidos pela mídia, são um incentivo à quebra dos valores morais que se perderam nas últimas décadas. A ética atual não privilegia o respeito ao direito do próximo, mas ao ganho fácil do mais forte sobre o mais fraco e as “vantagens” alcançadas pelos mais “espertos”. Estas distorções lingüísticas originadas no empobrecimento cultural do povo e na falta de oportunidades numa sociedade cada vez mais complexa, alimentam e justificam os desvios de comportamento social, cada vez mais freqüentes.
            É importante que se compreenda que o aumento da violência é uma conseqüência da falta de estrutura econômica, social e educacional e não, simplesmente, uma conseqüência da falta de repressão policial e vigilância ostensiva. Sabemos, por experiência própria que, quando não estamos sendo vigiados, somente deixamos de fazer aquilo que acreditamos que seja errado, segundo nossos próprios valores éticos. Diz a sabedoria popular que “quando os gatos estão fora, os ratos fazem a festa”. Usando esta mesma metáfora, sabemos também que os ramsters, que são ratos de estimação, por serem devidamente amados e estarem devidamente cuidados e alimentados, diminuem, de forma natural e expontânea, a tendência instintiva de roubar alimentos, a qual sempre se origina na premência de atendimento às necessidades básicas.
            Os comportamentos de desvio social não ocorrem por acaso. Eles têm uma longa trajetória, que normalmente se inicia com um pai ausente ou alcoólatra, que muitas vezes surra ou sevicia, tornando preferível a busca da rua, desestruturada e, ao mesmo tempo, livre e sedutora, porque permissiva e totalmente sem regras ou limites. Limites estes que,  simbolicamente, são representados pela figura paterna. As pesquisas comportamentais mostram que, quanto mais a figura paterna é ausente, omissa ou problemática, deixando de exercer a sua função básica de apoio e autoridade, maiores são os desvios de comportamento social.
            Quando se associam necessidades básicas não atendidas e falta de estrutura educacional no seu sentido amplo de “desenvolvimento das capacidades físicas, morais e intelectuais da criança”, esta perde totalmente a possibilidade de estruturar-se como elemento consciente e produtivo para a sua sociedade.
            Reprimir a violência cria pressões sociais cada vez maiores, com o aperfeiçoamento das perversas técnicas de guerra urbana que, fomentadas pelos jogos eletrônicos, dia-a-dia, tornam-se mais violentas. De suas janelas, os impotentes moradores, assistem à troca de balas entre bandos inimigos ou entre bandidos e policiais, riscando o céu noturno com seu raio luminoso e mortífero. Até quando ainda defenderemos o pensamento simplista de que basta reprimir, para acabar com a violência? Não será também um ato de violência da sociedade organizada, acreditar que aqueles a quem falta tudo, deverão sofrer calados e quietos, todas as injustiças sociais deste país, para não incomodarem, com suas misérias, o conforto e o laser dos mais abastados?
            Ao ser informada de que o povo não tinha pão para comer, Maria Antonieta, Imperatriz da França, indagou por que eles não comiam bolo. Tanto descaso pelas condições de seu povo, custou-lhe a própria cabeça. Será que ainda não percebemos que caminhamos para o caos, na medida em que, enquanto sociedade organizada, não nos preocupamos com os investimentos na área educacional e social? Será que não percebemos que o único caminho para reverter este caos, que irá engolir a todos nós, é o caminho da educação e da reestruturação social, através de uma aproximação maior entre a família, escola, as igrejas e a sociedade como um todo?
            Teoricamente educar é preparar para a vida em comunidade e para o exercício da cidadania. Na prática, o grande contingente de crianças entregues à própria sorte tem engrossado as fileiras do grande exército de miseráveis que não tendo nada mais a perder, em seu desespero e revolta, querem levar  com eles, alguns de nós.
Até quando assistiremos impassíveis e omissos a esta desestruturação social? Como a Imperatriz da França, vamos esperar que a Bastilha seja invadida pela turba desesperada? Ainda é tempo de usarmos as nossas cabeças...

                                                                            Sueli Meirelles, em 25 de Agosto de 2001.

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(*) Especialista em Psicologia Clínica (Hipnose Ericksoniana, Regressão de Memória e Reprogramação Mental)
Whatsapp: 55 22 99955-7166 
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[1] Caos (em grego: Χάος, transl.: Cháos), na mitologia grega segundo Hesíodo,é o primeiro deus primordial a surgir no universo, portanto a mais velha das formas de consciência divina. A natureza divina de Caos é de difícil entendimento, devido às mudanças que a ideia de "caos" sofreu com o passar das épocas.

Seu nome deriva do verbo grego chaíno (χαίνω), que significa "separar", "ser amplo", significando o espaço vazio primordial. Também poderia ser chamado de Aer (Αηρ), que significa "ar" ou de Anapnoe (Αναπνοη), que significa "respirar".

