Tradução

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

REFLEXÕES SOBRE 2018

         Em tempos modernos, podemos perguntar: _Afinal, o que é o tempo? Ou melhor:_ Para que servem as medidas de tempo? Se considerarmos que o conceito de tempo é relativo ao percurso de um determinado espaço, navegando na Internet, temos tempos zerados, como proposto pelo conceito de  Buraco de Minhoca, de Albert Einstein e Nathan Rosen, cientistas que defenderam a teoria da existência de portais, que nos permitem viajar numa dimensão atemporal, ou ligar diferentes regiões do espaço, ao mesmo tempo.[1] Será o tempo uma ilusão no mundo tridimensional?... Em minha prática profissional, vivo a realidade de saltar no tempo, entre consultas com clientes fisicamente residentes em diferentes pontos do Brasil e do Exterior, sem os contratempos de percursos de espaços, anulando os fusos horários. Será esta uma forma de viagem no tempo?...
                Quando pesquisamos sobre as medidas de tempo, encontramos os diferentes tipos de calendários, seguidos por diferentes povos do Planeta: O Calendário Solar por nós utilizado no Ocidente, marca as 24 horas necessárias para que a Terra dê uma volta em torno de si mesma (um dia) e os 365 dias necessários para que a Terra dê uma volta em torno do sol (um ano).[2] O Calendário Lunar considera os doze ciclos lunares de 29 dias e inclui um décimo terceiro mês.[3] . Nele, não existem anos bissextos. Então, por que seguimos o Calendário Solar, instituído pelo Papa Gregório, no Séc. V da Era Cristã? Sem querer confundir os leitores, pergunto: _Afinal, temos 12 ou treze meses no ano? Seria o Calendário Lunar o mais correto? Cabe lembrarmos a influência lunar sobre as marés, Plantações, gestações... E, possivelmente, sobre nossos estados mentais e emocionais.
                Mas diante de tantas incertezas, descobrimos que a marcação dos dias e horas, permite-nos a organização da vida diária, e este é um bom motivo para termos agendas e calendários. Os ciclos também nos permitem a despedida do passado, a revisão das aprendizagens evolutivas, as aplicações dos ensinamentos, no tempo presente e a construção do futuro. De posse dessas informações, em meio a todas as mutações que caracterizam este momento planetário, o que podemos agendar para o ano de 2018? Segundo a Teosofia, o 18(9) simboliza a transformação. Que transformações podem vir a acontecer? Se consideramos que vivemos  num mar de pressões sociais, precisamos nos lembrar que temos os remos do nosso Livre Arbítrio. Para onde queremos remar? Que rumos queremos dar as nossas vidas e, a partir desse direcionamento interior, que influências queremos exercer sobre o nosso entorno, como seres determinantes e determinados pela sociedade em que vivemos? Com certeza, 2018 será um ano de muitas e importantes definições para todo o povo brasileiro. Como ficará a economia brasileira? Qual será o nosso destino político? Quais as conseqüências das nossas escolhas e dos nossos votos?... Há muito sobre o que refletirmos!...
                Que este novo ano possa nos trazer a força impulsionadora de sinergia e comunhão, para que, juntos, possamos transformar, positivamente, nossas vidas pessoais, nossas relações familiares, profissionais, nossa sociedade e nosso país! Que seja um ano muito abençoado pelos Arquétipos de Arcanjo Samuel[4] e Arcanjelina Caridade, Patronos do Brasil, fortalecendo a vontade do nosso povo, para a criação de um Novo Tempo, que ponha fim à corrupção e às injustiças sociais, manifestando uma realidade mais próspera e harmoniosa. QUE EM 2018 TENHAMOS O QUE COMEMORAR!!!

