Servir tem o
sentido de trabalhar em favor de alguém. Para Roberto Crema[1], Reitor
da Unipaz[2], “O
serviço é o viço do ser”, propondo-nos o serviço voluntário como fator de
jovialidade e entusiasmo. No dicionário online, encontramos as seguintes
definições, que nos ajudam a desenvolver um novo olhar sobre este “Caos” que
predomina em momentos de mutação civilizatória: Confusão geral dos elementos
da matéria, antes (nosso grifo) da suposta criação do Universo, do
aparecimento dos seres, da realidade ou da natureza; cosmos. [Figurado] Estado
de completa desordem, confusão de idéias; amontoado de coisas que se misturam;
desorganização mental ou espacial. [Filosofia] Condição
desordenada que, pela tradição platônica, é anterior ao demiurgo[3].
[Geologia] Amontoado de blocos de certas rochas,
que se formam como conseqüência da erosão. [Física] Sistema
sem estabilidade, dinâmico, que se altera no tempo a cada pequena alteração das
suas condições iniciais.[4]
A reflexão sobre tais definições conduz-nos à compreensão
da importância do momento que estamos vivendo. Se este momento antecede uma
nova criação e somos co-criadores com Deus; se somos regidos por um Princípio
Inteligente que nos habita e dá vida, nosso pensamento criativo dispõe de um
imenso reservatório de matéria prima, para que possamos desenvolver novos modos
de vida e de relacionamento. Estamos num momento de reforma planetária, em que
o aparente caos nos oferece infinitas possibilidades de novas organizações e
sistemas. Mas, assim sendo, quais os critérios fundamentais para essa nova
organização? Que competências e habilidades precisamos desenvolver, para
servirmos no caos? Através das próprias definições dos termos, constantes das
referências, o autoconhecimento se afigura como o primeiro passo da caminhada.
Através dele, descobrimos nossa própria Luz Interior e iluminamos os cantos
escuros de nossas almas, dissolvendo o orgulho, a vaidade, a inveja, intolerância,
ganância, egoísmo... Nossas crenças auto-limitantes que alimentam o medo da perda
de tudo aquilo que mais desejamos e nos apegamos. Cumprida esta etapa de
limpeza interior, conseguiremos desenvolver sentimentos de amor incondicional,
solidariedade e compaixão, atravessando as limitações dos quatro primeiros
estados de consciência, geridos pelo desejo material, sexual, desejo de poder e
apego afetivo, despertando para o quinto estado de consciência, o psíquico, o
poder do verbo, entrando nesta quinta dimensão da era informacional, mas também
dos conflitos de idéias entre os opostos, que precisam ser integrados como
complementares. Como nos ensinou Jean-Yves Leloup[5], co-fundador
do CIT – Colégio Internacional de Terapeutas[6],
juntamente com Pierre Weil[7], depois
do mergulho interno do autoconhecimento é preciso retornar “ao mercado”; ao caos
civilizatório, no qual, a partir das experiências atravessadas, poderemos
compartilhar com nossos semelhantes, as aprendizagens recolhidas e a descrição
do caminho percorrido, transitando do conhecimento à sabedoria e da sabedoria
ao verdadeiro amor, esta força agregadora que sustenta os universos. Na prática
diária, poderemos também funcionar como suportes de fé, estabilidade e equilíbrio
diante das situações adversas que se apresentarem. Quanto mais pessoas
conseguirem fazer isto, mais suave será a travessia para a nova consciência
planetária e mais rápida será a reestruturação social.
Como percebemos, o tema é vasto e profundo,
desdobrando-se em muitas outras reflexões e partilhas. Que este momento de caos
possa realmente ser o vazio fértil que irá nos conduzir a novos modelos
civilizatórios.
Quem atende ao chamado e se dispõe a servir, com a
alegria vivenciada no décimo primeiro estado de consciência, que antecede a
possibilidade de síntese?...
Sueli Meirelles[8], em Nova
Friburgo, 05 de Agosto de 2017.
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[3][3]
Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/demiurgo/
Artífice
ou criador, divindade responsável pela criação do universo físico, segundo os
gnósticos. Em trabalhos de Platão, cerca de 360ac, é uma divindade ou força
criativa que deu forma ao mundo material. Já no Gnosticismo, uma divindade
subordinada à Divindade Suprema, algumas vezes considerada como o criador do
mal outras vezes um ser imperfeito que criou o mundo material e que impede as
almas humanas de voltarem a se integrar a Divindade única no Pleroma. No gnosticismo, a Divindade suprema e única
se manifesta no Pleroma em pares, Erons, masculinos e femininos de divindades,
chamados de Arcontes. Uma dessas Arcontes, Sophia (a Sabedoria), tenta prematuramente
voltar á unidade sem o seu par e caí da Pleroma. Essa queda provoca o desejo de
voltar e a paixão pelo seu par que a fecunda. Como resultado fica grávida e dá
a luz a seres imperfeitos chamados Arcontes. O Demiurgo cria o
mundo material, o cosmo, e torna-se o chefe dos arcontes, aprisionando a alma,
que são emanações de Shofia da Divindade Suprema, dentro do corpo material
humano e exigindo que os homens o adorem como Deus Supremo e único
(Jeová).
Libertada com ajuda de um Arconte que se rebela contra o Demiurgo, Sophia retorna a Pleroma e envia para o mundo da matéria o seu par, Cristo, para ensinar as almas como retornar á Pleroma através do autoconhecimento (gnosticismo).
Libertada com ajuda de um Arconte que se rebela contra o Demiurgo, Sophia retorna a Pleroma e envia para o mundo da matéria o seu par, Cristo, para ensinar as almas como retornar á Pleroma através do autoconhecimento (gnosticismo).
Pleroma: O Gnosticismo ensina que o mundo é controlado por Arcontes,
dentre os quais está, segundo algumas versões do Gnosticismo, a divindade do
Antigo Testamento, que mantém cativos alguns aspectos humanos, acidentalmente
ou de propósito. O Pleroma celeste é a totalidade de tudo o que é considerado
pela nossa compreensão como "divino". O Pleroma é muitas vezes
referido como sendo a luz que existe "acima" do nosso mundo, ocupado
por seres espirituais que se emanaram do Pleroma. Estes seres são descritos
como Aeons (seres eternos) e, algumas vezes, como Arcontes. Jesus é interpretado
como um Aeon intermediário que foi enviado, juntamente com a sua contraparte
Sophia (gnosticismo), do Pleroma. Com a ajuda deles, a humanidade seria capaz
de recuperar o conhecimento perdido de suas origens divinas e assim recuperar a
unidade com o Pleroma. O termo é, portanto, um elemento central da cosmologia
religiosa Gnóstica. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pleroma
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