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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

AS ÁRVORES DA PRAÇA

Praça Getúlio Vargas - Nova Friburgo

A moto-serra corta!
Será que a árvore está morta?

A moto-serra corta!
A praça se despe do verde,
E parece ficar torta.
Quem se importa?

A moto-serra corta!
E o chão estremece,
Assim como o coração 
Daquele que se entristece,
Quando a árvore cai morta.
Quem se importa?

Seiva exaurida,
Que pela terra será escorrida,
Até evaporar
E em chuva se transformar,
Na tentativa  de recuperar
A Natureza exigida,
Para a vida preservar.

Para que servem as árvores
Além da moto-serra cortar?

Servem de alento á vida,
Á qual devemos amar.

Servem também
 como purificadoras do ar.

Acalmam as nossas mentes,
Ao simples olhar.

Alegram os nossos corações,
Quando os pássaros, 
nelas, vêm pousar e cantar.

Arejam os nossos pensamentos
Com a brisa suave do ar,
Ajudando-nos a pensar:

Quando teremos novas árvores,
Plantadas no mesmo lugar?...


Sueli Meirelles, 
Nova Friburgo, 28 de Janeiro de 2015.

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Sueli Meirelles: Especialista em Psicologia Clínica Transpessoal. MBA em Gestão de Projetos (Unipaz - 2005) Consultora em Desenvolvimento humano, Saúde Integral, Ecologia Integral e Educação para a Paz.
Coordenadora do Carrossel de Luz (Grupo de Pesquisas Psicoespirituais)
Membro do CIT  - Colégio Internacional de Terapeutas 

Whatsapp: 55 22 99955-7166




SUELI MEIRELLES: Especialista em Psicologia Clínica. MBA em Gestão de Projetos. Membro do CIT – Colégio Internacional de Terapeutas. Site: www.institutoviraser.com

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

DA REPRESSÃO À FIXAÇÃO SEXUAL


         A primeira metade do nosso século foi caracterizada pela repressão sexual oriunda da era vitoriana, a moral vigente na Inglaterra, no final do século passado. A educação feminina, principalmente, era baseada nos conceitos de “pureza” e “inocência: Quanto menos uma moça tivesse acesso a informações sobre sexualidade, mais ela seria considerada uma “moça de família”.
A educação masculina defendia uma dupla moral: Ainda na puberdade, o jovem era levado pelo pai ou por algum outro líder da família, para a iniciação sexual num prostíbulo. Ensinavam-lhe que “aquela mulher” poderia ser usada como objeto de prazer, mas não deveria ser respeitada como ser humano; em contrapartida, as moças de família deveriam ser escolhidas como futuras esposas e mães de família, sem que tivessem qualquer tipo de intimidade sexual com elas. Se uma moça iniciasse sua vida sexual antes do casamento, isto era considerado uma grande desonra, criticada pela comunidade local com termos pejorativos  como “perdeu-se”, “deu mal-passo” etc. Este padrão educacional conduzia os futuros maridos, infalivelmente, para o caminho da infidelidade conjugal. Em seus inconscientes registravam-se dois modelos de mulher: De um lado, Maria, símbolo da maternidade e da família e, de outro, Salomé, a mulher da rua, símbolo do prazer sensual. O modelo do pai ideal, por sua vez, era o modelo do provedor, que não deixava faltar nada em casa, não importando como fosse o seu comportamento sexual fora do âmbito familiar. A mãe ideal era a mulher dedicada ao lar e aos filhos, fiel, submissa ao marido e condescendente com os rumores que ouvisse sobre suas aventuras extraconjugais.
         Dentro desse contexto, a educação dos jovens seguia dois caminhos distintos. Defendia-se a Repressão sexual severa sobre as meninas e a condescendência para com os meninos, principalmente porque a iniciação sexual precoce dos filhos era percebida pelos pais como uma garantia contra a homossexualidade, traduzida na célebre frase: “Meu filho é homem!
         No decorrer do tempo a sociedade mudou muito. Duas guerras mundiais, num curto espaço de tempo, em termos de evolução, conduziram as mulheres ao mercado de trabalho, onde faltava a mão de obra masculina, desviada para os campos de batalha. O próprio índice de mortalidade masculina, na época, criou a necessidade de que se abrisse espaço para o trabalho feminino, em princípio com remuneração mais baixa que a do homem. No início, a resistência das famílias era grande. Permitir que as esposas ou filhas trabalhassem, era entendido, pelos chefes de família, como uma constatação de sua incapacidade para manter o sustento familiar. Havia também o receio de que as moças, tão ingênuas e despreparadas para o mundo, fossem objeto de sedução.