O poeta romano Ovídio foi o primeiro a atribuir a noção de desordem e confusão à divindade Caos. Todavia, Caos seria para os gregos o contrário de Eros. Tanto Caos como os seus irmãos são forças geradoras do universo. Caos parece ser uma força catabólica, que gera por meio da cisão, assim como os organismos mais primitivos estudados pela biologia, enquanto Eros é uma força de junção e união. Caos significa algo como "corte", "rachadura", "cisão" ou ainda "separação"  Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Caos_(mitologia)



terça-feira, 24 de março de 2020

O ANO EM QUE A TERRA PAROU


Como tempestade que surge ao longe, no horizonte, as nuvens das más notícias começaram a aparecer em Fevereiro de 2020. Mas vinham do outro lado do Planeta e muitos de nós não demos atenção a elas. Pessoas morriam na China, por conta de um pequenino e invisível vírus, chamado Corona. Estranho que ele tivesse este nome! Corona de Coronário? Teria algum significado espiritual?[1] Mas a vida corria célere, enquanto a tempestade se aproximava, e ainda não demos muita atenção ao alerta... Porém, em pouco tempo, o pequenino e invisível vírus alastrou-se pela Europa, levado pelos milhares de viajantes que circulavam pelo planeta. Tal fato fez-me lembrar os insetos de Atlântida, que alcançaram os continentes, sobre os escombros flutuantes da civilização teminal!...[2] Estaríamos nos aproximando, novamente, do final de um ciclo evolutivo? Ahhh! Estou imaginando coisas. Talvez por conta do que chamam a melhor idade...
Mas a verdade é que, não tardou muito tempo, para que o pequenino e invisível vírus chegasse às terras brasileiras, começando a paralisar vôos internacionais, depois vôos domésticos, rodoviárias, pedágios, adiando eventos, fechando também lojas e confinando as pessoas dentro de suas casas. Impacto profundo!!! Como esta forma de vida frágil e oportunista conseguiu fazer tudo isto em tão pouco tempo? Quais as conseqüências civilizatórias deste processo? Ele está a serviço de quem? Afinal, a sociedade moderna temia a eclosão da terceira guerra mundial. Como este algo que nem é uma criatura, ousou parar a rotação do planeta no sentido anti-horário e negativo dos conflitos humanos? Como ousou transformar nossas vidas? Levar-nos ao mergulho interior; a nos olharmos no espelho mágico[3] da verdade de nós mesmos, em tempos de reclusão social, para nos indagarmos:_ Quem Sou Eu? Qual o sentido da minha existência? Qual o meu lugar no mundo? Qual a minha função no Plano Divino?...
Obrigatoriamente teremos que encontrar as respostas a estas questões, através do autoconhecimento, abrindo, para sempre, o misericordioso véu do esquecimento, que nos manteve inconscientes em relação à nossa caminhada evolutiva, desde o início dos tempos.
Quando a rotação planetária, agora no sentido horário da evolução for restaurada; quando a vida voltar a circular na superfície do Planeta Terra, teremos alcançado um novo estado de consciência. Teremos despertado para o sentido da Unidade que nos interliga com tudo e com todos e poderemos juntar nossas mãos para agradecermos pelas preciosas lições evolutivas; poderemos nos unirmos, na construção de uma nova sociedade mais justa e harmoniosa; poderemos novamente nos abraçar e dizermos em uníssono: _Afinal, o Amor venceu!... Gratidão aos Céus pela Nova e Abençoada Terra, nosso Planeta afinal regenerado pela mutação de nossas consciências!

                                                        Sueli Meirelles, de Nova Friburgo, em 23/03/20
                                                             (durante a Quarentena do Corona Vírus)

