Em que
pese a qualidade dos expoentes do conhecimento pedagógico, que participam dos
programas de capacitação profissional de professores, a educação brasileira
continua em crise. A educação sofre do mesmo mal que tenta combater: A lacuna
de aprendizagem entre o que sabe e o que pode chegar á saber, criando um
profundo abismo entre a teoria e a realidade vivenciada em milhares de escolas
em todo o território nacional. O organismo educacional como um todo, necessita de
escuta e acolhimento terapêuticos, para que se busque o atendimento das
necessidades básicas do ser humano, identificadas pelo Psicólogo Abraham
Maslow:
1ª - Necessidades fisiológicas
(fome, sede, sono etc.);
2ª- Necessidades de abrigo e segurança (casa e
conforto);
3ª- Necessidades de pertinência a um grupo (ter uma
família);
4ª- Necessidade de auto-estima (sentir-se
valorizado);
5ª- Necessidade de buscar o conhecimento (despertar
a).
Curiosidade,
(para aprender a aprender).
Por um erro de diagnóstico, não
se percebe que a educação está com sua saúde emocional seriamente comprometida:
A Escola Brasileira sofre de baixa-estima, depressão, impotência e falta de
sentido existencial, sintomas que afetam todas os segmentos do seu organismo: Cabeça
(Diretoria e Administração), Braços (Professores), Corpo (Alunos)
e Pernas (Pais e/ou familiares) apresentam seus sintomas, como
angustiosos pedidos de socorro para o mal que os aflige.
Sensibilizada
com a questão, decidi traduzir em palavras, as angústias deste organismo, de
cuja saúde emocional depende o desenvolvimento do nosso país. Através de
algumas indagações, busco abrir um espaço de diálogo, onde algumas soluções
podem ser encontradas:
a) Indagações
à Cabeça (Diretoria e Administração), você ocupa o lugar
correspondente ao seu perfil de personalidade? Você tem uma visão ampla sobre
as tendências da educação em nosso país? Você tem as habilidades e competências
exigidas pelo seu cargo de liderança? Você se dispõe a um processo de
transformação interior, para que possa funcionar como um instrumento de
transformação ao seu redor? Ou você está nesta posição, por influência de
fatores alheios aos objetivos educacionais, impondo-se como um obstáculo às
soluções?
b) Indagações
aos Braços (Professores): Vocês estão em seus caminhos
vocacionais? Vocês amam e abraçam as suas tarefas diárias de educação,
sentindo-se realizados com o que fazem? Vocês se lembram da importância do seu
trabalho para o crescimento deste país? Vocês se dispõem a sair da inércia e da
apatia, arregaçando as mangas, e dando-se as mãos, para solidariamente buscar
as soluções que o grave problema educacional exige? Vocês se sentem valorizados
e economicamente recompensados com o que recebem? Ou vocês ficam desmotivados e
impotentes, porque este é apenas o emprego possível, depois que os sonhos de
realização profissional foram envolvidos pela névoa espessa da desesperança?
c) Indagações
ao Corpo (Aluno): Você está fisicamente bem
alimentado? Você se sente seguro? Você se sente amado pelos outros? Seus
sentimentos são compreendidos e respeitados? Você sente que o alimento
intelectual que lhe é oferecido atende às suas necessidades de conhecimento,
fortalecendo-o para enfrentar os problemas de vida diária? Ou sua fome se
tornou específica, enquanto lhe dão como alimento outras informações que não
aquelas que você busca? Você se revolta por não encontrar as respostas às suas
mudas indagações sobre este mundo injusto e incompreensível, onde o único
prazer acessível, talvez seja perturbar as aulas? O que você realmente gostaria
de saber?
d) Indagações
às Pernas (Pais e familiares): Vocês estão conscientes
de que sua função é dar sustentação ao corpo (filho) e conduzi-lo para um
caminho que lhe proporcione o atendimento de suas necessidades materiais,
emocionais, intelectuais e espirituais? Vocês estão conscientes de que precisam
unir seus esforços aos braços, porque a tarefa de levar o corpo para onde ele
deve ir é, primeiramente, sua? Ou você (a mãe) segue capengando pela falta da
outra perna (o pai), que tomou rumo desconhecido, depois do encontro fortuito,
desequilibrando a estrutura familiar?
Estes são os Sintomas Transversais que adoecem o
organismo educacional, causando-lhe dor, medo, raiva e tristeza, sentimentos
não expressos, entravados pelo controle do pescoço orgulhoso daqueles que não
têm a humildade de perceber que é preciso ouvir; repressores do desabafo
necessário, para que a educação recupere a sua saúde emocional; saúde
imprescindível para que os professores efetivamente possam ensinar, para que os
alunos efetivamente possam aprender, e para que o país possa efetivamente
crescer.
Enquanto isto não for feito, milhares de reais serão
gastos na tentativa de combater as doenças do nosso organismo educacional,
oferecendo-lhe medicamentos importados de outras realidades sócio-econômicas,
simplesmente por que não demos ouvidos às queixas desse paciente moribundo, que
melhor do que ninguém pode nos facilitar o diagnóstico.
Sueli Meirelles: Especialista em Psicologia Clínica, Regressão de Memória, Hipnose Ericksoniana e Reprogramação Mental. Consultora em Desenvolvimento Humano
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