A partir dos anos sessenta, a sociedade passou por intensas transformações em todos os setores da vida humana e, principalmente, no campo do comportamento sexual. A descoberta da pílula anticoncepcional trouxe para a mulher uma forma de prevenção e controle daquilo que era a sua maior preocupação: a gravidez indesejada. E o que poderia ter sido um recurso para uma reflexão maior sobre a escolha consciente da maternidade, acabou se transformando num passaporte para o extremo de uma liberação sexual, que não trouxe, para os homens e as mulheres do tempo moderno, uma vida sexual mais satisfatória, nem os tornou seres humanos mais felizes. Se antes a sexualidade era reprimida, hoje a cobrança por uma vida sexual ativa é uma pressão constante sobre a juventude, cuja iniciação acontece cada vez mais precocemente. Apesar de toda a informação existente sobre os mais diversos métodos contraceptivos, a mídia bombardeia a população (quer sejam crianças, jovens ou adultos), com uma intensa propaganda de apelo sexual através de revistas, tele-sexo, filmes eróticos, novelas, medicamentos polêmicos etc., tendo como objetivo o lucro fácil da venda desses produtos. Como sempre acontece no processo evolutivo, passamos do comportamento reprimido para a fase de exibicionismo; passamos da repressão para a fixação sexual; falta-nos, agora, alcançarmos a terceira fase, a fase do amadurecimento; do ponto de equilíbrio da sexualidade saudável e orientada para o verdadeiro amor, em que a sexualidade terá o significado de troca de energia e prazer, entre pessoas que realmente desejam o bem recíproco, compartilhando projetos, ideais de vida, transformando-se companheiros evolutivos que compartilham as experiencias da vida em diferentes estados de consciencia.

Sueli Meirelles: suelimeirelles@gmail.com
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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A CAPTAÇÃO PSÍQUICA DO FILHO - Capítulo VIII do Livro "Do Divã à Espiritualidade"