Sueli Meirelles: Professora, Pesquisadora e Especialista em Psicologia Clínica (UGF-1986). Escritora e Palestrante. MBA em Educação para a Paz (UNIPAZ-2005). Site: http://www.suelimeirelles.com Email: suelimeirelles@gmail.com


sábado, 23 de dezembro de 2017

DÊ SIGNIFICADO AO SEU NATAL - Palestra Online 21/12/17


Nesta palestra, Sueli Meirelles, Professora, Pesquisadora,Especialista em Psicologia Clínica. Escritora e Palestrante, fala sobre os principais aspectos do Natal: 
1. O Ambiente
2.A Ceia
3.A Oração
4. A Celebração
5. A Comunhão
6. A Alegria

Para saber mais sobre os símbolos do Natal, acesse: https://www.youtube.com/watch…


Artigo sobre o tema: http://sueli-meirelles.blogspot.com.br/…



Site da Autora: www.suelimeirelles.com


Agendamento de Consultas: (22) 999.557.166


Esta live ficará disponível no canal de Sueli Meirelles no Youtube:
https://www.youtube.com/…/MEIRELLESSUELI



Acesse este link e assista a Live: https://www.facebook.com/sueli.meirelles/videos/10208380746954548/

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

UM CASO DE AMOR PATERNO - Conto

                       
                                                    
          Tequinho parece até sorrir,
     no aconchego do colo de Papai Pipo.

            No decorrer do dia, entre nossos afazeres, ouvimos um gatinho miando, insistentemente, na rua, mas não lhe demos nenhuma atenção. Á noite, nós fomos ao cinema, assistir o Auto da Compadecida, e quando retornamos à casa, o gatinho, já rouco, continuava miando, agora desesperado. Durante o jantar, minha filha, indignada, nos disse: _Como é que vocês podem comer, sabendo que o gato está morrendo de fome? Meu marido contestou, dizendo-nos que animais de estimação nos prendem ao compromisso, quando queremos viajar. Minha filha e eu argumentamos que somente pegaríamos o animal se fosse uma fêmea; que iríamos cuidar dela, até que ficasse bonita, e depois a daríamos para alguém que a quisesse. Vencendo a oposição masculina, e ainda um pouco a seu contragosto, decidimos ir buscar o filhote, mesmo que fosse temporariamente.
            Minha filha pegou um pano de chão e desceu as escadas do nosso apartamento, para recolher o animalzinho, que não ofereceu a menor resistência para ser acolhido, embora estivesse muito assustado e com o coração aos pulos...
            Foi assim que conhecemos você, gato Pipo! Mas naquele momento, em função de nossa ignorância sobre o sexo dos gatos, pensamos que você fosse uma fêmea, e lhe demos o nome de Pepita. Pegando você no colo e percebendo o quanto estava assustado, ainda sujo e enrolado no pano de chão, aconcheguei-o ao meu peito, envolvendo-o com amor e acolhimento. Você levantou a cabeça, olhando-me firme, com seus belos olhos verdes, como se me indagasse: _ O que é isto que você está fazendo? Com certeza, esta era a sua primeira experiência de contato com a força morna e acolhedora do amor...
Durante a noite ficamos preparados para ouvir os seus miados de filhote, mas depois do aconchego e do pote de leite, você dormiu a noite toda, talvez pela primeira vez, numa caixa de sapato improvisada como cama, num cantinho do banheiro do terraço. No dia seguinte, você amanheceu totalmente sem voz, pelo desgaste dos últimos dias. Mas seus insistentes miados não foram em vão! Resultaram em acolhida, dando-nos uma primeira lição de que a persistência é uma virtude necessária, quando queremos alcançar nossos objetivos.
            Nos dois primeiros dias você caminhava pelos cantos dos cômodos, ainda ressabiado em relação a nós humanos, talvez pelos maus tratos sofridos na rua. Depois, foi ocupando o seu espaço, até se tornar o dono da casa e de nossos corações. Na clínica veterinária, descobrimos que você era um macho e retificamos nosso erro de identificação, trocando-lhe o nome para Pipo. Antes, queríamos uma fêmea, por ser mais dócil e caseira, mas agora era tarde demais para resistir à sua conquista. Você agora é o nosso Pipusco.
            Quando sua “prima” Dorothy, uma bela fêmea siamesa veio nos visitar, você viveu sua primeira paixão de adolescente, fazendo-lhe a corte com as mais belas poses que já havíamos visto. Você era realmente um gentleman, mas isto não foi suficiente para ultrapassar o preconceito racial, e você foi recusado por sua “sogra”, por ser um gato vira-latas, embora agora com a mesma condição social, cheiroso e de banho tomado. Sua “Mamãe” cuida bem de você. Esta sua nova condição social também lhe trouxe sérios problemas na rua. Depois de despertado pelo amor a Dorothy, você fugia todas as noites, ou até mesmo por vários dias, para voltar arranhado, cortado e machucado em suas disputas pelas fêmeas da noite. Na verdade, você não sabia mais brigar, e suas unhas eram aparadas, para não arranhar os sofás. Preço pago por ter se tornado um gato de estimação!...
            Certo dia, ao retornar a casa, pela manhã, você chegou acompanhado por um filhote que, soubemos mais tarde pela veterinária, só poderia ser seu, porque os machos não aceitam outros machos em seu território, a não ser que sejam de sua própria cria. Nessa segunda lição de vida, você ensinou a todos nós, humanos, que os pais felinos são responsáveis e pagam “ração alimentícia”, sem que isto precise lhes ser exigido na justiça. Você fez isto por instinto de amor e proteção ao seu filho Tequinho que, ao contrário de você, chegou à nossa casa com a consciência de seu direito de herança, tomando posse da “casa de papai”. Hoje, vocês dois moram juntos e compartilham conosco brincadeiras que só nos trazem alegria. Até mesmo o “Vovô”, que havia se mostrado resistente, agora é o primeiro a cuidar de vocês, com todo carinho. Com vocês, aprendemos uma terceira lição: _ ADOTE UM FILHOTE ÓRFÃO E SUA VIDA SERÁ PREENCHIDA COM MUITAS ALEGRIAS!...