segunda-feira, 23 de março de 2020

O ESPELHO MÁGICO - Conto Transpessoal


PARTE I
Era um espelho bonito, brilhante; com um brilho realmente especial, diferente. Possuía uma moldura dourada, entalhada em madeira, que lhe dava um aspecto que ultrapassava o tempo. Era um espelho que não tinha idade... Mas, além disso, ele possuía uma característica muito especial: Era um espelho mágico. Quanto mais as pessoas se miravam nele, mais suas imagens se tornavam autênticas; o espelho refletia as imagens de como as pessoas realmente eram em suas Individualidades; não, em suas Personalidades[1]. Além disso, quanto mais a pessoa que nele se mirava, fosse autêntica e sincera, mais o espelho se tornava brilhante, luminoso. Era um espelho realmente mágico!...
Encontrado numa loja de antiguidades, dessas, onde um objeto vale pelo seu estilo, sem que alguém realmente lhe dê atenção, o espelho mágico passou a decorar uma das salas da luxuosa residência de sua compradora. Sala bem decorada, onde o bom gosto denunciava formação cultural de alto nível, com regras sociais bem delimitadas, características dos padrões da boa educação. Nesta sala, Maria Eudóxia, a proprietária, promovia reuniões de estudos culturais. Seu grupo era excelente! Era formado por pessoas altamente instruídas, cujos currículos causariam inveja aos desejosos do saber. Eram pessoas cultas, amáveis e educadas, que demonstravam nobres sentimentos umas pelas outras. Os encontros eram bem sucedidos, ou melhor, foram bem sucedidos, até a entrada do espelho mágico, na sala de reuniões das distintas senhoras de sociedade, naquela bela cidade praiana.
Preparada a confortável sala para a reunião do chá das cinco, as amigas começaram a chegar. Eudes foi a primeira. Roupas exóticas, voz de igual timbre, ansiosa por chamar a atenção, mirou-se no espelho. Este lhe devolveu a figura de uma adolescente insegura, tão mais bonita quanto mais se julgava feia. Prestativa, solícita, com certo ar de ingenuidade, que fazia com que muitas vezes ela fosse objeto de chacotas do "amável" grupo, nas falas de amigas nem tão amigas assim. Realmente, sua única dificuldade consistia em moderar a língua que teimava em comentar tudo o que ouvia, com as devidas alterações, para ampliar sua importância e participação no evento. Eudes assustou-se com o que viu. Ficou, até certo ponto, satisfeita e intrigada. Afinal, era muito mais bonita do que imaginava. Isto lhe trouxe conforto e mais autoconfiança. Contrariando suas tendências naturais, resolveu calar-se. Será que isto acontecia também com as outras? Pensou:_Melhor mesmo ficar quieta, até entender o que está acontecendo! Considerou consigo mesma.
Eudes sentou-se e aguardou. Então, Úrsula chegou. Figura exuberante, de família tradicional, com seus pequenos e grandes deslizes por baixo dos panos, comprados com fartos recursos financeiros. Levada por sua vaidade a ajeitar as madeixas encaracoladas, a muito custo conteve o susto. O espelho devolveu-lhe a imagem de poderosa bruxa, de longas unhas afiadas, palavras prontas e ferinas, dona de sonora gargalhada triunfal. Seu único objetivo de vida era a satisfação egoísta do seu imenso desejo de poder. Mas, como Eudes estava presente e ela não queria ser descoberta, sorriu para a bruxa no espelho e abanando-se do próprio calor, sentou-se ao lado da amiga, dizendo-lhe: - Que lindo espelho, Maria Eudóxia comprou, não é mesmo? Eu o achei o máximo!
Em seguida, foi a vez de Ana Verônica. Era interessante observar como elas estabeleciam os seus intervalos de chegada. Uma jamais empanava o brilho da outra e o desfile acontecia com regularidade previsível. Eram realmente senhoras muito bem educadas.
Ana Verônica, uma dama de meia idade, bem casada na vida, com filhos encaminhados, juntava a tudo isto certo ar de adolescente, representado pela franja da cabeleira loura, que escondia suas reais intenções. Com o pescoço grosso de orgulho, continha sua força na parte superior do corpo, mal sustentado por um par de pernas finas e joelhos trêmulos, pelo medo de ter descobertas as suas fraquezas. Ah! Mas tinha o marido e apoiava-se nele. Mandava nele direitinho, sem que o mesmo o percebesse. Ele que não tentasse escapar-lhe e pensar por conta própria! Mantinha-o sob controle e com os ouvidos cheios de estórias. Como iria viver sem ele? Em quem iria se apoiar?...