Após a experiência de regressão, Luíza elaborou bem aqueles registros, comparecendo normalmente à sessão da semana seguinte. Mostrava-se tranqüila e, ao mesmo tempo, alegre e comunicativa. Logo no início da sessão, referiu-se às suas reações posteriores à técnica, e à conversa que tivera com o marido sobre o assunto:
_Naquele dia, quando cheguei à casa, sentia-me como se tivesse levado uma surra. Tinha dores por todo o corpo e um cansaço enorme. Quando me lembrava daquelas imagens, ainda sentia vontade de chorar, como você disse que poderia acontecer. Quando vi meu filho de novo, aquelas cenas horríveis voltaram à minha mente e eu chorei bastante. Percebi o quanto os olhos dele são familiares para mim. Percebi todo o amor que lhe dedico e o sentimento de piedade que eu nutria por ele. Era como se o nosso relacionamento, hoje, estivesse contaminado pelo sentimento de culpa por ter sido responsável pelo seu sofrimento, levando-me a uma preocupação desmedida e constante, quanto à sua segurança. Estou me sentindo mais tranqüila, porque, na realidade, não existe nenhum motivo para isso. Eu estava emocionalmente presa àquela situação passada.
À noite, quando João Luiz chegou do trabalho, chamei-o para conversarmos sobre o que eu havia descoberto. Quando o olhei nos olhos, voltei a chorar. Dizem que os olhos são os espelhos da alma, não é? De fato, houve de minha parte um reconhecimento, mas não senti qualquer mágoa. Hoje, ele é muito bom para mim. Ele é fiel, dedicado, afetuoso, cumpridor de seus deveres e um excelente chefe de família. Não tenho motivos para queixas e isto me deu suporte para lhe falar sobre o assunto. Nós estávamos na varanda de nossa casa, sozinhos, quando lhe contei os detalhes da regressão. Comecei a chorar, ele me abraçou e nós ficamos assim, juntos, conscientes de que não nos importava o mal que tivéssemos feito um ao outro, em prováveis existências passadas. O que realmente importa para nós é o sentimento que nos liga no presente, e tudo o que construímos juntos. Nossa vida, hoje, vale à pena e isto é o mais importante. Se houve desafetos, certamente conseguimos resolvê-los. O Amor e o Perdão foram os grandes vencedores, nessa triste página de nossas vidas evolutivas!
Há uma coisa, entretanto, que ainda precisa ser esclarecida. Se esta história realmente é verdadeira, nosso filho, João Vicente deve ter os mesmos registros. Você falou que a regressão é contra-indicada para menores de idade. O que poderia lhe acontecer? Existe alguma outra técnica que possa ser utilizada, para libertá-lo desse registro?
_Vamos por partes. A técnica de Regressão de Memória é contra indicada para aplicação em crianças, em função da intensa carga emocional que é mobilizada por essa técnica, salvo nos casos de regressão espontânea, em que o psiquismo, em função de seu próprio suporte, libera a memória contida no inconsciente. Aí ela pode ser trabalhada. E até muito comum que as crianças, até os sete anos, se lembrem de suas memórias transpessoais, e o que venho percebendo, é que elas estão cada vez mais prontas para isso.

Quando a técnica é induzida, pode ocorrer que o jovem tome conhecimento de relacionamentos conflituosos com pessoas que fazem parte do seu convívio, no presente, como tudo indica que tenha acontecido com seu filho e seu marido. Como você acha que ele reagiria se descobrisse que o pai mandou tortura-lo numa existência anterior? Além disso, nós não temos, até a presente data, uma metodologia científica que comprove que este tenha sido um acontecimento real. Seria irresponsabilidade considerarmos esta experiência como uma verdade absoluta. É extremamente importante que ela seja percebida dentro de um contexto de relatividade, considerando-se os resultados terapêuticos mais importantes do que a possível comprovação histórica. Na verdade, pesquisadores como engenheiro Ney Prieto Peres, que junto com seu filho, o psicólogo Júlio Peres, há longos anos também estudam as memórias transpessoais de crianças, têm demonstrado que não faltam evidências para a aceitação do conceito de pré-existência. Gradualmente, este consenso vem surgindo, alavancado por algumas mentes pioneiras dos meios acadêmicos, pois as pesquisas neste campo são inumeráveis, constantemente apresentadas em vários congressos, no Brasil e no exterior.

(*) Continue lendo em "DO DIVÃ À ESPIRITUALIDADE: ATH - Abordagem Transdisciplinar holística em Psicoterapia.

Site: www.suelimeirelles.com


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

EM QUE ESTADO DE CONSCIENCIA VIBRAMOS?