 Compartilhe e divulgue o amor pelos animais. Eles merecem!

Dra. Sueli Meirelles - Professora, Pesquisadora e Especialista em Psicologia Clínica Transpessoal
Autora do Método Meirelles de Reprogramação Mental. Escritora e Palestrante
Site: www,institutoviraser.com
Email: suelimeirelles@gmail.com
Whatsapp: 55 22 99955-7166



quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

CARTÃO DE CRÉDITO DE PERDÃO - Palestra Online - 15/12/17 - Facebook

            Como de hábito, ao escrever, gosto de pesquisar dois magníficos livros de psicologia: O Dicionário e a Bíblia. Como a linguagem determina a visão de mundo, nada melhor do que conhecer os significados mais profundos dos termos, para uma compreensão mais precisa e aplicação na vida diária, mantendo a boa comunicação e  do bom relacionamento com os nossos semelhantes. Linguísticamente, perdoar[1] tem o sentido de: ato pelo qual uma pessoa é desobrigada de cumprir o que era de seu dever ou obrigação por quem competia exigi-lo.” Ou então: “Na Bíblia, a palavra grega traduzida “perdão” quer dizer literalmente “abrir mão, deixar ir embora. Perdoamos outros quando deixamos de guardar ressentimento. Além disso, abrimos mão de qualquer compensação pelas mágoas ou prejuízos que tivemos. A Bíblia ensina que o verdadeiro perdão nasce de um amor que não procura seus próprios interesses. Esse amor “não contabiliza os erros” (Coríntios 13:4,5) [2]
            Mas, voltando à lingüística, deixar o que ir embora? Observamos que na dinâmica do perdão existe um processo de julgamento do comportamento do outro, seja em termos de dívida financeira, moral, ética, emocional..., tendo como conseqüência a retirada do nosso afeto pela outra pessoa e a transformação desse afeto em ressentimento.  Então, perdoar significa sermos capazes de deixar que as expectativas frustradas em relação ao outro, possam ser levadas pelo rio da vida, para que as mágoas ou más águas não fiquem retidas em nossos corações. E este é um ponto fundamental no processo de perdoar, que se inicia com o acolhimento de nossos sentimentos negativos de raiva. desejo de revide ou mesmo vingança, como reações ao não atendimento de nossas expectativas.  Estes sentimentos precisam ser esvaziados, com humildade e reconhecimento de nossa imperfeição humana, ao esperarmos que o outro nos corresponda e siga nossos modelos de mundo, seja em ações ou sentimentos condizentes com nossos valores. Jean-Yves, Leloup[3], um dos Fundadores da UNIPAZ – Universidade Internacional da Paz nos ensina que “perdoar significa nos desidentificarmos com os erros do outro”; e também com nossos próprios erros. Significa que a liberação de nossos ressentimentos abre espaço para o novo em nossos corações, permitindo-nos seguirmos adiante, em nossos próprios caminhos, para que a atenção fixa no erro do outro não nos retenha; é preciso deixar que o passado realmente fique no passado.
            Compreendendo o sentido e o processo de perdoar, ainda precisamos identificar quem será o receptor do pedido ou da concessão de nosso perdão. Assim temos o perdão quádruplo:
1.     Perdoar a si mesmo (a): Para algumas pessoas, este primeiro tipo de perdão pode ser o mais difícil, porque tem como pré-requisito, a humildade necessária para que possamos nos reconhecer como seres falhos e imperfeitos. Aceitar justamente esta dimensão humana que tentamos esconder ou combater, na tentativa de alcançarmos a perfeição divina.