Ao ver o espelho, Ana Verônica não resistiu a uma olhadinha por baixo da franja. Céus! Uma bruxa! O espelho devolveu-lhe, nuas e cruas, todas as suas características. Talvez por esta semelhança interior, ela e Úrsula tivessem tantas divergências, disfarçadas pela polidez que a educação lhes exigia. Sorrindo sempre, por detrás de sua franja, ela sentou-se com seu leque na frente do rosto, olhando de soslaio, com os ouvidos atentos aos comentários. As outras falavam de suas últimas compras. Alguns milhares de dólares sem importância... Depois, então, foi a vez de Priscila. Educadíssima, de gostos finos, da música clássica ao canto lírico, com voz de soprano, sem que as outras percebessem, manipulava o grupo. Ao entrar na sala, sua atenção desviou-se das amigas para a novidade na parede. Conhecedora de arte e história, logo se aproximou, para melhor examinar o precioso espelho. Devia ser caríssimo. Ah! Aquela moldura! Como gostaria de tê-lo encontrado primeiro!... Chegando perto, estranhou a figura refletida. Esnobe senhora, de ar altivo e arrogante, chicote na mão, parecia comandar seus criados do alto do seu orgulho e despotismo. Cruzes! Que figura! Será que essa sou eu? Sentindo-se insegura, custou a aceitar a idéia. Que coisa estranha?! Pensou ela, ainda intrigada com o que lhe ocorria. Melhor calar e observar, concluiu ela, cautelosamente. Cumprimentando a anfitriã e as amigas, sentou-se para saber das novidades. Porém, a cada dia de reunião, o fenômeno se repetia. Um sentimento de incômodo e mal-estar começou a se instalar no ambiente. Cada uma se questionava, sem coragem de abordar o assunto de frente: Será que "aquilo" acontecia com todas? Será que cada uma, ali presente, aparecia diferente, no espelho?... Será que era daquela forma que elas eram percebidas pelas outras pessoas?... Estes e outros pensamentos fervilhavam nas mentes das educadas senhoras. Com o passar do tempo, o clima das reuniões foi-se tornando horrível e o grupo de amigas mal conseguia concentrar-se nas eruditas conversas. A esta altura dos acontecimentos, Eudes não agüentava mais a tensão de sua língua dentro da boca. Já a havia até mordido algumas vezes. Mas, como colocar isto para o grupo? Como olhar nos olhos das outras? Dizem que os olhos são o espelho da alma?... Não. Ela não tinha coragem.
Terminada a reunião, Eudes decidiu que telefonaria, à noite, para Priscila. Esta era sua amiga e confidente. Sempre ouvia atentamente as questões íntimas que ela lhe contava. As suas e as dos outros. Talvez por isso Priscila tivesse tanto poder sobre o grupo. Afinal, ela sabia de tudo o que ocorria. Por volta de meia noite, horário que ela considerava ideal para as confidências ao telefone, Eudes ligou para a amiga, inicialmente mostrando-se, como sempre, preocupada com o estado de saúde de Priscila, que resgatava com sua doença as muitas maldades do coração. Em meio à conversa, Eudes referiu-se sutilmente ao espelho:
_ Priscila, você não acha aquele espelho da sala de visitas de Maria Eudóxia, meio esquisito? Perguntou ela. E, sem esperar pela resposta, acrescentou: _ Ele parece que distorce as nossas imagens!
_É isso mesmo! Pensou a astuta Priscila. Essa é a palavra chave. O Espelho distorce as nossas imagens. Logo, ele é o culpado. Nós não somos como ele nos mostra.
De posse desse precioso pensamento, que lhe atravessou o cérebro em fração de segundos, Priscila imediatamente concordou com a amiga. Passaram então, a discorrer sobre a deformidade do horrendo espelho e todo o mal que ele causava ao grupo de nobres senhoras. Protegidas por suas capas de boas intenções, as duas amigas passaram a refletir sobre a forma de "avisar" às outras do risco que estavam correndo. Ao término da longa conversa telefônica, concluíram que a melhor maneira seria realmente repetir o que haviam feito entre si: Telefonar para as outras. Eudes, mais familiarizada com o telefone, sempre prestativa, incumbiu-se da tarefa. Até as duas horas da madrugada, já estavam todas avisadas, com reunião extra marcada para a tarde do dia seguinte, quando então discutiriam o assunto, decidindo, em conjunto, o destino de objeto tão maligno como aquele tal espelho.
Às duas e meia da madrugada, Maria Eudóxia, a dona do espelho, tendo sido avisada, rolava sem sono, na cama. Ela, justamente ela, não se olhara no espelho. Apenas mandara pendurá-lo na parede. Afinal, era uma antiguidade preciosa e ela era considerada uma senhora de bom gosto. O que as outras iriam pensar dela, agora? Como isso fora acontecer? Logo com ela, que sempre previa tudo; que gostava de tudo tão bem organizado e planejado nos mínimos detalhes!?...
Afinal, deixando de lado o marido que ressonava profundamente, como sempre distante dela e de suas questões, resolveu levantar-se e, reunindo toda a sua coragem, esgueirou-se, cautelosamente, até a sala onde estava o espelho.
A luz de um poste de rua deixava o ambiente na penumbra, o que ela considerou bastante oportuno. Não estava interessada em se ver. Não, depois do que as outras haviam lhe falado. Para que? Estava tão bem assim! Era uma senhora tão conceituada socialmente!... Mas o espelho parecia implacável. Pelo pouco que ele refletiu, ela percebeu uma senhora afetuosa, gentil, educada, dominadora, que teimava em não ver o vazio de sua relação conjugal, o crescimento e a independência dos filhos e a sua frustração profissional, procurando, inutilmente, preencher suas tardes com as tais reuniões culturais. Basta! Pensou ela. Minhas amigas têm toda razão! Amanhã mesmo decidiremos o que fazer com este maldito espelho!
