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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

RECEITA DE RELACIONAMENTO


        Em tempos de transição civilizatória, as relações afetivas também sofrem transformações. Se antes, havia um mapa de aproximação, correspondente ao próprio processo de desenvolvimento da personalidade, começando pelo olhar, beijar, tocar, até chegar ao relacionamento sexual, hoje, os casais atropelam esta sequência, com envolvimentos sexuais precoces, sem a prévia avaliação da compatibilidade de perfis.

Depois de três mil anos de Patriarcado, há uma grande diferença na criação de meninos e meninas: Os meninos são educados para focar trabalho e sexo, enquanto as meninas, desde a mais tenra idade, são condicionadas para o cuidado com os filhos e a busca de relações estáveis. Somente no século passado, as mulheres abriram espaço para a vida profissional. Assim sendo, se homens são de Marte e mulheres são de Vênus, como o convívio entre ambos poderá ser harmonizado? Em tempos de “ficar” sem compromisso, uma espécie de “Contrato Secreto do Relacionamento” é instalado inconscientemente. Modelos parentais, expectativas e objetivos de vida não revelados ao parceiro, começam a gerar insatisfações de parte a parte, até o rompimento definitivo. Caso não tenham gerado filhos, os ex-parceiros seguem seus caminhos de vida, na expectativa de encontar o modelo idealizado. Quando um filho resulta da frágil relação, o vínculo parental torna-se permanente, pelo menos até a maioridade do pequeno. Diante deste quadro, que critérios podem abalizar a escolha de um bom companheiro ou companheira? Então, vejamos:
1.       Em primeiro lugar é preciso tornar explícitas as expectativas de ambos os parceiros. O possível candidato também busca um relacionamento estável ou quer apenas uma amizade colorida?
2.       Quais os modelos conjugais, herdados de pai, mãe e avós?
3.       Ser bom marido ou boa esposa significa fazer o que, na opinião de cada um?
4.       Viver a dois significa fazer o que, especificamente?
5.       Há desejo de progresso em comum? De construção de um caminho a dois ou está bom do jeito que está?
6.       Os objetivos de vida combinam?
7.       Há afinidades de gostos?
8.       Há tolerância suficiente para lidar com os aspectos negativos do outro?
9.       Se for o caso, como lidar com as interferências de um ex-cônjuge?
10.   Qual a disponibilidade para acolher possíveis enteados?
Como relacionamentos são construídos no dia a dia do convívio, cada casal precisará encontrar sua própria receita de convivência, para que o relacionamento possa ser duradouro. Pense nisso!

                                               Sueli Meirelles, em Nova Friburgo, 23 de Janeiro de 2020.

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quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