2.     Pedir perdão ao Deus, pelos próprios erros: Este segundo tipo de perdão, de certo modo, ainda está relacionado ao requisito de humildade, porque, se consideramos que não somos dignos de sermos perdoados, ficaremos nos flagelando emocionalmente, por sentimentos de culpa decorrentes de conceitos autopunitivos, como se o castigo fosse necessário para a nossa aprendizagem. Este é um padrão humano. Compreender que Deus é Pai Amoroso e que o nosso sofrimento não tem nenhuma utilidade para o Perfeito Plano Divino nos liberta da busca de autopunição desnecessária à nossa evolução.

3.     Pedir perdão a quem tenhamos prejudicado, com os nossos erros: A humildade e o arrependimento sinceros, decorrentes do reconhecimento de nossos erros, ajudam-nos a buscar o perdão daquele a quem tenhamos prejudicado, levando-nos a possível reparação de nossos erros. Daí a importância da reflexão diária sobre nossas ações, no contexto em que vivemos, tendo como foco a nossa própria evolução. Que possamos nos voltar para a reconciliação e o fechamento das situações conflituosas, pondo fim aos nossos remorsos e às mágoas daqueles que cruzaram os nossos caminhos diários.

4.     Perdoar àqueles que nos prejudicam, com seus erros: Tendo exercitado os três primeiros tipos de perdão, podemos alcançar a prontidão necessária para deixarmos que o rio da vida leve por água abaixo, os erros alheios, como espinhos que vão flutuando na correnteza do tempo, até se perderem no horizonte longínquo.

Assim livres dos sentimentos negativos em relação aos nossos erros e aos erros alheios, poderemos seguir a caminhada da vida, com os passos leves e harmoniosos gerados pela consciência de que tudo passa, deixando-nos a aprendizagem das experiências vividas. Para isso, recebemos um Cartão de Crédito Diário de 490 perdões... Com certeza, no decorrer da vida, nem precisaremos utilizar todos esses os créditos, mas aqueles que forem bem aplicados resultarão na aquisição da felicidade que não tem preço...

                        Sueli Meirelles, em Nova Friburgo, 15 de Dezembro de 2017.

Sueli Meirelles: Professora, Pesquisadora e Especialista em Psicologia Clínica (UGF-1986). Escritora e Palestrante. MBA em Educação para a Paz (UNIPAZ-2005).

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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

