Tradução

domingo, 22 de fevereiro de 2015

O PODER E O COMPORTAMENTO


 Todas as vezez em que me disponho a escrever sobre algum tema, costumo, primeiramente, reportar-me a um dicionário de língua portuguesa, para uma consulta sobre os vários significados do termo que pretendo abordar. Em relação ao vocábulo “PODER”, encontrei: “1.Ter a faculdade de, ou energia ou calma ou paciência para. 2. Ter possibilidade de, ou autorização para. 3. Estar arriscado ou exposto a 4. Ter ocasião ou meio de. 5. Ter o direito ou a razão de. 6. Ter saúde ou capacidade para agüentar ou suportar, etc.7. Ter possibilidade. 8. Dispor de força ou autoridade. 9. Ter força física ou moral. 10. Direito de deliberar, agir e mandar. 11. Possibilidade; meios.12. Vigor potência. 13. Domínio, força. 14. Eficácia, efeito.15. Capacidade, aptidão.16. O governo de um Estado” (Dicionário Aurélio - Segunda Edição - Ed. Nova Fronteira - pág. 396).
            Todas estas definições do termo poder nos conduzem a três aspectos básicos: O poder dominação,  o poder possibilidade e o ponto de equilíbrio entre estes dois extremos, que seria representado pelo direito e pelo senso de justiça. Novamente recorrendo ao dicionário, encontramos: (“DIREITO: (...) 7. Íntegro, honrado 8.Leal, sincero. 9. O que é justo conforme a lei - pág. 177 do Dicionário Aurélio) “JUSTIÇA”: 1. A virtude de dar a cada um aquilo que é seu. 2. A faculdade de julgar segundo o direito e melhor consciência.- Pág. 302 do Dicionário Aurélio). Quando pensamos em ação política, segundo um destes três significados, ganhamos a possibilidade de desenvolver um senso crítico que nos leve a questionar: _ De qual destes três tipos de poder os nossos políticos estão se utilizando? Em que critérios iremos basear a escolha que definirá o nosso voto? E para melhor podermos escolher, voltamos ao dicionário, para compreendermos os termos POLÍTICO, POLITIQUEIRO, POLÍTICA e POLITICAGEM”: “POLÍTICO”: 1. Da ou próprio da política. 2. Que trata ou se ocupa de política. 3. Cortês, polido. 4. Astuto. 5. Indivíduo político. “POLITIQUEIRO”: 1. Diz-se de, ou aquele que faz politicagem. “POLÍTICA”: Ciência dos fenômenos relativos ao Estado. 2. Arte de bem governar os povos. 3. Habilidade no trato das relações humanas. “POLITICAGEM”: Política mesquinha, estreita. (Dicionário Aurélio - Segunda Edição - Ed. Nova Fronteira - pág. 397).
            E como estamos falando principalmente de linguagem, quero lembrar aos leitores deste artigo, jovens estudantes que irão definir os futuros caminhos de nosso país, que a linguagem é um dos principais instrumentos de poder, podendo ser utilizado para manipular ou esclarecer. Gostaria também que essas mentes jovens e abertas para novas possibilidades ficassem atentas para mais dois significados importantes, em termos políticos: “NAÇÃO” e ‘ESTADO”: NAÇÃO: 1. Agrupamento de seres, geralmente fixos num território, ligados pela origem, tradições, costumes etc..., e, em geral, por uma língua, povo. (página 349 do Dicionário Aurélio) ‘ESTADO”: (...) 6. O conjunto de poderes políticos duma nação; governo. (...) 8. Nação politicamente organizada. (pág. 215 do Dicionário Aurélio).
            Que nossos jovens percebam que, enquanto nação, enquanto povo, sua existência antecede a criação do estado, o que significa dizer que muita coisa pode ser feita pela comunidade, resgatando-se assim um poder de ação, de iniciativa, de avaliação crítica capaz de traduzir-se num exercício consciente de transformação e de cidadania.
Que através do desenvolvimento de padrões de comportamento mais construtivos, os jovens de hoje possam, futuramente, enquanto políticos e eleitores de uma nova geração, construir um Brasil mais justo, no qual a política realmente se traduza como: “A Arte de bem governar os povos”.

SUELI MEIRELLES:  Especialista em Psicologia Clínica. Membro do CIT - Colégio Internacional de Terapeutas.
MBA em Gestão de Projetos na Abordagem Transdisciplinar (UNIPAZ).
Membro da ALUBRAT – Associação Luso Brasileira de Psicologia Transpessoal
E-mail: suelimeirelles@gmail.com





sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

A ARTE DE GOVERNAR



Governar não é falar do alto do palanque,
Colocando-se de modo estanque,
Diante da reivindicação popular.

Governar é ouvir aquilo que o povo anseia,
Agindo de meia,
Com quem pode e quer ajudar.

Governar é calar-se e agir,
Deixando-se orientar pelo sentir,
De tudo aquilo que é necessário,
Ao provimento e a sustentabilidade
De toda a comunidade.

Governar é facilitar a vida
Da população tão sofrida,
Buscando a saída,
Para os problemas que a afligem
E soluções exigem.

Governar, enfim,
É exercer entre as sublimes artes,
A composição entre partes,
Que irá revelar o melhor de cada um,
Para fazer prosperar o bem comum.

Sueli Meirelles, Nova Friburgo, 27 de Janeiro de 2015.