O tempo, no dia seguinte custou a passar, até que os ponteiros dos relógios de cada uma das amigas, arrastando-se para elas em lenta agonia, marcaram a hora da tão esperada reunião, à qual, elas, contrariando seus hábitos, chegaram juntas; pontualmente. Vestidas de maneira sóbria, pareciam damas da era vitoriana, defensoras da moral e da sociedade. A primeira a falar foi Priscila. Passando a mão direita por sobre os ombros de sua querida amiga Maria Eudóxia, falou, mostrando as olheiras, sobre a noite insone de preocupação que tivera. E por estranho que pareça, o fenômeno do espelho havia-se acentuado mais ainda. O grupo de amigas, agora, de propósito, reunido diante do espelho, estava mais feio do que na véspera, talvez porque estivessem muito aborrecidas com ele... Tomadas de surpresa e indignação, as nobres senhoras esqueceram-se de sua educação esmerada e, pegando os primeiros objetos ao alcance de suas mãos, atiraram-nos contra o malfadado espelho. As horríveis imagens nele refletidas foram-se fragmentando, até que a moldura vazia, pateticamente, mostrava apenas o forro que protegia o seu fundo. Num último rompante e desabafo, elas partiram em conjunto, unidas pela mesma idéia de fazer aquela moldura também em pedaços, para que nada mais lembrasse a desafortunada situação.
Refeita do susto de tal crise histérica, Maria Eudóxia retomou sua postura exemplar. Tocando a sineta, chamou um prestimoso criado, dizendo-lhe que recolhesse os cacos do espelho, que se partira com súbito golpe de ar. O criado, assentindo com a cabeça, saiu, refletindo consigo mesmo sobre a possibilidade de ventos inesperados numa tarde tão linda, dentro de uma sala toda fechada. Voltou trazendo uma vassoura, uma pá de lixo muito limpa e um pequeno balde, recolhendo todos os cacos, com a certeza de que não era pago para pensar nas causas dos acontecimentos dentro daquela casa... Feito isso, Maria Eudóxia novamente tocou a sineta e a copeira, devidamente uniformizada, serviu o chá às elegantes, nobres e satisfeitas senhoras, que retomaram seus lugares para os debates culturais, como sempre haviam feito...
PARTE II
Ao recolher os cacos do espelho, olhando-o de modo distraído, o criado achou-o diferente. Não entendia nada dessas coisas de arte, mas aquele espelho tinha um brilho diferente e ele poderia ganhar algum dinheirinho, vendendo-o para o comerciante da loja de quinquilharias, do outro lado da cidade. Assim pensando, partiu para a ação. O dono da loja aceitou a oferta, dando-lhe alguns trocados em pagamento pela mercadoria, deixando-a no saco em que fora trazida. Pensou que os cacos de espelho talvez servissem para algum trabalho artesanal daquele casal de fregueses que se "ligava" em coisas da Nova Era, como eles mesmos diziam. O comerciante era, realmente, um homem de visão e o negócio de fato aconteceu. Havia até um pedaço maior do espelho, que resistira ao ataque das senhoras e que, poderia, com jeito e arte, ser transformado numa peça bonita. Entusiasmado com o achado, o jovem casal olhou de relance para dentro do saco e levou toda a sucata para casa.
Com sua curiosidade feminina, a esposa foi a primeira a mirar-se no caco maior do espelho, justamente o que ela achou mais bonito, lamentando que tivessem destruído a valiosa peça. A imagem que surgiu esfriou-lhe o entusiasmo. Sua boca aparecia distorcida pela raiva que ela mantinha contida; o medo aparecia-lhe nos olhos, que se mostravam, quando lhe convinha, bastante dissimuladores, e, além disso, a parte da figura que estava refletida se afastava dela mesma, repelida por seus sentimentos de auto-rejeição. Tal visão a deixou transtornada. Que coisa incrível!?...
Quando o marido chegou, à noite, do trabalho, ela estava muito assustada. Relatando o caso do misterioso espelho, pediu-lhe que experimentasse olhar-se no caco maior. Nele, o rapaz viu orgulho e prepotência ocultando o medo que lhe causava miopia. Medo de não ser bom o bastante, uma vez que, conscientemente, tinha bons propósitos e, por tudo que já havia lido sobre o assunto, queria realmente evoluir. Ambos tinham este objetivo, mas ao seu modo de ver, isto não incluía ter que olhar os próprios defeitos. Preocupavam-se apenas em demonstrar socialmente que agiam segundo os critérios em que acreditavam.
Depois de algum tempo de uma tensa e preocupada conversa sobre o assunto, como acontecera de outras vezes, a jovem e dominadora esposa convenceu o marido dos riscos de ter tal espelho dentro de casa. Ainda estavam começando a aprender o esoterismo, não sabiam com o que estavam lidando e quais as conseqüências que lhes poderiam advir. Eles eram tão gentis com todos e estavam tão empenhados em evoluir! E se fossem considerados maus?... Certamente seriam rejeitados. Tamanho medo levou-os a decidirem que o melhor seria desfazerem-se do espelho. Havia aquele lugar lá na praia: O monturo, onde os mendigos catavam o lixo. Mas eles não podiam fazer isso. Não seria ecológico jogar lixo na praia. Melhor seria entregar os indesejados cacos para o primeiro mendigo que passasse, o qual certamente os levaria para o monturo, dessa forma livrando o casal, da responsabilidade pelo ocorrido.