NATAL TODO DIA - Artigo



      Com o tempo corrido de hoje, estamos a menos de um mês do Natal e, gradativamente, no mundo virtual começam a circular as pequenas mensagens de Boas Festas, enquanto as lojas, já decoradas com enfeites natalinos, fazem promoções e lançamentos para aquecerem suas vendas... Mas, qual a origem destes festejos?
      Segundo os historiadores, as comemorações do Natal tiveram sua origem nos cultos pagãos da cultura celta, ao mito de  La Befana,  que no solstício de inverno, trazia em sua sacolinha dons benfazejos para o ano seguinte. Esta era uma festa voltada predominantemente para o culto da natureza e para os pedidos de colheitas fartas no ano vindouro, e este era o culto que predominava na Europa, por ocasião do nascimento de Jesus.
      Alguns pesquisadores acreditam que Jesus tenha nascido no mês de março, período do verão, pois os pastores não estariam com seus rebanhos no campo, em pleno inverno; provavelmente ele teria nascido em Março e a transferência da festa cristã para o mês de Dezembro, teria justamente como objetivo a sobreposição do ideal cristão aos festejos pagãos da época.
Com a primeira Revolução Industrial, na Inglaterra, o espírito de Natal, depois de um longo percurso histórico de altos e baixos[1], voltou a se perder novamente. A mentalidade da época era voltada para o trabalho e para o lucro financeiro. A regra vigente priorizava a produção e os ganhos financeiros,  sequer concedendo tempo efetivo de descanso aos operários; alguns patrões concediam apenas algumas horas livres aos seus empregados, nos finais de semana. Somente em 1837, a Rainha Vitória, da Inglaterra, casada com o Príncipe Albert, de origem alemã, incentivou a solidariedade e o amor pelo povo. A idéia de enfeitar a árvore de natal foi introduzida no país pelo próprio príncipe Albert, trazendo também, da Alemanha, o despertar do hábito de presentear as crianças, seguindo e exemplo do Cardeal Escandinavo, São Nicolau, que distribuía presentes às crianças pobres. A partir daí, a tradição do Natal expandiu-se por toda a Europa, chegando ao Brasil com a colonização portuguesa e com os imigrantes europeus, da forma como é festejada em nossos dias, ainda influenciada pela cultura de cada região da Europa: Alemães, portugueses, italianos, espanhóis etc., tão presentes na Nossa Friburgo, por influência da riqueza cultural das colônias de imigrantes.
Atualmente, o sentido do Natal vem sendo corrompido pelo consumismo propagado pelo comércio e pela mídia, sendo necessário resgatarmos novamente o seu verdadeiro significado de despertar do Ideal Cristão de solidariedade e amor entre todos os povos. Papai Noel, comandando os apelos midiáticos, puxa o trenó do consumo montanha acima, para frustração daqueles cujos parcos salários em tempos de crise, diminuem a lista de presentes. Assim, é preciso resgatar o espírito natalino, de solidariedade e vínculos afetivos, que podem fortalecer  o significado da celebração cristã.
Sob este enfoque, o Natal pode significar a reunião das famílias em torno da mesa, de modo mais frugal e simbólico, sem o sacrifício da vida animal, sem os excessos de bebidas alcoólicas ou custos elevados de presentes impessoais e obrigatórios, cujo pagamento será descarregado nos cartões de crédito, ao longo de vários meses do ano seguinte, sem que tenham, efetivamente, representado uma pura demonstração de afeto ou religiosidade.
Que tal tornarmos o Natal um hábito diário? Que tal trazermos para os nossos relacionamentos o presente de amorosidade, acolhimento, solidariedade, compreensão e unidade familiar? Que tal, no dia de Natal, pedir a cada familiar para escrever, numa pequena tira de papel, três coisas pelas quais possa agradecer e compor uma Oração Natal? Com certeza, muitas vezes deixado à sombra de Papai Noel, o Aniversariante do dia irá nos agradecer...
Muito mais do que o hábito repetitivo da reunião anual, que o verdadeiro Espírito Natalino, possa estar presente entre os seus familiares! Que em seu Lar, Seja Natal Todo Dia!

Para conhecer, na íntegra, a história e os símbolos natalinos, acesse o vídeo da Autora no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=lhx7IWywct4

Artigo publicado também no Jornal http://www.forumseculo21.com.br/principal.html

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Sueli Meirelles - Consultora, Professora, Pesquisadora e Especialista em Psicologia Clínica CRP 05/11601. Escritora e Palestrante.


quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

POESIA NO PARQUE - Live 07/12/17 - Lançamento do E-Book - Página pessoal Sueli Meirelles - Facebook

Para você que lê estas linhas:

Sabe como eu percebo a poesia? Do mesmo modo que as paisagens vistas durante o percurso de um trem. É como se, num lampejo, através da janela veloz, uma cena se descortinasse, podendo ser captada ou não, pela sensibilidade da câmera do viajante do tempo. A inspiração poética não tem hora nem lugar... Surge na mente, como uma paisagem que pode ser traduzida em palavras, que dançam em rimas saltitantes, evocando a emoção, como a água cristalina de um pequeno riacho que corre entre as pedras. O momento da composição é um momento mágico, que se não for captado naquele preciso instante, irá perder-se no percurso do trem ou ser levado pelo fluxo do rio da vida, como metáforas flutuantes de quem faz poesia. Seja pelo enlevo visual ou emocional, se deixarmos a poesia passar, perdendo o momento de inspiração, ela nunca mais irá retornar!...
Assim, estes poemas foram escritos nesses tempos fugazes e preciosos, em que a brisa suave ou o vento forte sopraram as palavras que expressavam sentimentos diversos de indignação, revolta, perplexidade, reflexão, amor, comunhão, gratidão ou bênçãos, diante de cada situação. Como a poesia fala por si mesma, não vou me alongar, mas vou iniciar esta série por um dos últimos poemas que eu escrevi, em estado de comunhão com o Divino, no dia em que completei sessenta e seis anos de idade e, ao abrir o Livro Sagrado, nele encontrei o versículo de Isaías-66.12, que me fez sentir muito, muito abençoada e inspirada.  
         Convido você a vir comigo até um parque muito especial, no qual habitualmente caminho e medito, pela manhã. Espaço sagrado da criação, no qual a água, o vento, o sol, as árvores, as flores e os pássaros, durante alguns anos, conduziram-me ao Reino da Poesia! Partindo da clareira da consciência, vamos descobrir as variações das múltiplas trilhas da poesia?...