Neste momento em que os ataques terroristas na Europa dividem a opinião mundial entre o respeito às tradições religiosas e o respeito à vida, recorremos à Visão Holística e Abordagem Transdisciplinar, em seus pressupostos básicos, que incluem a política, a economia, a religião e demais áreas de atividades humanas, num movimento de síntese capaz de promover a paz entre os opostos e cuidar do ser humano integral. O requisito fundamental para esta síntese é a dissolução da fantasia de separatividade gerada pelo Ego, que nos impede de ver o outro como expressão do mesmo Ser Divino que nos habita, apenas manifestando aspectos diversos de nossas crenças religiosas e ideologias políticas. 
Tal proposta nos exige autoconhecimento e elevação de consciência, para que possamos alcançar a transreligiosidade e o transpartidarismo capazes de nos permitir transcender e fazer política, sem as paixões que nos levam a querer impor ao outro nossas crenças religiosas e ideologias partidárias. Se conseguirmos falar de espiritualidade sem citarmos religiões; se conseguirmos falar de política, sem citarmos partidos, estaremos exercendo nossa sublime missão de promotores da paz, redimensionando nossas visões de mundo e sociedade, a partir dos valores essenciais de solidariedade, honestidade, respeito e compaixão... Contexto propício ao surgimento do "Terceiro Incluso" definido pela Física Quântica, como a energia resultante do encontro entre diferentes propostas civilizatórias.
Com base nos estudos da Psiconeurolinguística sob o enfoque da ATH-Abordagem Transdisciplinar Holística, podemos perceber, pelos verbos utilizados, qual o estado de consciência que orienta nossas ações, junto à comunidade, para a construção da paz. 
Os verbos ter, possuir, reter... Expressam os desejos materiais do primeiro estado de consciência, no qual tendemos a acumular bens ou nos proibirmos de possuí-los.
Os verbos seduzir, atrair, satisfazer... Expressam os desejos sexuais do segundo estado de consciência, que nos levam a querer usufruir das benesses da vida, sem maiores responsabilidades, ou manter-nos aprisionados ao sofrimento.
Os verbos mandar, obedecer, opor, resistir, combater, lutar, dominar... Expressam os desejos de poder do terceiro estado de consciência, onde tendemos a querer somente mandar nos outros, ou somente nos submetermos à dominação externa.
Os verbos amar, cuidar, acolher... Expressam o afeto do quarto estado de consciência, a partir do qual desejamos o bem do outro e podemos qualificar amorosamente os três desejos anteriores, geradores da maioria dos conflitos humanos, relacionados a dinheiro, sexo e poder. O amor nos coloca fora das oposições e, ao mesmo tempo, permite-nos atuar harmoniosamente sobre elas, para que o diálogo entre os opostos possa acontecer.
Os verbos compreender, superar, avaliar, ponderar, julgar... Expressam os desejos do quinto estado de consciência da racionalidade, no qual avaliamos se o outro está certo ou errado, segundo nossos conceitos e preconceitos.
Os verbos intuir, visualizar, inspirar, vibrar... Expressam a intuição característica do sexto estado de consciência, através do qual o Divino pode orientar nossas ações, de acordo com as Leis Evolutivas. 
Os verbos compartilhar, mentalizar, doar, expandir... Expressam a espiritualidade característica do sétimo estado de consciência, que nos conduz à compaixão por tudo e por todos, até mesmo por aqueles que ainda julgamos, a partir de nossa visão imperfeita, como não merecedores.
Se nós queremos contribuir para a paz em nosso planeta, precisamos elevar nossos estados de consciência, entrando em sintonia com o Divino dentro de nossos semelhantes, para que nesse nível de Unidade com tudo e com todos, possamos nos conectar com o melhor do outro, alcançando a comunicação sutil da Unidade.
Com esse objetivo, convido a todos para que, em nossas meditações e orações noturnas, procuremos identificar em que estado de consciência estamos vibrando, para que possamos nos elevar, expandindo a PAZ para os opositores em todos os pontos do planeta, pedindo que o Divino ilumine a mente e o coração de cada um, dissolvendo os desejos inferiores que fomentam as guerras. Pedindo, principalmente, que o Divino ilumine a cada um de nós, para que possamos ser instrumentos de PAZ, atuando no mundo a nossa volta, como promotores da síntese e integração entre o melhor de cada aspecto diverso. Que depois disso, possamos nos recolher e ouvir as orientações do Divino, no silêncio de nossas mentes inquietas e polemizadoras. Se este artigo tocou o seu coração, comente, compartilhe e seja um  instrumento de PAZ na Terra.

                Sueli Meirelles, Nova Friburgo 15/01/15
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