Atualmente
tenho assistido muitas Lives, todas com excelentes conteúdos. Por trás dos
palestrantes, na maioria das vezes, uma estante com muitos livros, certamente
porque eles estão falando, durante a Quarentena, a partir de seus escritórios
residenciais. Com a repetição constante da cena, parei para pensar na
quantidade de livros que já lemos e que acumulamos em nossas estantes. Senti
como se eles quisessem me dizer alguma coisa, com suas constantes presenças. Parei
para refletir sobre minha experiência pessoal com eles: Quando criança, minha
irmã me dizia: _”Leia bastante, porque, um dia, você vai escrever um livro!”.
Lembro-me também, de uma redação que escrevi na época do Ensino Fundamental:
“Gosto de Livro”, quando ainda existia acento circunflexo diferencial, para
significar paladar. Ler é muito gostoso! Aos dez anos, ganhei, como presente de
Natal, a coleção infantil de Monteiro Lobato, dezessete livros de pura viagem
cultural. E assim foi, no decorrer da juventude e na fase adulta, durante a
Graduação em Psicologia, durante o mergulho profundo na literatura espiritual,
durante a Pós-Graduação em Clínica, cursos na UNIPAZ, acolhimento ao CIT, Congressos
e apresentações de trabalho. Duzentos, trezentos, quatrocentos livros, que
foram se acumulando e me renderam muitas páginas de citações bibliográficas,
sempre úteis para quem escreve.
Por
circunstâncias de algumas mudanças de residência, eu optei por guardar aqueles
livros que eu ainda poderia ter a necessidade de reler ou consultar e comecei a
doar os outros, escolhendo a dedo o endereço de quem deles poderia fazer muito
bom uso e proveito e fui esvaziando as prateleiras das minhas estantes. Quando
penso neste processo, pergunto-me sobre a possibilidade de que cada cidade
venha a ter uma extensa Biblioteca, com livros doados por todos aqueles que já
saborearam seus preciosos livros e que podem, agora, deles abrir mão, em favor
daqueles que não têm acesso a este delicioso alimento para o coração, para a
mente e o espírito. Não estariam os livros, atrás de nós, dizendo-nos que são
gratos por terem feito parte do nosso passado de aprendizagem e que gostariam
de poder alimentar novas e ávidas mentes, desejosas de saber? Sei que os livros
não falam, mas tenho certeza de que eles gostariam de dizer isto. Fica aqui o
recado!...
Sueli Meirelles, em Nova
Friburgo, 16 de Maio de 2020.
SUELI MEIRELLES - Especialista em Psicologia Clínica (Hipnose Ericksoniana, Regressão de Memória
e Reprogramação Mental)Escritora e Palestrante.
Membro do
CIT- Colégio Internacional de Terapeutas
Membro da
ALUBRAT – Associação Luso Brasileira de Psicologia Transpessoal.
Whtasapp: 55
22 99955-7166
Email:
suelimeirelles@gmail.com
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