A VERDADEIRA PREVENÇÃO - Saúde Integral



            Na Idade Média, os alquimistas dedicaram suas vidas à descoberta do elixir da eterna juventude. Fazendo uma interpretação literal dos textos ocultos, acreditavam que iriam desvendar o segredo da vida, ao reduzir qualquer estrutura aos seus elementos constituintes. Dessa forma surgiu a química, base de toda terapia medicamentosa, cujo principal objetivo é o alívio de sintomas. Por esta influência histórica, o conceito de prevenção em saúde sofreu uma séria distorção. Em nossa cultura mecanicista, as “casas de saúde” e os “planos de saúde” dedicam-se exclusivamente à descoberta, combate e controle das doenças que “atacam” o organismo humano. Prevenir tornou-se sinônimo de realização periódica de exames, cada vez mais sofisticados, para verificar se o mal já se instalou. O que efetivamente se instala, com este modelo científico já tradicional, é uma verdadeira psicologia do medo, segunda a qual o paciente (passivo) está sempre à mercê de ser acometido por velhas e novas doenças, que o espreitam de todos os lados da estressante vida moderna. Esta visão de saúde e doença é uma crença aceita por consenso da mente coletiva da sociedade atual e compartilhada tanto pela maioria dos especialistas como entre os leigos no assunto. Dessa forma perdeu-se a via de conexão que interliga o ser pensante e ativo, aos processos bioquímicos do próprio organismo. O doente deixou de ser responsável pela construção de sua doença e passou a aguardar, passivamente, o auxílio externo da mega-indústria farmacológica que, em nome da ciência oficial, promete o milagre de aliviar as suas dores – as do corpo e até mesmo, as da alma. Pseudoprotegido por todos os novos recursos tecnológicos, o paciente pode então se entregar a todos os desatinos gerados pelo desconhecimento de sua responsabilidade pela preservação de sua saúde: Ele fuma e faz exames regulares para prevenir o câncer de pulmão; tem vida sedentária e toma medicamentos para facilitar a circulação sangüínea; tem vícios alimentares e faz uso de complementos vitamínicos... A lista pode ser infinita. Com este padrão comportamental, o incauto paciente exime-se de qualquer responsabilidade, contribuindo, inexoravelmente, para o aumento dos já fabulosos lucros laboratoriais e farmacológicos, sem perceber que, diariamente, está criando e alimentando suas doenças. Alguns chegam a tomar medicamentos, mesmo acreditando que não irão se curar e que a velhice os aguarda com o acréscimo de mais alguns inevitáveis padecimentos.
             Mesmo levando-se em consideração os fatores externos, tais como condições sócio-ambientais, a prevenção da saúde depende, diretamente, do estilo de vida de cada pessoa, e da dinâmica que ela estabelece, em sua relação com o mundo. Fatores como alimentação equilibrada, exercícios físicos, sentimentos de plenitude afetiva e sexual, realização profissional, projetos e ideais de vida, bem como o sentimento de pertinência a um grupo e valorização social, contribuem para a ativação cerebral da produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar correspondente à condição de ser saudável.
            Acima de tudo, as crenças que direcionam a vida de uma pessoa constituem uma programação mental positiva ou negativa, que influencia diretamente o estado de saúde ou de doença. Estes estados mentais, atuando sobre o hipotálamo – centro das emoções no cérebro – geram cargas emocionais, positivas ou negativas, que serão transformadas em comandos bioquímicos que, através da hipófise, serão enviados a todo o sistema glandular, afetando os órgãos que constituem os diferentes sistemas do organismo.
            A verdadeira prevenção de saúde, portanto, implica numa avaliação global de todo um estilo de vida, dentro do qual os sintomas aparecem como sinais de alerta de que determinados setores de interação entre o indivíduo e o seu meio ambiente precisam ser revistos e reorganizados, quer seja em relação a aspectos externos ou internos.
            Em condições ideais, um organismo saudável interage positivamente, em termos físicos, emocionais, mentais e espirituais com o mundo ao seu redor. Ser saudável significa estar a salvo de toda e qualquer influência que possa desequilibrar os diversos sistemas orgânicos. Ser saudável, também significa alcançar um estado de consciência em relação ao sentido de sua própria existência no mundo, encontrando o próprio eixo, em torno do qual a vida como um todo irá se desenvolver, num processo de auto-realização e plenitude, que irá se refletir por todo o ser, tornando este organismo muito mais resistente a qualquer tipo de doença.
(*) Professora, Pesquisadora de Fenômenos Psicoespirituais E Especialista em Psicologia Clínica. Criadora do Método Meirelles de Reprogramação Mental. Escritora e Palestrante.
Site: www.suelimeirelles.com
Email: suelimeirelles@gmail.com
Whtasapp: 55 22-999557166

