Sonho
que sou convidada por meu Anjo da Guarda e um grupo de Mentores Curadores, a
voltar até casa em que nasci. Imediatamente, sinto-me flutuar em direção àquele
tempo e lugar conduzida ao ritmo de meus batimentos cardíacos, que ressoam aos
meus ouvidos, como um tambor que me induz a um transe hipnótico.
Chego
à casa simples do bairro de periferia da cidade grande e uma sensação estranha
toma conta do meu ser; uma sensação de penúria me invade a alma. Lembro-me que,
por essa época, meu pai, um excelente ourives, entrava em processo de falência,
em função da crise econômica que assolava o país. Passo por sua oficina de
ourivesaria, onde os vidros de ácido ficam enfileirados no chão, para serem
usados na purificação do ouro que será forjado em nova forma. Não me detenho
ali. Junto com meu Anjo e Mentores, sigo até um quartinho de guardados, que
existe no fundo do quintal. O quarto não tem laje ou forro e a friagem do ar
passa através das telhas. No meio dos guardados, vejo uma cama e um casal
deitado. São meus pais. Entre eles, vejo um bebê recém-nascido. É a minha
criança! A minha Criança Sagrada que tem poucos dias de vida. Meus pais estão
dormindo ali porque, na casa, meus dois tios estão com febre tifóide, uma
doença que, dados os parcos recursos médicos da época, mata muitas pessoas. É
preciso proteger as crianças do contágio. Por isso meus pais estão dormindo
ali. Mas a minha pequena criança está gelada, por causa da friagem mais intensa
do período de inverno. Meu pai acorda, toca a criança e pensa que ela morreu,
mas pela força de seus conceitos racionais, avalia que será melhor esperar que
amanheça, para comunicar o triste fato à esposa, que ainda esta de resguardo...
Muitas vezes eu ouviria esta história sendo contada em rodas de conversa da
família, como prova inconteste de valorizado controle emocional. Ninguém
pensava nos sentimentos da criança... De minha parte, ficou a sensação de
sempre estar fora dos contextos, quer fossem familiares ou institucionais.
Sensação de estar ao largo dos acontecimentos, quase como observadora das
situações. Talvez por um lado, isto tenha sido muito útil, no decorrer da vida,
embora, por outro lado, tenha diminuído meus sentimentos de pertinência a
contextos sociais e institucionais.
Com
a ajuda de meus protetores espirituais, como adulta, dou novo significado à
situação, compreendendo que meus pais queriam preservar o bem maior: A vida do
Bebê. Meu Anjo da Guarda levanta a mão direita e projeta uma cor Dourado Solar
sobre a minha Criança Sagrada, aquecendo-a do frio climático e do frio
emocional, decorrente do desconhecimento dos adultos. Meu Mentor Curador retira
do corpo da criancinha, as energias mal qualificadas dessa lembrança, guardadas
no mais profundo da alma.
Em
seguida, vejo uma cena na sala: Minha Criança Sagrada, já com três anos, pede
uma moeda (um dinheirinho) aos adultos e dança ao redor dela. Esta é uma
memória que sempre despertou a minha curiosidade e também a da família, pois
não sabíamos o porquê da dança econômica, mas, neste retorno nas memórias do
tempo, compreendo, num relance, que a criança intuitivamente tentava “curar” o
padrão de escassez familiar. Como é interessante que as crianças, através do
pensamento mágico, tentem, de alguma forma, resolver os problemas familiares,
representando-os em suas brincadeiras.
Neste
momento, como adulta, abraço a criança, dou-lhe os parabéns pela iniciativa e
peço ao meu Anjo da Guarda e aos Mentores Curadores, que dissolvam esse padrão
familiar de escassez, libertando também ancestrais e descendentes. Que toda a
família seja curada!... A sensação é de imenso alívio! Depois disso, emergem
memórias de minhas próprias gestações, vividas sem qualquer tipo de
acompanhamento ou suporte psicológico. Percebo a inadequação dos procedimentos
médicos, por ocasião do nascimento de meu primeiro filho, embora compreenda
que, diante da cianose do bebê, num parto cesário onde emergem terríveis memórias
transpessoais, levá-lo para a incubadora constituía-se numa necessidade física,
já que os aspectos psicológicos, ainda hoje, geralmente são desconsiderados, no contesto
hospitalar. Sob esse enfoque, naquela momento, significava para o bebê, o
prognóstico médico de que, em situação de risco, iriam dar preferência a salvar a mãe. Como deve ser para um bebê, perceber isto? Que sentimentos de menos valia
podem se instalar diante desta fala? Como será para uma criança, chegar ao
mundo sem ter nenhum acolhimento afetivo; não encontrar um olhar familiar e ser
diretamente levada para a impessoal incubadora? Como a Medicina precisa ser associada
à Psicologia e à Espiritualidade!... Neste momento, mais uma vez, recorro à
ajuda do auxílio espiritual, para a necessária complementação afetiva da
situação. Junto com eles, vou até o berçário para resgatar o vínculo materno
filial, com meu filho. Cura Bendita!!!
Em
relação a minha filha, também fazemos a necessária Transmutação. Como as
mães que se encontram em estado depressivo, pela regressão funcional de suas
memórias de infância e transpessoais, durante a gravidez, precisam de um olhar
amplo e experiente, que possa dar-lhes o suporte necessário para a transmutação
de padrões mentais e emocionais negativos, para um novo significado. Quantas
vezes nada disso é feito, mesmo nos dias de hoje? Como o nascimento perde o seu
caráter sagrado, diante da medicalização da vida!... Por outro lado, como é bom
perceber que, em algumas famílias, por consciência evolutiva, estes padrões vêm
sendo curados com a amorosa acolhida dos novos membros. Que bom saber que, a
partir dessas técnicas reparadoras, uma nova consciência é desenvolvida,
trazendo à Civilização que se inicia, o Olhar da Nova Consciência
Planetária. Assim sendo, prefiro não acordar desse sonho; prefiro manter a esperança de que venham as novas Crianças Cristal, trazendo novos conhecimentos
e descobertas! Que venham as novas Crianças Diamante, Mestres de si mesmos, trazendo ensinamentos através do próprio comportamento. Enfim, que o Planeta Terra alcance um
novo estado de consciência e o sonho se torne realidade. Assim Seja! Gratidão!...
Gratidão!... Gratidão!...
Sueli Meirelles, em Nova Friburgo, 25 de
Setembro de 2017.
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