Sob olhar atento e habituado a ver a dimensão humana dos comportamentos e considerando ainda os cenários evolutivos, os movimentos de protesto assumem conotações mais profundas. O conceito de Resiliência[1] evidencia que uma corrente é um sistema tão forte quanto o seu elo mais fraco. A primeira lição que podemos extrair do presente momento, é que o Brasil, um país de dimensões continentais, tornou-se totalmente dependente do transporte rodoviário (mais caro e poluente), em detrimento das ferrovias (mais baratas e ecológicas). Quando iremos iniciar a construção da malha ferroviária brasileira, capaz de promover o turismo e transportar as riquezas nacionais?
Sob o olhar também atento de Agente de Transformações Sociais, percebemos que a história é construída pelo que muitos permitem que alguns poucos façam. Esta é a segunda lição: Se a maioria deseja o crescimento do nosso país, até quando iremos permitir que políticos partidários, gananciosos, corruptos e desacreditados estejam em postos de governança? Ainda sob este mesmo olhar, percebemos que os protestos dessa classe trabalhadora, que percorre o Brasil de norte a sul e de leste à oeste, foram ordeiros e solidários, sem as badernas e agressões vistas frequentemente nos noticiários de reinvindicacoes politicas. Quem realmente trabalha mostra a face e expõe seus motivos!
Sob o enfoque dos avanços tecnológicos, percebemos que as mídias sociais deixaram para trás as lideranças verticais dos palanques políticos, para abrir espaço ao movimento solidário e horizontal das redes que agrupam pessoas irmanadas pelos mesmos valores, idéias e ideais, em torno de objetivos e ações em comum . Esta, certamente, é a lição mais preciosa! Libertando-nos das mídias oficiais, subordinadas a concessões de governos (seus maiores patrocinadores) temos informações compartilhadas em tempo real, ao vivo e a cores, dando vez e voz às diferentes opiniões populares. Embora tenha sido noticiada a obstrução das rodovias, percebemos, pelas centenas de fotos compartilhadas, que um corredor foi mantido aberto para ao fluxo de veículos, pois a maioria dos caminhões está situada em acostamentos e espaços ao lado das rodovias.
Do ponto de vista da análise econômica, indagamos por que o combustível produzido no Brasil e vendido internamente é tão mais caro do que o combustível consumido por outros países desta mesma América do Sul? Quando iremos investir em fontes de energia eólica e solar, tão fartas em países de clima tropical?...
Vivemos um importante momento de reflexão sobre este jovem Brasil, que vem ensaiando seus primeiros passos para o desenvolvimento de consciência e maturidade política. Somos milhares de brasileiros e brasileiras produtivos, que sustentam este país e ansiosamente desejam expressar a alegria por tudo que somos capazes de realizar, em favor do bem comum. Somos a Nação Brasileira, formada pelas três células essenciais da sociedade: A família, a escola e igreja, que incluem todos os segmentos produtivos da sociedade e podem trabalhar em conjunto, no projeto de reconstrução nacional.
Neste contexto, não existem receitas prontas. Na travessia do processo de Transição Civilizatória já há muito profetizado, precisamos unir Razão e Emoção, no ponto de equilíbrio da Sabedoria, criando estratégias construtivas, para solucionar as crises urgentes e emergentes. Desse modo, somos convidados a fazermos a nossa parte, cumprindo nosso dever cidadão, para o restabelecimento da ordem social e do retorno ao crescimento do nosso país. Somos muitos e descobrimos a nossa força, fazendo história e tendo o destino sagrado, do Brasil, como meta de realização: BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO E PÁTRIA DO EVANGELHO!
Sueli Meirelles, Mãe, Avó e Cidadã Brasileira, em Nova Friburgo, 27 de Maio de 2018. Site: www.suelimeirelles.com
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[1] A resiliência é a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse, algum tipo de evento traumático, etc. - sem entrar em surto psicológico, emocional ou físico, por encontrar soluções estratégicas para enfrentar e superar as adversidades. Nas organizações, a resiliência se trata de uma tomada de decisão quando alguém se depara com um contexto entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer. Essas decisões propiciam forças estratégicas na pessoa para enfrentar a adversidade.
Manter a imunidade mental é a base para criar resiliência emocional. O individuo condiciona a mente a tolerar os pensamentos assustadores e consegue esquivar-se do sofrimento ao entender que a dor fará, inevitavelmente, parte da trajetória de vida.[1] Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Resili%C3%AAncia_(psicologia)