Tradução

domingo, 9 de agosto de 2015

INSTITUTO VIR A SER - SUELI MEIRELLES



NOSSA MISSÃO:

Ser um espaço de encontro e divulgação da Visão Holística e da Abordagem Transdisciplinar preconizada pela UNESCO, através do qual oferecemos uma rede de serviços voltados para o Desenvolvimento Humano, Saúde Integral, Ecologia Integral e Educação para a Paz e para a promoção da Ecologia Pessoal, social, Ambiental e Espiritual, através de Cursos, Palestras, Seminários e Workshop, Lives e blogs promotores da formação da massa crítica necessária para a mudança de mentalidade civilizatória.
Através de nosso site você poderá acessar todas as nossas páginas na web e compartilhar artigos de seu interesse. Você também pode ser um agente de transformações sociais.

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PAI HERÓI


Dia dos Pais! Como é importante a presença da figura paterna, para a formação da personalidade dos filhos. Temos o hábito de louvar e festejar as mães, talvez porque elas carregam os filhos em seu ventre, durante nove meses, tempo suficiente para que os pequenos sejam mais associados ás  mães do que aos pasi.
Nas sociedades mais primitivas, durante muito tempo não se associou o nascimento dos filhos à relação sexual. Pelo fato de que a gravidez somente se tornasse perceptível após alguns meses, ela era considerada um fenômeno espontâneo que ocorria com as mulheres, quando elas paravam de menstruar. Herdeiros destas memórias ancestrais, continuamos a estabelecer uma associação muito mais forte entre as mães e os filhos, do que entre estes e os pais. Neste contexto, ficou para o homem a imagem do macho reprodutor, cuja virilidade é medida pelo número de rebentos que conseguisse semear pelo mundo, em suas muitas andanças. A terra precisava ser povoada, o índice de mortalidade infantil era muito alto e, além disso, as guerras e as doenças ceifavam muitas vidas, ainda na juventude.
            Com a evolução, a humanidade tornou-se mais amadurecida. Surgiram os conhecimentos da medicina, preservando a vida e promovendo a longevidade; a puericultura e a psicologia desenvolveram estudos sobre a importância dos cuidados infantis e sobre as funções paterna e materna e as relações familiares surgiram em toda a sua complexidade.
Numa sociedade como a de nossos dias, cabe à mãe, mesmo que ela seja uma profissional, a tarefa básica de cuidar e atender às necessidades dos filhos, pelo menos nos meses de idade mais tenra. A função materna desenvolve a sensibilidade dos filhos e gera segurança emocional, contribuindo para o bom desenvolvimento da personalidade. Ao pai, cabe a função de transmitir apoio e segurança em relação aos perigos do mundo externo e também, representar a lei e o limite. Não é por acaso que hoje, dada a ausência da figura paterna na maioria dos lares sem estrutura, imperam a violência e a falta de valores morais. Temos hoje, uma carência imensa da figura do pai. Precisamos de um pai herói, sim! Precisamos de pais que passem aos seus filhos as noções de limite tão necessárias ao bom convívio social. O pai representa a lei. Um bom pai, um pai que seja um modelo forte e seguro para os seus filhos, é o símbolo de uma boa lei, que vale a pena ser admirada e respeitada. A partir dos bons exemplos paternos, esta admiração e respeito deixarão de vir do modelo patriarcal de repressão, para representar a ordem necessária ao convívio familiar e social.
Precisamos educar os nossos meninos para o exercício da paternidade consciente, segundo a qual, a família, enquanto uma das células básicas da sociedade, tem a função de promover os valores essenciais do ser humano, desse modo contribuindo para o aprimoramento das relações e do convívio harmonioso entre todos.
Que possamos sair da severa crise de paternidade em que nos encontramos. Na data de hoje, um pedido de profunda reflexão a todos os pais que ainda não sabem ser pais; um voto de incentivo a todos aqueles que, com extrema boa vontade, estão aprendendo a serem pais; um grande abraço a todos os pais, que são realmente pais! Que tenhamos pais amigos, responsáveis, cidadãos dignos e conscientes de suas funções na família e na sociedade.

Sueli Meirelles: Especialista em Psicologia Clínica. Consultora em Desenvolvimento Humano, Saúde Integral, Ecologia Integral e Educação para a Paz.

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sábado, 8 de agosto de 2015

QUESTIONANDO A PSICOLOGIA

           Regulamentada como profissão em 1964, a psicologia, com raízes na medicina e na filosofia, cresceu sem uma identidade própria e, hoje, é uma jovem profissão ainda relativamente desconhecida do público, o que gera distorções e incompreensões sobre seus conceitos fundamentais.
            No dia a dia das conversas, é comum ouvirmos as pessoas usarem frases, como: “Eu usei a minha psicologia” (como sinônimo de bom senso); “Vou levar o meu filho para conversar com você”( com base na idéia de que o psicoterapeuta conversa, aconselha e “faz a cabeça”, direcionando o cliente). “Depois que surgiu o medo de traumatizar, as crianças podem fazer tudo o que querem”( traduzindo uma idéia de permissividade que está longe de ser psicologia). Esta associação da psicologia com a permissividade tem origem no fato de que as primeiras teorias psicológicas, surgidas no início deste século, reagiam a uma sociedade altamente repressiva, que privilegiava o desenvolvimento intelectual, em detrimento do que hoje chamamos de inteligência emocional, contribuindo para o desenvolvimento de estruturas de personalidade neuróticas e desequilibradas. Outra distorção bastante comum ocorre quando o cliente indaga sobre características de personalidade do terapeuta, como se este representasse um exemplo a ser seguido, ao invés de compreender a psicologia como um procedimento técnico que visa resgatar potenciais internos do indivíduo, recolocando-o em movimento diante da vida. Algumas pessoas ainda dizem:_ “Eu não acredito em psicologia”, como se esta ciência dependesse de algum tipo de crença. Mesmo por parte de profissionais de outras áreas, a psicologia ainda é desconhecida em sua especificidade, exigindo que os psicólogos ajam como pioneiros, a todo momento retificando conceitos e esclarecendo a sua função de profissionais de saúde mental e agentes de transformações sociais. Além do trabalho clínico, em consultório particular, que hoje dispõe de recursos técnicos objetivos e eficazes diante de muitos dos problemas que atingem à sociedade, o psicólogo tem importantes funções nos vários segmentos da vida humana, quer seja na escola, na empresa, na área jurídica, hospitalar e onde quer que haja convívio humano capaz de gerar conflitos.

            Ainda há muito que se informar sobre a função do psicólogo dentro da sociedade, porém o mais importante é que, de imediato, se estabeleça a diferença entre psicologismo, (as distorções decorrentes da falta de informação sobre o assunto)  e a psicologia como um conjunto de recursos técnicos e científicos sobre o comportamento humano; um recurso que pode contribuir grandemente, através de um trabalho preventivo (além da atuação curativa), para a compreensão do ser humano na sua complexidade e inteireza e para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e humana. Acima de tudo, que se questione a psicologia, sim. Que os profissionais da área estejam disponíveis e acessíveis à comunidade, sempre no sentido do esclarecer e contribuir, com a sua participação ativa, para a construção de um mundo melhor.

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 Sueli Meirelles - Especialista em Psicologia Clínica Transpessoal CRP 04/11601
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