domingo, 5 de janeiro de 2020

EMERGÊNCIA ESPIRITUAL - COACH ESPIRITUAL


Quando escrevo, tenho por hábito pesquisar o significado lingüístico dos conceitos. Isto nos permite aprofundar, clarificar e ampliar a compreensão daquilo sobre o que estamos falando.
Neste artigo, coloco foco no termo Emergência. Então, vejamos o que nos diz o dicionário: “Emergência é um termo que expressa o ato de emergir, aparecer, nascer; tem o sentido de acontecimento inesperado;  de gravidade excepcional, que requer ação ou reação imediata ou ainda, urgente. Em Psicologia, representa a passagem de um padrão de comportamento a outro, no processo de crescimento de um organismo vivo. Em Filosofia, significa o aparecimento de propriedades novas e superiores àquelas que são habituais, como padrões de pensamento. Emergência é sinônimo de aparecimento, imprevisto, incidente. Ocorrência, surgimento”... [1]
O termo Espiritual, por sua vez, nos remete à compreensão de “tudo aquilo que transcende o mundo material; refere-se ao que é da natureza do espírito; incorpóreo; vida espiritual; relativo à religião; à vida devota; relacionado aos exercícios espirituais e ao poder espiritual; é sinônimo de místico, incorpóreo, imaterial, abstrato”.[2]
A partir da compreensão dos conceitos, podemos então discorrer sobre o significado da “Emergência Espiritual”, dentro do contexto da sociedade de hoje e considerando os fenômenos de ampliação de consciência, tão freqüentes a partir do ingresso planetário, no quinto estado de consciência do mundo informacional. O que isto quer dizer? Quer dizer que a cada dia mais e mais pessoas abrem suas memórias de inconsciente profundo, sentindo-se confusas, tanto pela emergência de suas experiências de outras existências, como pelo aumento da sensibilidade em relação ao bombardeio informacional, vindo de uma sociedade em pleno processo de mutação civilizatória.
Se você tem experimentado sensações de peso ou desconforto, confusão mental, stress, depressão, ansiedade, sentimentos de tristeza ou irritação, sem correlação com os acontecimentos de sua vida, você pode estar captando emoções de outras pessoas, ou de ambientes; se também está passando por um momento de intenso desafio em sua vida pessoal, que o (a) desaloja da sua zona de conforto, obrigando você a buscar novas soluções para problemas que se tornaram crônicos em sua vida ou se você está tendo percepções extra-sensoriais, com as quais não está sabendo lidar, entre em contato, de onde quer que você esteja e dê início a esta experiência transformadora, abrindo novos caminhos para expressão de seus potenciais de realização e faça do ano de 2020 o melhor ano da sua vida: O ano em que você pode reatar a conexão com o seu Eu Superior e com a sua missão de vida. Afinal, o que você veio fazer no Planeta? Pense nisso!
                                          Sueli Meirelles, de Nova Friburgo/RJ, em 06/01/2020.
Professora e Especialista em Psicologia Clínica (Hipnose Ericksoniana e Regressão de Memória). Criadora do Método Meirelles de Reprogramação Mental, Consultora em Desenvolvimento Humano, Saúde Integral, Ecologia Integral e Educação para a Paz. Escritora e Palestrante em Instituições e Congressos Nacionais e Internacionais.
 Membro da AME-Associação de Médicos Espíritas/NOVA FRIBURGO. Palestrante Convidada do Projeto CES-Ciência, Espiritualidade e Saúde/UFF- Campus Nova Friburgo.Membro da ALUBRAT-Associação Luso Brasileira de Psicologia Transpessoal. Membro do CIT-Colégio Internacional de Terapeutas.


Mais Informações:
Vídeo sobre Coach Espiritual: https://www.youtube.com/watch?v=TJhwXc_3Loo&t=22s
Vídeo sobre Autoconhecimento: https://www.youtube.com/watch?v=W4fRyLJqF80
Blog Carrossel de Luz: http://carrosseldeluz.blogspot.com/
Primeira Live de Estudos do Carrossel de Luz: https://www.facebook.com/drasuelimeirelles/videos/2304164179840003/


quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

A PAZ É O CAMINHO



Há alguns anos atrás, realizamos no Centro Social São Vicente, em Nova Iguaçu/RJ, uma apresentação das crianças da creche,  em rede com o Festival Mundial da Paz, promovido em Florianópolis/SC, por iniciativa de Dulce Magalhães, Doutora em Filosofia e Diretora da UNIPAZ - Florianópolis. 
Pela quantidade de pessoas mobilizadas para o evento, podemos perceber que este é um desejo que vem crescendo dentro de todos nós.  Podemos até mesmo dizer que, neste momento, a maior parte da humanidade quer paz. Mas será que alguma vez, paramos para refletir sobre a paz, em seus significados mais profundos?  Sabemos realmente o que é paz? Como podemos contribuir para a construção da paz no mundo, se algumas vezes nos sentimos tão impotentes, diante de tudo o que acontece?
.Segundo Mestre Aurélio, o Dicionarista, a paz pode ser definida como ausência de conflitos entre pessoas, grupos sociais ou nações, e entendida como sinônimo de serenidade. E serenidade, por sua vez, é por ele definida como “tranqüilidade de espírito”. Partindo destas definições, podemos compreender que a construção da paz começa dentro de cada um de nós, quando identificamos os conflitos existentes entre nossas partes psíquicas, que tentam se sobrepor umas às outras, pelo domínio de nossas personalidades, muitas vezes nos levando a agir de maneira diversa do que pretendíamos, gerando arrependimentos e culpas posteriores. A serenidade de espírito, por sua vez, implica em que possamos utilizar a razão e a emoção, de forma equilibrada, em nossas ações. Implica também na aceitação do princípio de que a vida é regida por Leis Sábias, por trás do aparente caos, e que tudo está certo no seu momento do tempo. Como estados de consciência que somos, fazemos o melhor que podemos, de acordo com aquilo que sabemos, em cada momento de nossas vidas. O que nos parece correto, num determinado momento, pode vir a ser considerado errado, quando alcançamos um estado de maior maturidade. Esta consciência contribui para que paremos de gastar energias desnecessárias, tentando parecermos melhores do que realmente somos, preocupados com a imagem que queremos passar para os outros. Por isso, o primeiro passo para alcançarmos a serenidade que nos conduz à construção da paz, implica na auto-aceitação, porque, na realidade, não somos maiores nem menores do que aquilo que realmente somos. Esta autenticidade é fator primordial para que alcancemos a paz dentro de nós mesmos.
Quando tomamos consciência de que faz parte da condição humana errar e acertar, podemos nos tornar mais compreensivos diante das dificuldades dos nossos semelhantes; podemos parar de criticá-los e julga-los segundo os nossos padrões, embora não tenhamos que ser coniventes com aquilo que fere os nossos princípios, e nem nos submetermos ao que, de alguma forma, venha a nos trazer algum tipo de constrangimento.
  Na construção do caminho da paz, o primeiro passo da auto-aceitação nos conduz ao segundo passo da aceitação incondicional dos nossos semelhantes, naquilo em que cada um deles é diferente de nós; naqueles aspectos em que eles não atendem às nossas expectativas. Esta aceitação incondicional nos ajuda a nos desidentificarmos com os erros alheios, aos quais, muitas vezes, nos mantemos aprisionados, através de mágoas e ressentimentos.  Quando alcançamos este estágio de aperfeiçoamento, passamos a  conviver melhor com os nossos familiares, amigos e colegas de trabalho, começando a construir a paz em torno de nós. Este exercício de convivência pacífica por sua vez nos habilita gradualmente a expandir este novo estado de consciência para relacionamentos mais amplos, dando o terceiro passo para a construção de uma grande rede de paz, que vai crescendo por toda a comunidade, pelo estado, pelo país e pelo continente, até envolver todo o planeta.
Estudos recentes sobre o inconsciente coletivo da humanidade mostram que, quando 10% das pessoas que integram uma população desenvolvem um novo padrão de comportamento, este se expande por toda a espécie. Dessa forma podemos alimentar a esperança de que nossa contribuição pessoal possa ser significativa e que, todas as pessoas que conseguirem desenvolver a paz, dentro de si mesmas, e ao seu redor, estarão efetivamente caminhando em direção à paz.

(*) Sueli Meirelles - Professora, Pesquisadora e Fenômenos Psicoespirituais e Especialista em Psicologia Clínica (Hipnose Ericksoniana e Regressão de Memória. Criadora do Método Meirelles de Reprogramação Mental. Escritora e Palestrante.
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