                             Sueli Meirelles, em Nova Friburgo, 04/11/17

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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

NATAL EM JANEIRO - Conto

                Hoje quero compartilhar com vocês uma linda memória de infância: Há muito tempo atrás, por esta época do ano, mamãe já havia feito as compras para a nossa ceia de Natal, quando chegou a noticia de que minha avó e tia maternas estavam gravemente doentes. Com seu espírito solidário e cuidadoso, mamãe prontamente se ofereceu para cuidar da mãe e da irmã, partindo imediatamente para a casa delas, na antiga capital do Estado da Guanabara, onde ambas moravam sozinhas, depois do falecimento de vovô.
                Ao sair, mamãe nos disse: _ As compras estão aí! Façam a Ceia de Natal com seu pai. Quando elas melhorarem, eu voltarei! Mas aquela fala não caiu bem, em nossos corações! Em conversa familiar, decidimos que iríamos aguardar o restabelecimento de nossas familiares e o retorno de mamãe, para que a nossa ceia de Natal fosse realmente comemorativa. Nesta época tão distante, nós morávamos numa casa simples de zona rural, onde não havia luz elétrica, o que nos mantinha totalmente sem meios de comparação com os parâmetros dos acontecimentos externos. Longe de nos parecer que isto representasse um problema, vivíamos num mundo próprio, onde, fora os horários de estudo e trabalho, nossas diversões se reduziam à leitura de bons livros e animadas conversas de Domingo, em torno do café da manhã. Assim decidido, deixamos que o Natal passasse em branco e, sinceramente, não tenho nenhuma lembrança de como passamos o dia 25 de Dezembro. Acredito que tenha sido um dia comum, sem que qualquer sentimento de tristeza registrado, já que as notícias que recebíamos, sobre as melhoras da saúde de vovó e titia, através das visitas semanais de papai às doentes, eram animadoras. E assim se passaram cerca de trinta dias, até que mamãe, vovó e titia chegaram a nossa casa, sendo recebidas com imensa alegria. Qual não foi a surpresa delas, quando lhes comunicamos que não havíamos feito a Ceia, para que pudéssemos ter nossa Ceia de Natal com a presença de todos.
                Assim, no dia 25 de Janeiro daquele ano tão distante no tempo e jamais esquecido, fizemos nossa Ceia de Natal, quando, para minha alegria infantil, fui designada para distribuir os presentes dos familiares, os quais eu ia retirando de dentro de um saco vermelho, até que este estivesse totalmente vazio. Com expressão interrogativa, olhei para todos, procurando o meu presente de Natal, até que meu irmão mais velho, que era muito alto, afastou-se um pouco do móvel da sala, deixando que eu visse, atrás dele, uma linda e loura boneca.
                Hoje, quando penso que, segundo alguns historiadores, o mais provável é que o Mestre Jesus não tenha nascido em Dezembro, mas no mês de Março, eu me emociono ao pensar na criatividade daquela amorosa decisão, que fez com que o nosso Natal em Janeiro viesse a se tornar uma doce lembrança da nossa união familiar. Afinal, porque não podemos ter Natal em Janeiro, Fevereiro, Março...? Será que o Espírito Natalino precisa de uma data fixa no calendário anual?

                                                   Sueli Meirelles, em Nova Friburgo, 03 de Dezembro de 2017

Compartilhe o Espírito de Natal; compartilhe felicidade!
                     

                                    Site: www.institutoviraser.com