Na manhã seguinte, a jovem esposa, interrompida em seus afazeres domésticos pelo pedinte habitual, correu prestimosa para entregar-lhe, juntamente com o pedaço de pão, os cacos do espelho e os restos da moldura, dentro do mesmo saco de lixo. A princípio pensando tratar-se de utensílios caseiros, o mendigo decepcionou-se com o insólito presente, decidindo que aquilo não lhe servia para nada. Ele não gostava mesmo de se olhar em nenhum espelho!... Já, havia muito tempo, perdera o interesse por sua própria imagem. Decidiu que o melhor mesmo seria atirá-lo no monturo da praia...
PARTE III
Zé Humildades era um simples pescador. Ninguém sabia ao certo de onde ele viera e o que ele realmente pescava, ali naquela praia. Talvez peixes, talvez almas...
Caminhava pelas areias, quase sempre sozinho, perdido ou, quem sabe, reencontrando a si mesmo em suas meditações. Outras vezes, de modo aparentemente casual, poderia ser visto com algum morador em dificuldades, que procurava consolo nas suas palavras de "pescador". Ele possuía aquela sabedoria que não costuma freqüentar os bancos das Universidades. Zé Humildades era catedrático em vida e àqueles que o buscavam, distribuía a palavra certa no momento certo, convidando à reflexão conjunta, que na maioria das vezes levava o perguntador a pescar a resposta dentro de si mesmo.
E foi numa dessas caminhadas que o pescador encontrou os cacos do espelho. Estavam jogados no monturo, num canto da praia, que servia de local de despejo de lixo para aqueles que desconhecem os princípios básicos da preservação da natureza.
_Essa gente não aprende mesmo! Disse ele, pensando em voz alta. Sujar uma areia tão linda, feita por Deus! E ainda mais, podendo alguém se cortar nos cacos!... Que espelho diferente!... Como ele brilha!!!
E pensando assim Zé Humildades pegou um caco e se olhou. O espelho mágico devolveu-lhe o reflexo luminoso de uma parte do seu rosto. O pescador gostou do que viu e, pensando em ver mais, pegou outro caco e juntou-o ao primeiro. Num passe de mágica, os dois pedaços se uniram e a emenda sumiu. Intrigado com o fenômeno, ele começou a unir os cacos do espelho, como se estivesse montando um quebra-cabeças. Quebra-cabeças mágico, que refletia a grandeza do seu caráter, os seus bons sentimentos, a sinceridade de seus propósitos. Zé Humildades se tornara transparente e, quanto mais montava o espelho, mais este intensificava o seu brilho, refletindo a luminosidade interna do pescador. Encontrando os pedaços da velha moldura entalhada, Zé Humildades levou tudo para a sua cabana. Pacientemente, recompôs a madeira em volta do espelho, reconstituindo sua pintura com tinta marinha. Assim, ela suporta melhor às marés da vida! Pensou ele:_ Um espelho tão bonito, sem moldura, está sujeito a muitos riscos e pode logo se quebrar!
Terminada a tarefa, Zé Humildades colocou o espelho mágico, agora restaurado, em sua "sala de visitas", num canto entre a cama e o fogão, onde uma velha mesa de madeira resinada resistia ao tempo, servindo de apoio aos bate-papos filosóficos, entre goles de café quente, coado na hora, em acolhimento daqueles que o procuravam para suas reflexões sobre a vida.
Interessante que aquela peça tão trabalhada, tão rica e tradicional não contrastava com o ambiente simples daquela choupana. Mirando-se nele, agora por inteiro, Zé Humildades viu, refletida no espelho, a figura de um sábio, com sua túnica de um azul puríssimo, sentado em farta mesa, numa sala que denotava o bom gosto e a beleza de lugares distantes no espaço...
Vendo aquela imagem, o pescador sorriu silencioso. O espelho havia posto o seu segredo a descoberto. Ainda silencioso, pegou cuidadosamente a sua preciosidade (que lhe seria extremamente útil para verificar se estava desempenhando sua tarefa a contento; a sua pescaria de almas...), enquanto ouvia dentro de si o espelho, dizendo-lhe: _É, José! Somente você, em toda esta cidade, poderia ter-me reconstituído, com sua beleza interior; com esta sua capacidade de amar, de forma incondicional, única força capaz de resgatar a inteireza!... Mas ninguém precisa saber disso, não é?... Respondendo que sim para dentro de si, o pescador envolveu o espelho num tecido rústico, colocando-o numa velha arca de navio que o acompanhara em muitas viagens, e retornou às suas atividades rotineiras...
PARTE IV
Muito tempo se passou desde então. O pescador, a choupana e o espelho se foram... A praia agora tem o céu recortado pelos espigões de concreto e suas areias mal aparecem, quando cobertas pelos corpos ardidos dos veranistas, expostos, pela desrespeitada natureza, aos raios tórridos e implacáveis do sol. Nos bares locais, moradores mais antigos contam que, segundo uma lenda daquela cidade praiana, em noite de lua cheia, quando tudo está mais tranqüilo e alguém passeia pelas areias desertas, dispondo-se a se conhecer profundamente, costuma ver surgir em seu caminho, um sábio com um espelho, que o ajuda a se conhecer melhor, em seus momentos de solidão e reflexão interior...
                                                                              Sueli Meirelles _ Especialista em Psicologia Clínica (Hipnose Ericksoniana, Regressão de Memória, Reprogramação Mental)

