Compreender que os padrões mentais são a base para a produção das doenças é o primeiro passo para resgatarmos a saúde e a plenitude de viver.
O sintoma, quando entendido como uma linguagem simbólica através da qual o corpo se comunica com o Ser, oferece uma clara e consistente informação sobre os mecanismos presentes no processo de adoecer. O próprio termo adoecer, doente, tem suas origens em dolente, lamentoso, mostrando-nos que as doenças, de um modo geral, começam pelas insatisfações com o dia a dia da vida. Dentro deste enfoque, o adoecer é resultante do desequilíbrio da energia vital, podendo apresentar-se através de sintomas gerados pelo excesso de energia (todos os sintomas hiper), pela falta de energia (todos os sintomas hipo) ou pela estagnação do fluxo vital, como por exemplo, nos problemas circulatórios. Do ponto de vista psicológico, toda doença representa uma paralização da vida e, a saúde significa a retomada do movimento.
Se exemplificarmos este processo com um sintoma bastante comum em nossos dias, como a hipertensão arterial, teremos a exata representação da maneira como o hipertenso lida com a vida e como a interpreta. Segundo a sua própria denominação, a hipertensão caracteriza-se por um excesso de tensão no fluxo sangüíneo: A máxima da pressão arterial corresponde ao momento da sístole, quando o coração bombeia sangue para as extremidades do corpo. Um coração tenso e emocionalmente angustiado irá realizar esta função de forma estressada, elevando a máxima da pressão arterial. Por sua vez, os vasos sangüíneos de uma pessoa tensa, estão num processo de constrição, o que irá devolver ao coração, na fase de diástole, um fluxo sangüíneo igualmente tensionado, elevando-se assim, a mínima da pressão arterial. Uma pessoa que se sinta ansiosa por resolver os problemas de sua vida e ao mesmo tempo sinta-se, por algum motivo, impedida de agir, poderá apresentar pressão arterial convergente, numa representação de que ela exerce e sofre intensas pressões no seu meio ambiente. A princípio estes sintomas se manifestam de forma branda e situacional, com eventuais piques hipertensivos e taquicardias ocasionais, até vir a comprometer realmente o organismo, associando-se a outros sintomas correlatos ao quadro, como, por exemplo, os problemas renais, que expressam sentimentos de insegurança diante da vida.
Quando, através do processo terapêutico de autoconhecimento, a pessoa identifica e transforma a sua maneira de agir diante das situações de conflito, o organismo, como um todo, tende novamente para o estado de homeostase ou equilíbrio que caracteriza a condição de saúde.
Os casos de hipotensão, ao contrário, expressam o desejo inconsciente de afastar-se dos problemas; de ficar fora de si; de ausentar-se de situações conflitantes, mostrando-nos que as pessoas podem apresentar comportamentos de aproximação (tentativa de solução) ou evitação (fuga) diante de um mesmo problema, transferindo este modelo de ação, para o seu sintoma.
Em geral, todas as doenças possuem conteúdos emocionais que traduzem um padrão comportamental diante da vida, o que torna cada pessoa responsável pela produção de sua doença ou de sua saúde. Ao mesmo tempo em que esta auto-responsabilidade pode ser assustadora, ela também significa a possibilidade de reagir; de resgatar o equilíbrio psicológico que produz emoções harmonizadoras, as quais permitem um bom funcionamento da fisiologia e que, por sua vez, mantêm todos os órgãos saudáveis e em perfeito funcionamento. Esta nova consciência pode vir a ser a tônica de um novo tempo, no qual, ao invés do combatermos as doenças, possamos promover, realmente, a saúde.
Nunca li nada tão esclarecedor e tão gratificante na área da saúde.
ResponderExcluirCara Angelina. As doenças começam na relação com a vida.
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