De um modo geral, quando as pessoas
têm problemas procuram solucioná-los, refletindo sobre os prós e contras de
cada situação, sem se darem conta de que os problemas de vida são desafios para
o desenvolvimento de potenciais internos, que de outra maneira continuariam
ocultos, no inconsciente profundo, na forma de potenciais latentes. Esta
transformação da visão de mundo, segundo a qual os obstáculos passam a serem
compreendidos como desafios para o crescimento pessoal, depende do
autoconhecimento.
Quando
pressionados a tomarem uma decisão, os seres humanos funcionam em diferentes
níveis psíquicos: No primeiro nível, o material, as decisões são tomadas em
função dos conflitos entre o medo de perder o que já se tem e o medo de não
conseguir o que se deseja ter, impedindo as realizações mais importantes. No
segundo nível, o sexual, as decisões são baseadas na tendência para se
aproximar daquilo que causa prazer e afastar-se daquilo que é desagradável,
muitas vezes impedindo que a pessoa ultrapasse alguns obstáculos, para seguir
em direção a metas superiores. No terceiro nível, das relações de poder, as
decisões são tomadas com base na tendência de só sentir-se bem mandando em
outras pessoas, ou na tendência de só poder obedecer, levando a pessoa a ceder
aos impulsos que predominam dentro de si, quer seja num sentido, quer seja no
outro, limitando o acesso a muitas oportunidades de vida No quarto nível de
funcionamento, o afetivo, as pessoas assumem posições emocionais de apego ou de
rejeição em relação a determinadas escolhas, que também podem dificultar o
alcance das metas existenciais. No quinto nível, o psíquico, a pessoa pode se
perder diante da interminável dúvida entre o certo e o errado, retardando ou
até mesmo impedindo-se de alcançar realizações importantes, pelo medo de errar.
Somente a partir do sexto nível de funcionamento, o nível intuitivo, as pessoas
estarão fora dos conflitos gerados pela dualidade, passando a entender que os
dois lados sempre integram um todo, e que as escolhas podem ser feitas em
função, não somente dos aspectos externos da vida, mas principalmente em função
de um conjunto de características individuais, constituídas pelas suas
habilidades e competências, e que formam a base da autoconfiança para o seu sucesso,
quer seja na vida pessoal, afetiva ou profissional.
Todo
ser humano tem, dentro de si mesmo, uma sabedoria, um Eu Superior que, quando
conectado, pode orientar até mesmo as decisões mais importantes da vida, de uma
forma bem mais segura do que as soluções encontradas por qualquer dos outros
níveis de funcionamento psíquico.
Através
de técnicas específicas de hipnose e regressão de memória, torna-se possível
promover a reprogramação mental dos comandos inconscientes que regem as escolhas,
pela substituição de símbolos mentais negativos (imagens, sons ou sensações) em
símbolos mentais positivos, que formam a base de sustentação para a
autoconfiança.
Modernamente,
o processo de hipnose visa a identificação do canal sensorial predominante no
processo de decisões e gerenciamento da vida. Pessoas sinestésicas, que
funcionam com base em suas percepções sensoriais, tendem a agir mais pela
emoção do que pela razão, necessitando reprogramar-se para restabelecerem o
equilíbrio entre estas duas funções, sem o que, suas decisões poderão ser
impulsivas ou, no caso oposto, poderão ser rígidas e impeditivas, sem que, em
nenhum dos casos, tenha sido efetuada uma ponderação com base nas informações
sobre a situação. Pessoas visuais tendem a ser mais idealistas, planejando suas
vidas por longos prazos, podendo vir a apresentar dificuldades, quando a
realidade não corresponder às suas expectativas. Pessoas auditivas possuem a
tendência de se deixarem influenciar pelo que ouvem, necessitando aprender a
mergulhar em seu interior, onde a sua própria verdade poderá lhe
mostrar o melhor caminho a seguir.
Quando,
depois de explorarem todas as possibilidades do mundo material, as pessoas
voltam-se para o mergulho interior, descobrem os infindáveis recursos que
habitam os recônditos de alma, e que podem funcionar como um foco
luminoso, capaz de orientar sua vida em direção a auto-realização.
O autoconhecimento é
um processo de identificação das camadas mais profundas do inconsciente, que
pode facilitar o desabrochar de potenciais que contribuem para a concretização
de uma tarefa pessoal e intransferível que, quando realizada, conduz aos
sentimentos de felicidade e paz interior, que tantas pessoas ainda procuram no
mundo externo. Se vocês gostou deste artigo, poste seu comentário, deixe seu like e compartilhei, ajudando a formar a massa cristica da nova Consciência Planetária
(*) Psicóloga Clínica Transpessoal
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