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domingo, 22 de março de 2020

PROJETO SOLIDARIEDADE CORONA VÍRUS

Neste momento em que estamos cumprindo a quarentena, frente ao surto de Corona Vírus, venho trazer uma proposta de solidariedade: Vamos manter os pagamentos aos (às) nossos(as) prestadores (as) de serviço autônomos (as), mais próximos de nós (faxineiras, manicures e cabelereiras domiciliares...) até a liberação total da quarentena. Alguns (umas) deles (delas) já têm conta poupança, na Caixa Econômica Federal, onde poderemos depositar as doações correspondentes ao valor do serviço prestado ou em valor a ser combinado. Muitas são mães provedoras, com filhos e filhas menores. Para os (as) que não têm conta poupança, pode ser combinado com cada um (a), o melhor lugar de entrega, ou podemos fazer compras online e solicitar a entrega de alimentos, na residência do (a) prestador (a) de serviços. É tempo de solidariedade. Faça o que puder, mas faça!
Link de informações da Caixa, sobre Conta Poupança: http://www.caixa.gov.br/voce/poupanca-e-investimentos/poupanca/Paginas/default.aspx


Whtasapp para Orientações e Esclarecimento de Dúvidas: 55 22 99955-7166

sexta-feira, 20 de março de 2020

CONTAGIOSO OU CONTAGIANTE?


Cada experiência vivenciada encerra ensinamentos evolutivos. Neste momento em que recebemos tantas orientações para nossa proteção frente o Corona Vírus, precisamos meditar sobre os significados mais profundos dos termos contagioso e contagiante. Considerando que a linguagem determina nossa visão de mundo, perguntei-me: _Qual o sentido do termo contagioso? O sufixo “oso”, presente em alguns adjetivos, nos transmite a idéia subliminar de algo negativo, que deve por nós ser evitado ou combatido: Tenebroso, asqueroso, duvidoso, mentiroso, pernicioso, contagioso... Em contrapartida, o sufixo “ante”, nos adjetivos, transmite a idéia de algo positivo, que nos anima e fortalece: Vibrante, elegante, reconfortante, harmonizante, contagiante... Assim sendo, neste decisivo momento de Mutação de Consciência Planetária, provocado pela disseminação do Corona Vírus;  neste momento em que as cidades silenciam no recolhimento obrigatório e na interiorização conseqüente, temos tempo para refletir sobre o convite que estamos recebendo, de cuja escolha dependerá o futuro da nossa civilização terrena. Quais são os comportamentos no padrão “oso”, pelos quais ainda estamos impregnados? Preguiçoso, mentiroso, nervoso, medroso...? Não será o medo, neste momento, o pior e mais contagioso vírus? Qual é o padrão mental, emocional e espiritual predominante em nossas atitudes, em meio ao bombardeio informacional? Quais notícias escolhemos privilegiar e compartilhar? Quantas vezes escolhemos o sufixo “ante”, colocando-nos como instrumentos lúcidos de transmissão de forças restauradoras, fortalecedoras e construtivas, com mensagens e imagens de Serenidade Contagiante, Fé Contagiante, Resiliência Contagiante?... Pare neste momento e pense? Se todos nós estamos inseridos num Plano Divino Perfeito e Evolutivo para toda a Humanidade (Uma Unidade), qual a função de cada um de nós, no entorno social em que estamos inseridos? Nossa função será alimentar o medo ou a coragem (agir com o coração)? Poderemos ser transmissores do Amor Contagiante? Afinal, nossa glândula Timo, responsável pela especialização de nossas células de defesa, está localizada em nosso peito, bem próximo de nosso coração. Será por acaso ou estamos sendo convidados a nos amarmos mais e amarmos mais os nossos semelhantes? Estamos sendo convocados a olhar com mais carinho e cuidar melhor dos idosos que vinham sendo deixados para trás, em tempos ocupados e cada vez mais velozes?
Que esta reflexão seja contagiante e possa ser compartilhada por você, que descobriu o que pode fazer, exatamente de onde você está, para trazer alento e esperanças renovadas aos que nos pedem auxílio. Que a Solidariedade e o Amor fluam de nossos corações e sejam contagiantes, envolvendo nossa Amada Mãe Terra e toda a Humanidade!...
 
                                    Sueli Meirelles, em Nova Friburgo, 20 de Março de 2020.

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domingo, 8 de março de 2020

MULHERES PONDERADAS


Em 2018, recebi um convite para participar de um evento comemorativo do Dia Internacional da Mulher, no Teatro Municipal de Nova Friburgo. Em função do pouco tempo, compartilhado com outras palestrantes, para falar sobre um tema tão profundo e com questões tão emergentes, resolvi gravar uma palestra online, logo no dia seguinte. Quando assisti o vídeo, notei que, apesar de minha familiaridade com a língua portuguesa, eu havia cometido um ato falho, dizendo “emponderamento” em lugar de empoderamento. Como nada ocorre por acaso, parei para refletir sobre o significado mais profundo do meu descuido lingüístico, percebendo que, pela fresta aberta entrava a luz de uma nova consciência, sobre a questão do tão defendido feminismo. Então, indaguei a mim mesma: _ Que poder é esse que as mulheres estão defendendo? Se o mundo há milênios desgovernado pelos homens está tão caótico, por que as mulheres buscam as mesmas condições, para repetirem os mesmos erros por eles cometidos? Em que aspectos podemos dizer que o machismo foi saudável ou construtivo? Quantas guerras até hoje? Cheguei à conclusão de que a busca pelo poder, até então ocupado pelos homens, parece não trazer a salvação da nossa sociedade. Então, voltei-me para a busca do sentido lingüístico de empoderar e encontrei o seguinte significado: “Atribuir um cargo, obrigação etc., ou tomar para si uma obrigação, cargo, tarefa; encarregar.”[1] Seguindo a minha busca, procurei aprofundar a compreensão do termo e procurei o significado de ponderar, encontrando o seguinte: “atribuir pesos a (diversas grandezas) para calcular a média ponderada. Examinar com atenção e minúcia; avaliar, apreciar as vantagens e as desvantagens". Tem como sinônimos os verbos alegar, esquadrinhar, refletir, argumentar, arrazoar, declarar. Fiquei admirada! Quantas tarefas podemos realizar, se formos ponderadas? Mas, o que é uma pessoa ponderada? Mais uma vez recorrendo ao dicionário online, recordei o seguinte significado: “Ponderar é agir com ponderação, ou seja, com reflexão, com prudência, com bom senso, com juízo, com relevância. Ponderar é equacionar sobre uma determinada situação, é fazer uma avaliação, é tentar encontrar uma solução.” Pronto! Achamos o caminho a seguir, na reconstrução da nossa sociedade e descobrimos quanto trabalho teremos pela frente, se começarmos a fazer uma avaliação minuciosa das questões mais essenciais e relevantes, com foco na solução de pendências seculares, para retomarmos o equilíbrio social, neste momento de reconstrução civilizatória. Se o Divino nos concedeu o milagre de gerarmos vida, é porque sabia que iríamos dela cuidar com carinho e desvelo. Não só cuidar da vida humana, mas preservar a vida dos reinos a nós subordinados, como sacerdotisas a serviço da bondosa Mãe Terra, com seus recursos já tão exauridos, pelos desatinos exploratórios do masculino que está no poder. Realmente precisamos transitar do amor ao poder, para o poder do amor, gerador de solidariedade, compaixão, fraternidade, alegria, gratidão e tantos outros atributos essenciais à vida planetária em plena harmonia.
Então, neste dia 8 de Março de 2020, ano da concretização dos melhores sonhos de nossos corações, deixo aqui um convite a todas as mulheres ponderadas, para assumirmos a tarefa de construção de uma nova sociedade, buscando o ponto de equilíbrio entre os extremos. Refletindo, argumentando e avaliando as vantagens e desvantagens de cada nova decisão, sem reproduzirmos os ultrapassados modelos masculinos. Deixo aqui também um convite a todos os homens que despertaram o feminino dentro de si, para que assumam a tarefa da cuidar de tantas famílias onde a ausência paterna gera tantos desvios de comportamento social. Vamos nos colocar em estado de  “emponderar”? Temos muito trabalho pela frente...  Mãos à Obra!

                                                             Sueli Meirelles, em 08 de Março de 2020.
                                                                  Agente de Transformações Sociais

Link para a Live sobre o DIA INTERNACIONAL DA MULHER: https://www.youtube.com/watch?v=xlGLhDmmgto
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